segunda-feira, dezembro 15

Prémio SAPO

Sei que a Câmara Municipal de Felgueiras recebeu um prémio pelo site da autarquia. Meritório, sem dúvida, contudo, é importante que – e não quero fazer aqui o papel do negativista que diz mal de tudo – mantenham o site actualizado, mormente no que diz respeito às decisões camarárias. É que a última reunião camarária com as decisões publicadas é a de 5 de Novembro.

Jantar PSD Felgueiras

É notório um outro ar que se respira neste PSD. Claro que nem tudo são rosas, há também alguns espinhos, mas, pela atmosfera que pude presenciar no jantar de Natal que decorreu no passado fim-de-semana, este é um novo PSD Felgueiras, no geral melhor. Claro que disso teremos certezas apenas nas próximas eleições.

quinta-feira, dezembro 11

Orçamento Municipal (*)

Este é um tema recorrente quer nesta minha humilde crónica, quer no blogue Felgueiras 2005 (http://felgueiras2005.blogspot.com), mas não posso, face à actualidade do mesmo, deixar de aqui o abordar novamente.
Foi aprovado, em Assembleia Municipal, o Orçamento para 2009. Em linhas gerais este Orçamento contempla tudo, satisfaz tudo e todos. Ou seja, os presidentes de junta, no seu último ano do mandato, a que corresponde, obviamente, uma eleição, vêm inscritas em Orçamento as obras prometidas aos fregueses. Reparem que eu escrevi inscritas, não realizadas. Uma das imagens de marca deste executivo são as baixíssimas taxas de execução orçamental. Todos os anos aquando da apresentação das Contas de Gerência, a câmara executa, pela média dos últimos anos, apenas um quarto daquilo que promete, inscrevendo em Orçamento. Se compararmos com Penafiel, por exemplo, teve uma taxa de execução de cinquenta e cinco por cento com um orçamento manifestamente superior. Em Felgueiras, depois do susto do chumbo do Orçamento 2008 esta câmara não quis correr riscos e, em ano eleitoral, “amarrou” os presidentes de junta, garantindo o seu voto. O mesmo fez também aos vereadores do PSD. O ano passado, o PSD mostrou um enorme sentido de responsabilidade ao acordar, depois do chumbo do Orçamento na A.M., o voto favorável depois da Presidente atender às legítimas reivindicações de todos os presidentes de junta. Este ano, com iguais promessas fruto de reuniões com presidentes de junta os vereadores atendendo à “defesa intransigente do interesse público” votaram favoravelmente o Orçamento em reunião de câmara, ao que parece sem disso darem conta à comissão política do partido pelo qual foram eleitos, trocando com estes opinião. O argumento do interesse público também servia para votar contra, já que, depois do benefício da dúvida dado o ano passado em que o executivo prometeu tudo para ganhar a aprovação em Assembleia Municipal, que não foi cumprido, o interesse público não foi salvaguardado. Para além disso, a posição autónoma dos vereadores coloca a comissão política sempre perante uma situação, no mínimo, de desconforto.
Para além disso, este tipo de Orçamentos e atitudes de bastidores reduzem as Assembleias Municipais e meros instrumentos burocráticos, quando o Orçamento merece um amplo debate político, não fosse este o instrumento que define as linhas orientadores e prioritárias da política do executivo municipal.
(*) Expresso de Felgueiras, 5 de Dezembro 2008

sexta-feira, dezembro 5

Sobe e desce

Enquanto os combustíveis aumentavam diariamente e as taxas de juro todos os meses, José Sócrates, o nosso primeiro-ministro, permanecia calado, e pior, quieto, perante o cenário de um nítido aproveitamento das gasolineiras. Agora, perante a baixa do petróleo e a queda das taxas de juro aparece dizendo “as famílias portuguesas podem esperar um aumento do seu rendimento em 2009”.
É sempre bom aparecer associado a coisas boas, mesmo que não sendo de nossa autoria.

quarta-feira, dezembro 3

Orçamento aprovado com os votos dos presidentes de junta

Já sei que sou repetitivo. Não sei é como existem presidentes de junta que, depois de verem promessas anteriores por cumprir, continuam a acreditar na “palavra” da presidente de câmara. Não há quem condicione pelo menos o voto a um protocolo, um contrato, assinado? Assim sempre podiam dizer à população que votaram a pensar no interesse deles.
Nota: não tenho absolutamente nada contra os presidentes de junta (de quem, aliás, sou amigo de vários), contudo, devido à fragilidade da sua posição, são alvos demasiado fáceis. Aqui e em qualquer concelho.

terça-feira, dezembro 2

Associação de Karaté de Felgueiras


Visitem o blog da AKF - Associação de Karaté de Felgueiras.

Participem gratuitamente numa ou duas aulas.

Pavilhão da Escola EB 2,3 de Felgueiras (ciclo):

19:00-20:00 Quarta
16:30-17:30 Sábado(graduados)
17:30-18:30 Sábado(iniciados)


Pavilhão dos Bombeiros da Lixa

19:45-21:00 Quarta-feira
18:30-19:45 Sábado

Pratiquem desporto, tenham saúde.

Oss!

quinta-feira, novembro 27

Fátima Felgueiras em entrevista III

Numa altura que antecede uma importante A.M. (com a discussão do Orçamento), Fátima Felgueiras coloca pressão no Presidente da Mesa, Orlando Sousa. É conhecida a opinião da oposição e do executivo à acção do presidente. Por um lado o demasiado rigor na aplicação do Regulamento, queixa principal da oposição e a permissividade dessas regras de que se queixa a presidente de câmara. Esta A.M. não se prevê nada fácil para a Mesa da A.M.

quarta-feira, novembro 26

A campanha já começou (*)

Começou com um comício à porta do improvisado Tribunal no quartel dos bombeiros voluntários de Felgueiras. De uma forma imediata e em nítida descompressão de uma condenação com a qual o causídico que a defendeu disse que “podia bem”, num sentimento de quase euforia, afirmou estar assim inocentada e que sempre falou verdade. Para quem acabou de sair do Tribunal com uma condenação, claro que ainda sujeita a recurso, mas uma condenação, só pode, com estas palavras, querer passar um atestado de imbecilidade aos felgueirenses. Claro que até transito em julgado, esta decisão é passível de recurso e por isso nada a apontar nem questionar a decisão (afinal que percebo eu disso?), contudo gosto pouco de ver alguém passar um atestado de imbecilidade a todos nós. A única explicação para isso era o estado de euforia pela decisão do Tribunal, o que não é bom sinal também.
Findo que foi este processo com quase dez anos de exposição mediática, desde a denúncia por parte de elementos do PS Felgueiras até esta fase do julgamento, podemos concluir uma de duas coisas. Ou estamos perante um alarme social desmesurado e empolado pela comunicação social, ou então, o acesso à justiça não é igual para todos. Julgo que ninguém terá dúvidas quanto ao facto de um cidadão “comum” não conseguir ter o mesmo acesso à justiça que um presidente da câmara.
Começou então aí o comício de uma quase certa recandidatura à câmara municipal de Felgueiras, potenciando os órgãos de comunicação social presentes e o tempo de antena das televisões em horário nobre logo nessa noite, de uma forma que tão bem sabe. Os partidos da oposição pediram, mais uma vez, a sua demissão, apelando à ética, princípios de verdade, transparência, argumentos não suficientes (tal como no passado) para que Fátima Felgueiras se demita. Agora (e bem) remetem-se ao silêncio, uma vez que o elevado mediatismo só favorece um dos lados, convém deixar que o assunto deixe de ser capa de jornais e revistas assim como de programas de humor. Nos avanços e recuos dos partidos ao sabor de um julgamento, o tempo perdido não é mais recuperado e o anunciado “candidato muito forte” do PS já não deve aparecer e qualquer que sejam os candidatos agora anunciados pelos dois partidos políticos com condições para eventualmente ganharem estas eleições – PS e PSD – podem sair prejudicados por vários motivos mas principalmente por dois: uma das leituras que se poderá fazer é que o candidato teria sido outro se Fátima Felgueiras não fosse a eleições e que com a desvantagem em termos de projecção de imagem (salvo se o candidato for alguma figura com projecção nacional) deveria estar já no terreno, dando-se a conhecer.Entretanto continuamos sem solução para o Parque Empresarial do Tâmega (antiga ZAEV), onde já foram investidos milhões de euros (entre expropriações e infraestruturas) e que não serve absolutamente para nada, ficando o nosso tecido empresarial e a economia local cada vez mais fragilizada. Continuamos sem avanço na Casa das Artes, ficando a maior parte dos acontecimentos culturais do concelho a cargo de louváveis iniciativas de associações concelhias e pouco mais. Continuamos numa gestão corrente da autarquia porque a sua presidente não tem tempo, e sem tempo vai continuar com o início do julgamento de um outro processo.
(*) Expresso de Felgueiras, 21 de Novembro 2008.

A.M. vs. C.M.

São cada vez mais aqueles que começam a, publicamente, partilhar da ideia do funcionamento das Assembleias Municipais, com e sem presidentes de junta. Não que eles não mereçam, ou não tenham competência para isso, não é o que está em causa. É o facto de se tornarem alvos fáceis para pressões. Desta feita, um interessante artigo de opinião de José Mendes, membro da A.M. de Felgueiras.

sábado, novembro 22

Conversas Cruzadas

Apenas para os interessados, os temas desta semana estão aqui.

Fátima Felgueiras em entrevista II

Numa rápida leitura, apenas um grave facto, decorrente desta afirmação:

“Mas decidi aceitar o desafio político, mediante uma condição. Só assumiria qualquer candidatura se me fosse levantada a medida de coacção. E vim!” [negrito meu]

Esta questão reforça, confirmando pela mão da própria, a ideia criada de que teriam existido negociações para o regresso do Brasil. Sobre isso o PÚBLICO chegou a publicar um artigo, e Paulo Gorjão no BLOGUÍTICA (hoje extinto e com nova sede em “Vox Pop”) fez uma micro-causa, da qual aqui cheguei a fazer eco.

Fátima Felgueiras em entrevista I

A entrevista concedida por Fátima Felgueiras ao “Expresso de Felgueiras”, por escrito, tem aquilo que “entrevistas” por escrito têm. Apenas a vaidade do próprio, a “razão” que lhe assiste, a vitimização e apenas a sua versão. Não há contraditório, não há a pergunta oportuna que uma entrevista na primeira pessoa oferece. A entrevista só se justifica pela oportunidade do momento e pelos últimos acontecimentos.

sexta-feira, novembro 21

Volta, estás perdoado.

Durante anos a fio, vi em blogges e jornais um desfiar de criticas a um seleccionador que independentemente das escolhas dos jogadores, levou a selecção onde jamais tinha ido. Agora desses que tudo fizeram para criar as piores condições de trabalho e ambiente não se ouve nada ou se lê um escrito. É caso para dizer, volta, estás perdoado!

quinta-feira, novembro 20

Já se vêm mudanças II

Esta entrevista a Manuel Faria tinha-me escapado por completo. Sem dúvida que todas (ou pelo menos uma esmagadora maioria) das instituições que ficam muito tempo com os mesmos dirigentes têm uma tendência para estagnar, perdendo a capacidade de empreender e criar. Podemos começar a acreditar que é possível tomar novamente o rumo que algumas instituições perderam (por comodismo).

Já se vêm mudanças

Segundo uma notícia do “Expresso de Felgueiras”, a Associação Empresarial de Felgueiras (AEF) vai realizar a I Gala do Empresário de Felgueiras, uma iniciativa que pretende distinguir o empreendedorismo em Felgueiras. Aqui está uma medida simples, mas que dá uma motivação extra aqueles que, em Felgueiras, tiveram a coragem (segundo a versão de alguns a “loucura”) de cá investir e aqui criar valor acrescentado.

Viagens_big_brother [004]

Trafalger Square – Londres – 2008.11.20 18:36 pm

sexta-feira, novembro 14

Conversas Cruzadas

O programa "Conversas Cruzadas" da RF, do próximo Domingo (às 12 horas), será inteiramente dedicado à análise do caso “saco-azul”.

Dia D (*)

Na última edição terminei esta minha habitual crónica escrevendo “Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.”. Não seria difícil de prever que, fosse qual fosse o desfecho jurídico, os recursos no processo iriam prolongar o mesmo.
Do ponto de vista político é que este assunto devia ser encerrado, por quem está no centro de toda esta questão, Fátima Felgueiras e obviamente demitindo-se. Mas não está só nesta responsabilidade.
Quando, quase há 10 anos, elementos do PS local decidiram denunciar todo este processo, deram inicio a um período negro na história do nosso concelho. Depois de sucessivos “escândalos” mediáticos, que foram aproveitados com mestria para converter numa campanha de vitimização resultante em votos, as eleições de 2001, confirmam Fátima Felgueiras no poder. Nessas eleições, a demasiada concentração de “fogo” na questão “saco-azul” de todos os partidos na oposição, fez com que as verdadeiras questões importantes para o concelho fossem relegadas para um segundo plano, menos visível e que não captou votos. Novamente, em 2005, um regresso mediático, para umas eleições preparadas ao milímetro (em dois dias a máquina estava na rua, o que denota a preparação), e dais quais alguém irá escrever um livro. Emotividade e cobertura televisiva dos acontecimentos (nessa altura e segundo a Marktest Fátima Felgueiras teve mais noticias que todos os outros políticos, e um maior tempo de exposição traz mais votos) assim como uma oposição apanhada de surpresa (pelo menos pareceu), assim como um golpe palaciano no PS local destruíram por completo qualquer tentativa de levar de vencida essas eleições.
Assim, importa aprender com o passado e numa altura em que se vai pedir a demissão, mais do que razoável, de uma presidente condenada (embora ainda não transite em julgado devido a recurso), é sabido que já no passado argumentos como ética, esclarecimento da verdade, disponibilidade para colaborar com a justiça e o bem estar da população não foram suficientes para demover Fátima Felgueiras dos seus intentos.
Assim, resta aos partidos, depois da situação esclarecida, criar condições vencedoras para as suas candidaturas e por isso é que eu já defendi publicamente que as candidaturas já deviam ter avançado independentemente da decisão judicial, ou não era espectável este cenário? Das duas uma, ou os pressupostos das candidaturas são feitos com base no facto de Fátima Felgueiras não ir a eleições, o que é um muito mau sinal, ou a outra hipótese ainda é muito pior…
Independentemente de tudo isso que este tenha sido o Dia D, o dia zero do resto de um processo que se quer iniciado com cabeça, tronco e membros.
(*) Expresso de Felgueiras, 8 Novembro 2008.

segunda-feira, novembro 10

Viagens_big_brother [003]

Torrel Eiffel – Paris – 2008.11.10 08:18 pm

Dia D

Depois de um pedido de demissão da presidente de câmara, por parte de toda a oposição (PSD, PS e CDS-PP), resta agora o único caminho que faltava definir - e que muitos julgavam não ser possível, menosprezando claramente o “animal político” que existe em Fátima Felgueiras – apresentar o quanto antes os candidatos à câmara e entrar em campanha eleitoral, sim em campanha, porque Fátima Felgueiras já começou a dela aos microfones das rádios e das televisões nacionais.

sexta-feira, novembro 7

Dia D

TSF 12:10h
Fátima Felgueiras declara que vai recorrer e que a pena não tem efeito imediato.

Dia D

Rádio Felgueiras 12:00 h
718 páginas de acórdão.
3 condenações, com pena de 3 anos e 3 meses de prisão com pena suspensa e perda de mandato.

Dia D

Para muitos, por vários motivos, hoje é o dia “D”. O dia zero do resto das suas vidas. O fim do dia de hoje trará para muitos alegria e satisfação ou tristeza e desilusão. Para mim será (espero) o fim de um longo e penoso processo, com anos de penalização do concelho de Felgueiras, independentemente do resultado judicial.

Fazer Oposição (*)

O papel de oposição não é fácil. Principalmente quando se está habituado a estar no poder, e quando esse é exercido de forma continuada deste o 25 de Abril. Escrevo de forma continuada porque os independentes de levam adiante a gestão do concelho, são socialistas. Socialistas sem cartão e impedidos de exercer a sua militância mas socialistas. Órfão, e ainda com muitos fantasmas, o PS Felgueiras continua à procura do seu caminho e nem sempre da melhor forma. Por estes dias esteve em Felgueiras o Secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, a anunciar o lançamento da última fase da variante à EN101. Tal facto foi utilizado pelo PS local para encerrar um “jejum” de longos meses sem aparecer (praticamente desde as eleições internas) criticando o momento escolhido pelo governante para o fazer, depois de Felgueiras ter estado muito tempo sem qualquer visita por parte de um governante. Ou seja, o PS, praticamente na primeira vez que aparece depois das eleições internas, fá-lo pela negativa, criticando o seu próprio partido, mostrando até um certo amuo perante o facto, chegando a afirmar, o líder socialista de Felgueiras, que Paulo Campo veio a Felgueiras “à procura de protagonismo”. Sintomática esta solidariedade socialista. Parece que a estrutura local do PS está condenada a este tipo de tratamento por parte da nacional. De cada vez que precisa de apoio tiram-lhe o tapete. Já assim aconteceu com o triste episódio da visita do histórico Almeida Santos ao concelho na campanha eleitoral de José Campos, com velados elogios a Fátima Felgueiras, assim como uma “retirada” de confiança por parte da própria estrutura local ao candidato que tinha escolhido. São vários os exemplos da solidariedade socialista. Claro que politicamente é necessário denunciar o que houver para denunciar, mas o PS Felgueiras precisa de ganhar experiência na oposição.
A beneficiar da experiência de sempre fazer oposição está o PSD Felgueiras. Depois de alguns erros passados, surge agora muito mais atento e próximo dos munícipes. Uma oposição interventiva e com propostas claras e objectivas é o que se pede. Com a proposta dos vereadores do PSD (há dois anos) de baixar as taxas de IMI, que foi aprovada, que levou a que este ano a autarquia baixasse ainda mais o imposto, assim como a proposta de não ser lançada uma derrama este ano, os felgueirenses ganham e muito com este tipo de intervenção daqueles que têm que fazer uma oposição responsável sem deixarem de ser reivindicativos para aquilo que são as preocupações das populações. Tem sido clara a posição do PSD na Assembleia Municipal (descontando os velhos e conhecidos problemas das “fugas” aquando das votações e da ausência de mais membros a intervir). Uma oposição aguerrida, que questiona, mas essencialmente muito mais política e menos técnica. O PSD tem tido a coragem de dizer desde já com quem conta e com quem não conta para as próximas eleições, de fazer propostas, de denunciar politicamente as situações.
Apenas uma última nota para o seguinte. Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.
(*) Expresso de Felgueiras, 31 de Outubro 2008

quarta-feira, outubro 29

Viagens_big_brother [002]

Broadway – New York – 2008.10.29 06:23 pm

A solidariedade socialista IX

Depois de algum tempo desaparecido, o PS Felgueiras resolveu aparecer para criticar a vinda de um elemento do governo ao concelho de Felgueiras. Paulo Santos, Secretário de Estado das Obras Públicas esteve em Felgueiras para anunciar a conclusão da variante à EN101, prometida há mais de 10 anos, e já contratualizada. É um facto que veio furar o “bloqueio” ao concelho de Felgueiras, mas também não é motivo para semelhante amuo.

quarta-feira, outubro 22

Tens net? Eu não!

Não há muito tempo, era anunciada Internet grátis em alguns locais do concelho (hotspots). Depois de algum tempo, vários dos ditos locais não funcionavam, ora por terem problemas técnicos, ou devido a vandalismo. Numa altura em que a grande maioria das cidades (há também aldeias) expandem a sua rede, nós não temos quase nada a funcionar.

terça-feira, outubro 21

Onde está?

Alguém sabe o que aconteceu ao site da Rádio Felgueiras?

Um leve orçamento (*)

Com grande expectativa se aguardava o Orçamento de Estado para 2009, e o ministro das finanças, Teixeira dos Santos, aumentou ainda mais a expectativa ao falhar consecutivamente três horários para a apresentação do mesmo. Culpa da logística, da informática, dificuldades operacionais, levaram a que o presidente da Assembleia da República esperasse pelo Orçamento, entregue numa pen, e que é tão leve que até um “Magalhães” o consegue carregar. Talvez porque o Orçamento tenha chegado incompleto, com falta de mapas e de determinadas previsões fosse tão leve. Nunca uma apresentação foi cheia de tantas peripécias, adiamentos, tendo até direito a um pequeno-almoço de apresentação aos jornalistas, … em que o ministro chegou hora e meia atrasado.
O governo é que não perde uma oportunidade de efectuar a sua “propaganda” do regime. Desde os computadores “Magalhães” até à crise internacional para justificar a “nossa” crise. Mas os portugueses sabem (espero eu) que esta crise já vem desde algum tempo. O dinheiro na carteira já falta antes do fim do mês há muito mais tempo do que esta crise internacional dura. Agora, já há justificação para a falta dos 150.000 empregos, para um crescimento muito abaixo da média europeia (o próprio governo prevê no Orçamento um crescimento de 0,6% enquanto o FMI prevê 0,1%, ou seja, estamos estagnados), para não cortar nos impostos e todas as demais promessas. Mas há novidades, aumentos salariais na função pública acima da inflação e medidas para as pequenas e médias empresas através de novas linhas de financiamento. Ou seja, o governo “dá” medidas que vão chegar à grande maioria dos portugueses em ano de eleições, pois é, não há almoços grátis. Este governo já está em campanha eleitoral há algum tempo e não vai poupar esforços para reforçar a sua liderança nas sondagens e ganhar novamente as eleições.
Por cá também já estamos em período pré-eleitoral. São anunciadas obras, edifícios, zonas desportivas e as inaugurações serão coincidentes com as eleições, vejam lá. Claro que os autarcas vão dizer que os mandatos são programados a quatro anos e que é normal que assim aconteça, a oposição irá acusar os autarcas de eleitoralismo e assim vivemos nós embalados e entretidos por este dinâmico “circo”, numa República com 98 anos. Para comparar com a República romana, só falta mesmo ao circo os animais e os gladiadores com sangue na arena, mas vistas bem as coisas, também temos forma de “fazer sangue”, de uma forma mais urbana e civilizacional, mas sangue.Estranho este súbito e total silêncio do PS Felgueiras. Mesmo que estejam todos a aguardar pelo resultado de um julgamento, o silêncio dura há tempo demais e não fosse Felgueiras demasiado pacata para “alaridos” políticos, o silêncio do PS Felgueiras teria mais eco que o de Manuela Ferreira Leite.
(*) Expresso de Felgueiras, 17 Outubro 2008.

segunda-feira, outubro 20

A solidariedade socialista VIII

Na edição do “EXPRESSO” deste fim-de-semana, vem uma peça sobre a candidatura quase certa de Narciso Miranda, à câmara de Matosinhos, como independente. Questionado sobre uma eventual sanção do PS a uma candidatura contra a oficial do partido, respondeu, perguntando o que aconteceu a Manuel Alegre quando se candidatou “contra” o candidato apoiado pelo PS. Igual argumento tem sido usado pelos militantes do PS Felgueiras expulsos depois do último processo eleitoral autárquico. Para uns o caso Manuel Alegre não está enquadrado nesse argumento uma vez que a candidatura a Presidente da República é pessoal e não fruto de uma escolha do partido, estes, por norma, apoiam à posteriori, para outros os estatutos socialistas são claros. No caso de umas eleições autárquicas, os candidatos são escolhidos pelos partidos e, portanto, “oficiais”. Para lá das dúvidas que subsistem, existe mais um argumento usado pelos “expulsos” de Felgueiras e que representa a dualidade de critérios de análise. O que aconteceu ao presidente da comissão política concelhia que instaurou um processo em tribunal para anular as listas de candidatos do seu próprio partido?

sábado, outubro 18

Há frases diabólicas



Dizia-me alguém, um destes dias, no meio de uma conversa que “quero ver qual vai ser o PSD que vai estar a defender daqui por dois meses”. Como a conversa mudou não consegui saber a que se referia. Há algo que me esteja a escapar?

segunda-feira, outubro 13

"A VERDADE SOU EU"

Já me desliguei do caso do Saco há algum tempo. Não me agrada este novo tipo de Justiça televisiva. Acho-a degradante, intragável.

Já não me interessa saber se Fátima Felgueiras é culpada ou não. O mal a Felgueiras, o Concelho, está feito; E Fátima Felgueiras é a grande responsável.

Na política, como na vida, há momentos em que somos mais úteis não estando "Lá". Este era o momento para Fátima Felgueiras não estar "Lá". E, por "este", entendam-se os últimos 5 anos.

Dentro de trinta dias o Tribunal dirá de sua Justiça. Mas tal de nada servirá!

Se ilibada, Fátima Felgueiras continua com o Processo de Futebol em cima.....

Se condenada, Fátima Felgueiras recorre e o caso arrasta-se por mais uns cinco anos...

Assim vai a Lei em Portugal e a desgraça em Felgueiras.

sexta-feira, outubro 10

Conversas Cruzadas


O programa número um da nova série das “Conversas Cruzadas” da Rádio Felgueiras, vai para o ar este domingo às 12 horas. Esse será o horário de transmissão com repetição à quarta-feira às 21 horas.

sábado, outubro 4

Aqui há gato

Segundo o JN, uma aluna da Secundária de Fafe viu as suas notas “sofríveis” passar para “excelentes” depois de ter pedido a reavaliação dos exames. A título de exemplo a nota de Física e Química passou de 9,8 para 18,9! São de facto diferenças astronómicas atendendo a que se trata de uma reavaliação. Das duas uma: ou o examinador da prova é um incompetente ou aqui há gato.
A acrescentar à história há o facto da mãe da aluna em causa ser professora na mesma escola e que alegadamente ter acontecido o mesmo com um outro filho há cerca de 3 anos e que está agora a cursar medicina.
Contra estas coisas não há “Magalhães” que resolvam!!!!

Serviço Público

III ENCONTRO DE TEATRO DA VILA DA LONGRA
Convite
"A PAIXÃO DE JESUS CRISTO"
Grupo de Teatro das Paróquias de Moure, Macieira da Lixa, Refontoura e Pinheiro
4 de Outubro (Sábado), pelas 21 horas, Sala de Espectáculos da Casa do Povo da Longra, Felgueiras
Entrada livre
A Direcção da Casa do Povo da Longra, em Felgueiras, tem a honra de convidá-lo(a) – a si e à sua digníssima família – a assistir, amanhã, sábado, dia 4 de Outubro, pelas 21,00 horas, na sua Sala de Espectáculos, à reapresentação da peça teatral "A Paixão de Jesus Cristo", que é um musical de carácter religioso da responsabilidade do Padre André Ferreira, pároco das freguesias de Moure, Macieira da Lixa, Pinheiro e Refontoura, e que envolve um número muito elevado de intérpretes, principalmente adolescentes e jovens afectos às referidas paróquias.Este ano, o III Encontro – que já vai na terceira fase – está a ser organizado em parceria com o Teatro PésnaLua, o Grupo de Teatro da Paróquia da Pedreira, da Escola Secundária de Felgueiras e pela Escola EB2 D. Manuel Faria e Sousa. Teve início na Primavera, a partir da qual passaram por esta Sala de Espectáculos muitos grupos cénicos, de escolas e associações, eventos que têm merecido uma boa apreciação por parte da Comunicação Social e grande adesão de público.A entrada é livre.
Por incumbência da Direcção da CP Longra,
José Carlos Pereira (directo colaborador)

quinta-feira, outubro 2

Na era dos portáteis (*)

Inicio de mais um ano lectivo, desta feita com direito a propaganda e distribuição de portáteis. Não que eu tenha nada contra a distribuição de portáteis, antes pelo contrário, o que eu acho é que um portátil ao lado de escolas a cair, não condiz. Não condiz com as escolas a cair nem com miúdos a almoçarem sozinhos em cantinas, sem qualquer tipo de acompanhamento porque a única pessoa que lá está só tem como tarefas, lavar a loiça e não tomar conta das crianças. Não sei se é este tipo de serviço que o governo pretende quando transfere as competências para as autarquias, mas se é isto que vamos ter, espero que ponderem antes de transferir ainda mais.
Este governo é exímio na arte da encenação, veja-se só a reentrada em cena do PS em Guimarães, com uma encenação ao género campanha nos EUA, público por trás e bandeiras, muitas bandeiras. Temos um governo que reage aos acontecimentos que dão títulos de jornais, com medidas avulso. Aumenta a criminalidade e altera-se a Lei para que os possuidores de armas possam ser detidos preventivamente, isto depois da Lei ter sido profundamente alterada recentemente. Nada pior do que medidas a quente, sem reflexão e no seguimento de pressões. As causas são profundas e não é com medidas avulso que se vai resolver a questão. Questões sociais como o desemprego, dificuldades económicas e emigrantes que chegando cá vêem agora que Portugal não é o eldorado prometido, fazem como que estejam à mercê de gente sem escrúpulos que usam para fins ilícitos a troco de muito pouco ou de nada.
Por cá, tudo na mesma. Com o mandato a um ano do seu final, a autarquia tenta fazer algum trabalho, mostrando algumas máquinas em movimento. Tirando a reforma do novo edifício municipal, que se pretende pronta e convenientemente inaugurada antes das eleições autárquicas, a zona desportiva avança a passo de caracol, sendo de prever que possa ser usada apenas na próxima época, a zona empresarial de várzea continua parada, apenas tem o crescimento das ervas e nada mais. As promessas de uma zona atractiva, centro de negócios e canalizadora de novas industria e sectores, aumento do emprego, ficam apenas pelas promessas, sem se conseguir perceber o que está a bloquear o projecto.
(*) Expresso de Felgueiras, 26 Setembro 2008

terça-feira, setembro 30

Ética Política

Marques Mendes veio trazer à discussão política um dos “temas bandeira” do seu mandato e que tantos anticorpos dentro do PSD lhe valeram. O da ética política.
Não deixa de ser caricato que tendo o parlamento aprovado alterações à Lei, não tenha contemplado até agora algumas medidas que permitiriam recuperar, pelo menos em parte, a credibilidade perdida e a confiança nas instituições, nomeadamente a parte sobre a inelegibilidade para os órgãos de acusados em determinados crimes, assim como apenas uma votação para um órgão, Assembleia Municipal, de onde sairia o presidente de câmara (como acontece para o governo). Claro que há muita gente pouco interessada nesse tema e por aí, (na gaveta) deverá ficar…

segunda-feira, setembro 29

isto vai ser cá uma igualdade...

A famosa Lei , que dá tratamento “igual” a mulheres e homens na política, promete vir a dar que falar nas próximas eleições autárquicas. Quem me costuma ler, sabe da minha opinião sobre esta matéria, acho desprestigiante para as mulheres terem que ter quotas disponíveis para que possam aceder a um lugar que em teoria deveria ser ocupado pelo mérito, e há muitas (felizmente cada vez mais) que estão em condições de ver as suas capacidades reconhecidas. Contudo, para preenchermos as ditas quotas, num país, num concelho e numa freguesia onde para a grande maioria dos homens o lugar das mulheres é na cozinha, vamos colocar quantas incompetentes nas listas, quando se sabe que a disparidade entre o número de mulheres e homens na política é enorme?

é aproveitar enquanto dura...


Não fosse o caro PCR publicar aqui um post e eu já nem me lembrava que tenho aqui mais gente com o nome estampado na coluna da direita. O que vale é que as eleições vêm aí, e a escrita espera-se mais aguçada, ou pelo menos mais constante. O pior é se nessa altura já não há F2005…

sábado, setembro 27

O Carro Vassoura

A minha opinião àcerca da criatura é bem conhecida.

Nutro por ele o sentimento que nutro pelos coitadinhos desta vida. Mas Deus Nosso senhor assim o fez, é filho de quem é e afilhado de quem é.... o resto é paisagem.

Ele é trapalhada atrás de trapalhada; asneirada atrás de asneirada. Cruzes canhoto c'o dito cujo não acerta uma!

A prática desportiva em Felgueiras está, hoje, pelas horas da amargura. Não fossem uns carolas, pelas freguesias fora, e a coisa estaria limitada às correrias para o trabalho!

Primeiro acabaram com os relvados após uma famosa prova de motorizadas em cima do relvado do Estádio Dr. machado Matos. Vergonha! Vergonha!

Depois a menina-dos-olhos, a natação, foi ao fundo.... as medalhas são para "Felgueiras".... mas até as sandes são pagas pelos pais...

Depois as bicicletas! Esta é fabulosa e só poderia mesmo ter saído de uma cabecinha como a do Dito Cujo!

Quantos ciclistas federados há em Felgueiras? Eu não conheço nenhum, mas...

Eu já não vivo em Felgueiras; já não voto em Felgueiras. Ao menos sou coerente. Já outros não vivem em Felgueiras mas exercem cargos políticos em Felgueiras. Se calhar é por isso que se estão nas tintas para Felgueiras! Querem é uns minutos na TV!

Felgueiras é, cada vez mais, o Carro Vassoura deste nosso Portugal.

'Tá na hora de dar uma Vassourada nesta gente!




sexta-feira, setembro 26

A Volta valeu a pena? (2)

Depois deste post surgem no Expresso de Felgueiras de hoje, alguma questões a ter em conta:
Afirma o vereador que a Câmara ainda não pagou um cêntimo dos 125.000 € estando a efectuar um estudo das contrapartidas que a PAD proporcionou ao concelho. Uma das formas de medir tais contrapartidas é através de um estudo elaborado pela Marktest. No seu site podemos já verificar o share (33.0%) e a audiência média (6.8), ficando a aguardar o tal estudo final. Contrapartidas para a hotelaria? Por casualidade estive nesse dia de manhã a fazer umas fotos na zona histórica de Guimarães e um pouco por todo o lado estavam alojados elementos do staff, jornalistas e as próprias equipas da volta. Chegado a Felgueiras o único veiculo que vi foi este:

Não estou contra a realização de um evento destes em Felgueiras. A questão não é essa, mas sim: está o nosso concelho em posição de gastar este dinheiro num evento que trará algum (quanto?) retorno (muito televisivo)? Eu acho que não. Já agora, e como estamos em altura de estudos, que tal um para saber o real benefício que 125.000 € trariam à juventude do concelho se fossem aplicados na mesma área – desporto – com formação, novas modalidades, incentivo ao associativismo, etc.

sábado, setembro 20

A Volta valeu a pena?

Segundo a Proposta do vereador do Desporto aprovada pela câmara municipal de Felgueiras com quatro votos a favor e três contra (PSD e PS), o Município de Felgueiras pagou à empresa PAD, Produção Actividades Desportivas SA., por ajuste directo, a quantia de 125.000,00 € + IVA pela realização da etapa final da Volta a Portugal em bicicleta em Felgueiras, depois de verificada a existência de “dotação orçamental (…) na rubrica de EVENTOS DESPORTIVOS”.
Depois de arrancados dois relvados municipais com a alegada desculpa de que diminuiria a manutenção dos recintos, uma vez que o uso intensivo dos mesmos por vários clubes obrigaria a mais manutenção esta autarquia preferiu investir numa fútil festa de uma tarde, com 15 minutos de fama televisiva como bem argumentou o vereador na sua proposta, a com a reconhecida “dotação orçamental” fazer face à necessária manutenção de um património municipal. Será caso para perguntar: para quanto tempo de manutenção davam 125.000,00 €? E será que a Volta valeu a pena?

terça-feira, setembro 16

O mundo não está menos perigoso (*)

Sete anos passaram depois do 11 Setembro. O maior ataque terrorista de que há memória ainda ecoa, quer seja porque o mundo não está mais seguro, porque o mentor de tais ataques – Bin Laden – ainda não foi capturado, porque as guerras no Iraque e Afeganistão ainda estão longe de estarem resolvidas, embora agora o número de mortos diários passe apenas em rodapé nos telejornais, em vez de ser abertura dos mesmos, ou então porque a memória das cerca de 3.000 vítimas, ainda está bem presente. O mundo continua a ser um local de muitos perigos e o terrorismo é a face mais visível dos mesmos.
Por cá, longe do terrorismo, temos assistido a um aumento da criminalidade violenta e não vale a pena negá-lo ou tentá-lo esconder atrás de super-operações policiais. Claro que o aumento destes casos e da natural apetência do ser humano para as tragédias, fazem com que os jornais e televisões dêem um maior destaque ao assunto – principal argumento do governo para desmentir o aumento – mas o cidadão sente no dia-a-dia, na sua família, na sua zona de residência que há sempre mais um caso. Aqui mesmo em Felgueiras temos tido notícias de assaltos a farmácias e bombas de gasolina, principais alvos dos meliantes. Este é, também, um sinal da degradação social, da maior pobreza, das, cada vez maiores, dificuldades que os portugueses encontram para sobreviver. Há falta de melhor argumento, veio o ministro da Administração Interna, defender o governo dizendo que melhorias podiam já ter sido feitas, não fosse o Presidente da República, ter vetado a Lei Orgânica da GNR, implicando a mais alta figura da Nação, e obrigando o Palácio de Belém a emitir um comunicado a desmentir qualquer relação do Presidente da República e os atrasos na aprova da Lei. Haverá quem se lembre de outras, mas esta não pensei que lembrasse a alguém!
Terminou a novela do silêncio de Manuela Ferreira Leite com as suas declarações no final da Universidade de Verão. Depois de um período de tempo em que não falou, a sua intervenção (e a falta desta) despertou mais interesse e teve mais impacto que todas as festas do Pontal em conjunto. Gostaria de ver os críticos e a grande maioria da comunicação social, a “cobrarem” declarações e posições ao primeiro-ministro, que esse sim, estando há três anos no governo tem opinião sobre tudo – pelo menos deveria ter – e não à líder da oposição empossada há três meses. É este primeiro-ministro e este governo que vão ser avaliados nas urnas e não a líder da oposição, e por isso são estes que devem dar explicações aos portugueses, principalmente àqueles que os elegeram.Tal como o governo, as autarquias locais terão que ser avaliadas nas urnas no próximo ano. Muitas recandidaturas, e por cá temos um impasse devido ao tristemente célebre processo do “saco-azul”, deixando os partidos políticos as decisões dos “cabeças de cartaz” para depois do julgamento. Quando às freguesias, o PSD leva já trabalho feito, pelo menos no que diz respeito a saber quem quer nas suas listas, e a coragem demonstrada é necessária, pena é que não se tenha tomado essa decisão há mais tempo. Há presidentes de junta de freguesia, que apesar de terem sido eleitos com o apoio de um partido, não se inibem de tomar posições no mínimo “estranhas” nas votações. Apesar do risco de se perder uma freguesia, é importante ter representantes em cada uma das outras eleitas com preparação política e com valores morais como a lealdade. Vamos ver no que isto vai dar…
(*) Expresso de Felgueiras, 12 Setembro 2008

sábado, setembro 6

PSD admite perder juntas

Segundo o EXPRESSO DE FELGUEIRAS, na sua última edição, o PSD Felgueiras admite, através de uma fonte próxima da concelhia, perder alguns presidentes de Junta para o Movimento Sempre Presente (MSP). Os presidentes apontados como possivelmente “perdidos” são os das Juntas de Idães, Unhão, Regilde e, eventualmente, Revinhade.
Relativamente a esta questão dos presidentes de Junta, já todos conhecem a minha posição, manifestada por diversas vezes.
Os presidentes de Junta são, graças a esta Lei eleitoral, o “elo mais fraco” na cadeia política. Completamente à mercê dos presidentes de câmara, são permanentemente chantageados com vãs promessas de obras na sua freguesia em troca de um voto imediato numa Assembleia Municipal. A falta de preparação política de muitos (culpa também de quem os escolhe, pela errada escolha e pela falta de formação), faz com que não vejam as vantagens das posições em bloco nas A.M. (como se viu recentemente em Felgueiras). Mantenho a convicção que uma A.M. constituída apenas por elementos eleitos directamente para o órgão, e sem presidentes de junta, traria melhores resultados às Democracias locais. Apenas dou um exemplo, os presidentes de câmara também não têm assento na Assembleia da República e não deixam de nos momentos próprios fazer valer as suas reivindicações.Quanto aos presidentes “proscritos”, não há surpresas. Idães foi desde logo um tremendo erro político. Nunca percebi, nem na altura e muito menos depois, as vantagens de ter tal elemento no PSD. Unhão, já era no anterior mandato um outsider, quase sempre desalinhado com o PSD. Apesar da sua maior proximidade a esta concelhia, revelou querer manter esta postura de “independente” ao longo do mandato, assim como os representantes de Regilde e Revinhade. É uma atitude correcta do PSD, deixar desde já esclarecidos os “titulares dos cargos”, quanto à sua permanência nas listas. Antecipa a discussão para uma altura correcta, arranjando já substitutos e mesmo sabendo que há freguesias muito difíceis e provavelmente perdidas.

quinta-feira, setembro 4

Dança de cadeiras (*)

Fim de férias. Regresso a mais um ano (a mudança de “ano” é cada vez mais nas férias) de trabalho, aulas, e a tudo aquilo que nos espera fora da vida familiar. Mesmo o ano político é marcado pelas férias. São famosas as dos políticos que fazem capa de revistas cor-de-rosa, assim como aqueles mais comedidos nas aparições públicas mas que usam as férias para preparar a estratégia para o ano político seguinte. Mário Soares usava as suas para as grandes decisões políticas, incluindo as remodelações governamentais e as suas candidaturas.
Atendendo aos três actos eleitorais do próximo ano, os políticos deste país não devem ter passado muito tempo na praia, congeminando porém, em faustos almoços entre amigos políticos, a estratégia. Os jornalistas vão ter um ano em cheio. Com novidades políticas diárias, o difícil vai ser fazer passar a informação mais importante, o que faz a diferença, dificultando o trabalho às “centrais de comunicação”. A luta pelos minutos televisivos e pelas manchetes dos jornais vai ser titânica, deixando apenas espaço para os cabeças-de-cartaz.
O regresso dos trabalhos ao Parlamento irá, sem dúvida, trazer mais trabalho e intervenções políticas àqueles que nada fizeram durante o mandato decorrido. Pode estar em causa a permanência nas listas das próximas eleições e nenhum quererá arriscar, principalmente desde que os jornalistas resolveram tornar público o “trabalho” feito por alguns dos ilustres deputados da Nação.
Interessante seria, por cá, fazer o mesmo levantamento nas bancadas da nossa Assembleia Municipal. Contam-se pelos dedos de uma mão aqueles que fizeram intervenções na A.M. desde o início do mandato, dentro de cada bancada, não sei se por falta de jeito, se por não se quererem expor, seja o que for. Vemos membros de uma bancada (independentemente do partido político que representam) que não fazem uma única intervenção em vários mandatos consecutivos (!!) e muitos outros que nem sequer comparecem às reuniões de preparação das A.M. que os partidos pelos quais foram eleitos convocam. Por isso é que a grande maioria das vezes (salvo honrosas excepções) é que os debates são tão politicamente pobres. Esta pobreza de intervenções políticas não fica apenas confinada aos membros eleitos directamente, os presidentes das juntas de freguesia, com direito de participarem nas A.M., ou de se fazerem representar, deixam passar inúmeras oportunidades de fortalecerem a sua posição política, quer junto dos partidos pelos quais foram eleitos, mas principalmente junto dos seus fregueses, que os elegeram, pensando pelo contrario, que “quando menos ondas fizer, melhor”. Será de prever que mesmo numa bancada como a de uma Assembleia Municipal, haverá quem, no final de mandato “perca a cabeça” e faça uma ou duas intervenções mais arrojadas apenas para mostrar a quem de direito que está vivo, não adormeceu na cadeira e que está pronto para estrear no próximo mandato as novas instalações da A.M.. Sintomático, pois claro, do estado de coisas que por este Portugal fora se encontram. E depois ainda se admiram que os portugueses olhem com desconfiança para a política.
(*) Expresso de Felgueiras, 29 Agosto 2008

quarta-feira, setembro 3

Conversas Cruzadas

O painel de comentadores do programa da Rádio FelgueirasConversas Cruzadas” já está completo. Estão confirmadas as presenças de Hélder Quintela, Júlio Antunes, Bruno Carvalho e eu mesmo.
A linha do programa será a mesma, estando a primeira edição prevista ainda para este mês de Setembro. Um espaço de opinião pessoal, sobre todos os temas “quentes” do momento, nacionais ou concelhios.

sexta-feira, agosto 29

Podem continuar ao sol

Este ano, as férias políticas de verão vão ser maiores pelos lados de Felgueiras. Sem dúvida que até haver decisão judicial no caso “saco-azul” nenhum partido tomará iniciativa, a meu ver, erradamente. Acho que é isso que está profundamente errado no sistema político felgueirense. Ficam todos à espera até que outros avancem ou não, as candidaturas são condicionadas por este ou aquele candidato, nunca são por vontade própria, com projectos próprios e nos momentos escolhidos pelos partidos ou candidatos. São sempre outros a decidir, e quando, eis que chega o momento nunca estão suficientemente preparados.

quinta-feira, agosto 21

Mudança empreendedora (*)

Ventos de mudança e umas eleições há muito pretendidas, fizeram com que a Associação Empresarial de Felgueiras (AEF) ficasse com novo presidente.
João Carvalho foi, durante cerca de 20 anos, o presidente da associação. É-lhe reconhecido o mérito de actualização, de melhorias de alguns sectores, mas, nos últimos anos a apatia da direcção, assim como as dificuldades acrescidas da conjuntura económica, fizeram com que muitos associados se afastassem e a AEF condenada ao marasmo. Contudo, há que reconhecer o que foi feito e o “sacrifício” de João Carvalho durante estes anos dedicados à AEF.
Inácio Ribeiro, conheço-o desde a adolescência. Economista de profissão, tem uma visão empreendedora do sector económico e estou certo dará um novo fôlego ao sector empresarial em Felgueiras e à AEF em particular. Um concelho como o nosso com um tecido empresarial enorme, com muitos empresários com muitos anos de experiência e com uma nova geração de empresários empreendedores, a área de actuação da AEF é enorme e com muito potencial. Estejam os empresários abertos a isso e tenho a certeza que Inácio Ribeiro corresponderá à confiança nele depositada.
Estamos no período de defeso, onde, com todos a banhos e a descansar (os que podem), se recuperam forças, se alinham ideias e estratégias para o próximo ano. Espero que todos os políticos de Felgueiras estejam a descansar, é que o próximo ano avizinha-se muito duro, com várias eleições, sendo que as autárquicas prometem ser particularmente duras. Nesta fase os partidos políticos com as suas estruturas locais quase a banhos fazem ainda os seus contactos para garantirem os candidatos nas diferentes freguesias, ou pelo menos os seus compromissos. Vamos a ver se, depois do verão, alguns não trocaram já de camisola.
O regresso de férias promete ser particularmente animado com várias decisões judiciais com implicação directa para os felgueirenses.
Quem está a banhos, boas férias, quem não está, bom trabalho.
(*) Expresso de Felgueiras, 15 de Agosto 2008.

terça-feira, agosto 19

Mosteiro de Pombeiro

Há muito tempo (cerca de 5 anos) que já não entrava no Mosteiro de Pombeiro. Fiquei maravilhado com a recuperação que se está a fazer. Faz, de facto, todo o sentido que o Mosteiro seja considerado a principal “atracção” turística do concelho. Quando as obras que circundam o edifício estiverem concluídas pode ser o centro turístico do Vale do Sousa, como foi durante séculos um lugar de passagem e pernoita obrigatória.

sábado, agosto 16

Quadras da polémica

Só mesmo num concelho como o nosso é que um concurso de quadras populares daria tanto que falar e que insultar.
Mas vamos por pontos. O Regulamento é conhecido, e como diz no seu artº 1º, concorrer implica aceitar e cumprir o regulamento. No seu artº 7º diz que:
Cada concorrente anexará às suas produções, assinadas só com pseudónimo, um envelope fechado contendo uma folha com: nome completo, idade, morada, contacto telefónico. No exterior deste envelope farão menção exclusivamente do pseudónimo”. [negrito meu]
Como os regulamentos são para cumprir, não estou a ver a USAF, como organizadora do concurso a aceitar produções fora do regulamento, assim, pseudónimos como “O Descobridor”, “Luizinha Guimarães” e “Zé do Bustelo” estão devidamente identificados. Quem se sinta ofendido da sua dignidade e como estamos num Estado de Direito, há sempre o recurso a instâncias judiciais.
Se as quadras cumprem com os regulamentos e o concurso não foi anulado por decisão da USAF ou qualquer outra que o possa ter feito, são estas as vencedoras.
Para lá dos gostos pessoais de cada um, relembro que este tipo de quadras populares sempre teve uma conotação de crítica política com muita sátira.

Ler os outros

Festa na Serra” por FJV no A Origem das Espécies.
Mestre de Obras Feitas, a tradição no seu melhor” por Vítor Palminha no Câmara de Comuns
Comunicação presidencial” por Vital Moreira no Causa Nossa
O Havai, não é aqui” por José na GLQL

quinta-feira, agosto 14

É silly, mas não é da season.

Como é que é possível uma jornalista vir hoje escrever, afirmando, aquilo que já foi desmentido e esclarecido há muito tempo? Só por manifesta ignorância, o que, atendendo à profissão de Leonor Pinhão é grave, ou por manifesta má fé, ou falta de tema para a crónica. Será da silly season?

sábado, agosto 2

AEF com novo presidente

Inácio Ribeiro é o novo presidente da Associação Empresarial de Felgueiras. Ao fim de 20 anos à frente da instituição, João Carvalho foi derrotado em eleições. A AEF tem vindo a perder ao longo dos anos um cada vez maior número de associados, devido à apatia e falta de dinamismo da mesma na defesa dos interesses dos empresários felgueirenses. Apesar do reconhecimento do esforço e dedicação de João Carvalho à AEF, esta necessitava, sem dúvida de um novo fôlego.

quinta-feira, julho 31

Declarações xenófobas?

Segundo vários jornais (Correio da Manhã, IOL Diário e SOL) uma juíza de Felgueiras terá, alegadamente, feito comentários quanto à comunidade cigana num acórdão proferido na passada terça-feira. Segundo a alta-comissária para a Integração, tais comentários são de cariz xenófobo. Entretanto a Associação Sindical de Juízes já veio esclarecer que as declarações não são da juíza, mas sim das testemunhas no processo.

Uma “guerra” à minha porta (*)

Quando cheguei a casa e olhei para a televisão, vi imagens que me pareciam de mais um tiroteio numa qualquer cidade nos Estados Unidos, numa escola, onde alunos transtornados ou revoltados contra o “sistema” desatam a matar quem lhes aparece pela frente. Apanhado a meio da notícia, olhei com espanto para o arsenal de armas empunhado pelos atiradores o que reforçou a minha convicção de que seria nos EUA tal situação devido à facilidade com que as pessoas lá têm acesso a armas, algumas delas de guerra. Mas não, afinal o “combate urbano” que ali decorria era numa cidade portuguesa. Espanto maior o meu, que sabia da existência de armas ilegais em Portugal (para protecção pessoal como dizem os prevaricadores quando apanhados em posse das mesmas), mas tamanho arsenal, lembrando um filme de justiceiros que no meio da rua defendem o seu bairro contra tudo e contra todos, não me passaria pela cabeça.
Passado o episodio dezenas de vezes nas televisões, não faltaram as explicações sociológicas, políticas e também demagógicas, para o sucedido. Ouvi, claro, o Bloco de Esquerda, dizer que o problema está nas políticas sociais, da não integração das “minorias” (leia-se ciganos e negros) envolvidas nos confrontos, na marginalização constante. Portugal é, desde há muitos séculos, um país multicultural (para usar uma expressão do B.E.) e sempre convivemos de uma forma mais ou menos ordeira com raças e credos diferentes da maioria da população. Sempre que existem tensões sociais – como a que actualmente se vive com a economia, e o consequente desemprego – este tipo de situações atingem proporções que noutras alturas não atingiriam. É o velho ditado do “em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão” a funcionar na perfeição.
Recordo, com alguma saudade, a minha participação enquanto “monitor” de xadrez num clube de jovens no Bairro João Paulo II, onde pelas suas características de “bairro social”, existe uma comunidade cigana. Aí, cheguei a ter, em conjunto com outros jovens, várias crianças ciganas a jogar xadrez. Nunca chegaram a ser federados como os outros jovens, mas depois das primeiras reacções estavam integrados no grupo. Pena foi que, por razões que nunca consegui entender, acabassem com o clube. Sou absolutamente contra bairros exclusivamente de negros, ciganos ou do que for, existindo cada vez menos, felizmente, em Portugal, recordando-me estes sempre dos guetos judeus.
Há também, segundo alguns, outro tipo de exclusão. Aquela que é feita pelo facto de emitirmos a nossa opinião. Quem é do contra, ou criticado, age de maneira a repreender, ou pelo menos condicionar o opinante. Desde os meus dezasseis anos que milito no PSD e sempre emiti a minha própria opinião livre de quaisquer condicionalismos ou “represálias”. Continuo sem as ter, (apesar de um lamentável e recente equivoco, prontamente resolvido). Tenho o prazer de lidar todos os dias com pessoas de orientações políticas antagónicas das minhas, sem que isso prejudique as relações de amizade ou de trabalho. Isso só demonstra que quando o debate é feito com elevação, correcção e baseado em factos, o respeito existe. É também sinal de que a Democracia, afinal, está a funcionar.
(*) Expresso de Felgueiras, 25 de Julho 2008

Ler os Outros

Segundo o Público de hoje, a CM Felgueiras está na lista de melhores pagadoras do distrito do Porto aos empreiteiros.

terça-feira, julho 29

linda quê???

O grande problema dos endereços de e-mail para usar entre “amigos” é quando se chega a uma entrevista para um emprego. É que ter um endereço de e-mail patinha_linda[arroba]qualquercoisa.com não ajuda muito.

É do calor

Como já se devem ter apercebido o contador de utilizadores on-line “marou” de vez.

quarta-feira, julho 23

É Bom, Não Foi?

Mas já lhes cortaram o pio!

Tenho pena. Muita pena!

Pena dos que tentam cortar o pio.

Pena dos que deixam que lhes cortem o pio.

A mim tentaram. E perderam. E não me parece que tivessem melhor sorte com outros. Mas é preciso estar disposto a lutar; é preciso preferir morrer de pé que viver de joelhos.

terça-feira, julho 15

Pé descalço (*)

Não podendo esperar pelo próximo alinhamento solar para que possa pedir um desejo, faço-o hoje, por ser um dia especial. Sejam felizes.
Estranha forma esta de começar uma crónica, numa altura em que anda toda a gente desiludida e preocupada com o rumo que a nossa economia leva. Acabei de ouvir os resultados de uma sondagem conjunta entre a SIC/EXPRESSO/RÁDIO RENASCENÇA, apenas 0,5% dos portugueses acham que a economia está muito boa. A grande maioria acha, pelo contrário, que está má ou muito má. O próprio primeiro-ministro veio reconhecer pela primeira vez um “abrandamento” da economia (que traduzido do “politiquês” quer dizer, estamos parados).
São as taxas de juro a aumentar, os combustíveis que não dão tréguas, a vida no dia-a-dia mais cara - basta ir ao supermercado - e nós, portugueses, numa luta diária pela sobrevivência.
Este governo apostou toda a sua estratégia num crescimento da economia que não se verificou. Quando a Europa sobe, nós subimos, e quando a Europa desce, nós descemos. Longe vão os tempos em que o governo tinha alguns mecanismos macroeconómicos para dinamizar a economia como as taxas de juro e a moeda. Tudo isso está fora do âmbito do governo e vamos apenas a reboque.
Por cá, a aposta nas bicicletas é cada vez maior. Depois dos campeões das piscinas, a autarquia está apostada em apoiar as bicicletas, desde que as provas sejam transmitidas pela televisão ou pelo menos tenham um recorte num qualquer jornal. Talvez por isso o nosso campeão Cláudio Loureiro tenha que aguardar mais algum tempo para ter o merecido reconhecimento da autarquia. Pode ser que algum elemento da Assembleia Municipal se lembre de propor isso, quem sabe?
Este fim-de-semana temos mais uma edição do “Descalço 2008”. Esta é a maior montra que o concelho tem neste momento. Divulga o que de melhor se vai fazendo em design e moda de calçado por estes lados, promovendo a nível nacional e internacional a nossa (mono-)indústria. Num espectáculo de luz e cor, modelos e políticos brilham no palco lado a lado. Não sei a cargo de quem está a apresentação desta edição do “Descalço 2008”, mas convém que seja para os profissionais. Se a ideia é uma apresentação de prestigio, que sejam eles a fazê-lo, pelo profissionalismo e sem qualquer desprestígio para anteriores apresentadores. Depois de vários palcos (Sta. Quitéria, Praça das Comunidades Lusíadas) eis que este ano os Paços do Concelho vão servir de palco ao “Descalço 2008” numa altura em que se celebra o cinquentenário do edifício e no meio de uma polémica quando à ampliação do mesmo. Acaba por ser uma bonita homenagem, uma vez que o edifício nunca mais será o mesmo, para melhor ou pior, porque ainda ninguém sabe como vai ficar o edifício. Às críticas da oposição (quase toda, porque o PS mantém um estranho silêncio sobre esta matéria), juntam-se as da população num movimento cívico, e a autarquia não responde nem demonstra que estão errados, tornando público o projecto, mostrando as suas capacidades e benefícios. Faz antes o contrário. Confrontada com o “esquecimento” e solicitada cópia do projecto pelo PSD para o tornar público, recusa, e segundo o comunicado do PSD Felgueiras, alegando que o custo das cópias é elevado, quando estamos a falar de um projecto de cerca de dois milhões de euros…
Estaremos perante um gatarrão escondido com o rabo de fora?
(*) Expresso de Felgueiras, 11 de Julho 2008
[adenda] verifiquei, depois de ter escrito esta crónica, que no Boletim Municipal vem uma “explicação política” para a decisão sem contudo ficarem claros os motivos e a fundamentação. Apenas queixinhas que a oposição faz queixinhas. Para além disso o “Expresso de Felgueiras” avança nesta edição com uma peça onde aí sim, é explicado, com algum detalhe, o projecto. Finalmente a câmara percebeu que a melhor forma de lidar com este problema é torná-lo público para que todos avaliem.
[adenda 2] Em novo Boletim Municipal, vem, desta vez uma explicação técnica por parte do Arq. Rui Almeida, Chefe do Departamento de Planeamento Urbanístico da CMF.

domingo, julho 13

Discrição ou fundado receio?


Sofia Aparício foi a anfitriã da edição de 2008 do Descalço. O evento contou com a presença de várias figuras da moda nacional e resultou em momentos de entertenimento de extremo bom gosto.
O que me intrigou foi que ao contrário do que tem vindo a acontecer em anos anteriores, a Presidente de Câmara não subiu ao palco, nem para entrega de prémios, nem para desfilar "modelitos". Das duas, uma, ou a Sr.ª Dr.ª subita e estranhamente se tornou discreta, ou receia que episódios como o do concerto de Marco Paulo se repitam. Aposto na prudência, depois da vaia.

segunda-feira, julho 7

Edifício Camarário (III)

Verifico no site do PSD Felgueiras, que os membros da A.M. solicitaram a 13 de Junho à CMF informações e cópias dos projectos da ampliação dos Paços do Concelho. Pelo comunicado entretanto emitido, verifico que tal pedido foi recusado com base no custo que tal cópia do dossiê comporta aos cofres da autarquia.
A corresponder à verdade trata-se de um acto perfeitamente anti-democrático. Nem vou referir a questão legal de esclarecer a A.M., e os seus membros, cumprindo com o estatuto de oposição, mas apenas e só, referir que para esclarecimento cabal de toda esta situação a autarquia deveria ser a primeira a querer contrariar aquilo que é a opinião da oposição e da maioria dos felgueirenses, mostrando o projecto e assim demonstrar que estamos (nós os críticos) todos errados.
Temos vários projectos, feitos e nunca concretizados, publicamente apresentados (recordo uma célebre apresentação da Praça Dr. Machado de Matos, em que estive presente, com todo o projecto a ser ali exibido), assim como outros (zona desportiva por exemplo) e porquê que este não? Está assim tão inacabado, dissonante com as necessidades que não se possa saber até ser tarde demais?

sábado, julho 5

Parabéns… (*)

Celebrou este mês o seu cinquentenário o edifício dos Paços do Concelho. A melhor forma que a autarquia encontrou de comemorar tal evento, foi dar-lhe um apêndice. Semelhante, era eu comemorar os meus cinquenta anos com o acrescento de uma “marreca”. Deus permita que não. O Arq. Januário Godinho vê, lá onde quer que esteja, a sua obra ser adulterada, delapidada, violada até.
A única forma de justificar tal “apêndice” é a vontade férrea e persistência que caracteriza este executivo - para usar os mesmos adjectivos que os próprios usam no site da autarquia – para realizar esta obra, várias vezes contestada em reuniões de câmara, reprovada em Assembleia Municipal e pelos vários organismos que sobre ela se tinham que pronunciar. Assim, e em tempo recorde, foi alterado o projecto, lançado o concurso e iniciada a obra. O volume de construção encolheu, tal como o orçamento para o executar, tudo na justa medida para obter parecer positivo dos organismos e de dispensar passar pelo crivo da Assembleia Municipal que toca, cada vez mais, uma música diferente da autarquia.
É do mais elementar senso comum, que aquilo que se pretende construir, não servirá as exigências de espaço, de logística e de serviço ao munícipe. É público, – é a própria autarquia que o reconhece - que os arquivos municipais estão espalhados por vários edifícios na cidade, causando demoras (extremas em alguns casos) na obtenção de cópias de documentos e licenças, prejudicando os munícipes. A logística da câmara está absolutamente comprometida, com serviços a funcionar no edifício do “campo da feira” e a tesouraria no edifício camarário, obrigando, novamente o munícipe, a transitar entre edifícios para tratar dos seus assuntos. São funcionários com pilhas de processos nos braços, um vai e vem de viaturas. Que custos directos e indirectos podem aqui ser reduzidos? Muitos, por certo.
Um edifício de raiz com capacidade para albergar todos os serviços camarários, resultaria muito melhor por todos os motivos atrás referidos.
Tal atentado ao património teve ainda a rara capacidade de unir cidadãos de várias cores políticas e outros sem elas, em torno de um movimento de cidadãos contra este ultraje.
Eu gostava de ver esta desenvoltura ao vereador Bruno Carvalho. Da mesma forma desenvolta com que decidiu retirar relvados, que o projecto na zona desportiva “desencalhasse” e passe a ser concretizado. Que o Teatro Fonseca Moreira, veja o projecto avançar para a Casa de Artes, que a casa das torres, passe a ser a Casa da Juventude em vez de eternamente prometida, que os felgueirenses tenham os seus custos reduzidos em vez que verem em cada Assembleia Municipal as taxas a subirem e os serviços prestados a descerem. Que as crianças de Felgueiras tenham um Dia Mundial da Criança, a exemplo de todos os concelhos vizinhos (só de pensar que já tivemos umas “felgueiríadas” e ruas com transito cortado a este propósito), que as Festas de Maio estão cada vez mais pobres e pouco demonstrativas das capacidades deste concelho, sem contar com um paupérrimo S. Pedro. Eu gostava mesmo de ver a maioria “Sempre Presente”, sempre com essa desenvoltura para resolver os problemas. Talvez aí, a irónica declaração da presidente da autarquia na última Assembleia de que “Há gente que está assustada com a obra que se vai fazendo em Felgueiras” fizesse sentido…
Já agora, parabéns... “marreca”
(*) Expresso de Felgueiras, 27 de Junho 2008