Dois
anos e meio decorreram desde que a coligação Nova Esperança, PSD / CDS-PP,
ganhou as eleições autárquicas em Felgueiras. Este é o primeiro executivo de
maioria não socialista desde o 25 de Abril de 1974, sendo por isso normal que
todos aqueles – e foram muitos – que depositaram a sua confiança neste
executivo, elegendo como presidente Inácio Ribeiro, queiram ver diferenças em
relação ao passado.
Os
primeiros a exigir obra feita – apenas dois meses depois da eleição - foram,
desde logo, as bancadas da oposição em plena Assembleia Municipal. Vejamos; os
membros da Oposição na Assembleia Municipal de Felgueiras – PS e Movimento
Sempre Presente, que não são mais do que duas fações da mesma família
socialista - queriam, passados noventa dias (!!), obra feita. Reivindicaram,
veementemente, durante algum tempo mas agora ninguém os ouve a esgrimir a
cobrança de uma promessa ou obra que não esteja feita. Por mais que na rua, no
boca-a-boca, possam dar continuidade a uma campanha de desinformação, no local
próprio que é a Assembleia Municipal nada acrescentam. Aliás, a última
Assembleia Municipal realizada foi um espetáculo que deverá envergonhar muitos
dos membros da mesma. Uma total falta de respeito pelo Regimento, para não
falar de uma falta de elevação das intervenções e mesmo de conversas paralelas
nada dignas. Nem mesmo as sucessivas chamadas de atenção do presidente da A.M.,
que referiram o triste espetáculo que o público presente assistia, fez acalmar
os agitadores de serviço.
Este
Executivo terá que prestar contas no final do mandato aos eleitores, que
avaliarão o desempenho até àquele momento. Mas, se o quisessem fazer agora
teriam já muito para avaliar. É toda uma nova forma de ver a gestão autárquica
que se tem implementado, resultando numa muito maior rapidez desde a
idealização da medida a tomar até à sua concretização. Não existem obras
contempladas em planos durante anos e anos (Como a Casa das Torres e a Praça
Dr. Machado de Matos foram exemplo). Veja-se o que aconteceu com a área do
Desporto: depois da destruição completa do Estádio Dr. Machado de Matos, foi
recuperado, prestando um enorme serviço às coletividades desportivas, fim para
o qual existia. Temos a piscina municipal em recuperação que estava
completamente degradada há vários anos, assim como o pavilhão gimnodesportivo,
temos, na Lixa, sempre esquecida no passado, a zona desportiva em recuperação.
Mas todas estas obras não têm apenas um papel de intervenção, têm também um
cariz de poupança. A piscina municipal vai ser dotada de um melhor sistema de
aproveitamento energético para aquecimento de águas e ar, o Estádio Dr. Machado
de Matos foi dotado de um sistema de aproveitamento de águas de rega, assim
como com furos de água, baixando substancialmente os custos da autarquia com
todos estes equipamentos. A antiga forma de investimento sem qualquer
preocupação dos custos fixos que oneram todos os meses as contas da autarquia,
está a ser substituída por investimento qualificado e medidas de redução dos
custos como, por exemplo, a que se prende com a iluminação pública que prevê
reduzir em 40% a fatura da eletricidade sem perda de qualidade e quantidade de
iluminação.
Mas
o maior investimento que se pode fazer é nas pessoas, nos munícipes de
Felgueiras. Na área social nunca se investiu tanto como este executivo o faz. A
promessa política de fornecer livros aos alunos do 1º ciclo foi entretanto
alargada ao 2º ciclo, nos escalões A e B, abrangendo três mil alunos. Mas os mais
idosos não foram esquecidos com a criação do “Cartão do Munícipe Sénior” que
permite obter comparticipações em medicamentos, descontos em determinados
serviços camarários como no consumo de água, eventos culturais e de lazer.
Assim,
apenas por algumas medidas aqui retratadas, talvez se perceba a dificuldade da oposição
encontrar onde possa contribuir para continuar a transformar Felgueiras numa
terra + Positiva.
* Expresso de Felgueiras, 15 março 2012.