quinta-feira, novembro 27

Fátima Felgueiras em entrevista III

Numa altura que antecede uma importante A.M. (com a discussão do Orçamento), Fátima Felgueiras coloca pressão no Presidente da Mesa, Orlando Sousa. É conhecida a opinião da oposição e do executivo à acção do presidente. Por um lado o demasiado rigor na aplicação do Regulamento, queixa principal da oposição e a permissividade dessas regras de que se queixa a presidente de câmara. Esta A.M. não se prevê nada fácil para a Mesa da A.M.

quarta-feira, novembro 26

A campanha já começou (*)

Começou com um comício à porta do improvisado Tribunal no quartel dos bombeiros voluntários de Felgueiras. De uma forma imediata e em nítida descompressão de uma condenação com a qual o causídico que a defendeu disse que “podia bem”, num sentimento de quase euforia, afirmou estar assim inocentada e que sempre falou verdade. Para quem acabou de sair do Tribunal com uma condenação, claro que ainda sujeita a recurso, mas uma condenação, só pode, com estas palavras, querer passar um atestado de imbecilidade aos felgueirenses. Claro que até transito em julgado, esta decisão é passível de recurso e por isso nada a apontar nem questionar a decisão (afinal que percebo eu disso?), contudo gosto pouco de ver alguém passar um atestado de imbecilidade a todos nós. A única explicação para isso era o estado de euforia pela decisão do Tribunal, o que não é bom sinal também.
Findo que foi este processo com quase dez anos de exposição mediática, desde a denúncia por parte de elementos do PS Felgueiras até esta fase do julgamento, podemos concluir uma de duas coisas. Ou estamos perante um alarme social desmesurado e empolado pela comunicação social, ou então, o acesso à justiça não é igual para todos. Julgo que ninguém terá dúvidas quanto ao facto de um cidadão “comum” não conseguir ter o mesmo acesso à justiça que um presidente da câmara.
Começou então aí o comício de uma quase certa recandidatura à câmara municipal de Felgueiras, potenciando os órgãos de comunicação social presentes e o tempo de antena das televisões em horário nobre logo nessa noite, de uma forma que tão bem sabe. Os partidos da oposição pediram, mais uma vez, a sua demissão, apelando à ética, princípios de verdade, transparência, argumentos não suficientes (tal como no passado) para que Fátima Felgueiras se demita. Agora (e bem) remetem-se ao silêncio, uma vez que o elevado mediatismo só favorece um dos lados, convém deixar que o assunto deixe de ser capa de jornais e revistas assim como de programas de humor. Nos avanços e recuos dos partidos ao sabor de um julgamento, o tempo perdido não é mais recuperado e o anunciado “candidato muito forte” do PS já não deve aparecer e qualquer que sejam os candidatos agora anunciados pelos dois partidos políticos com condições para eventualmente ganharem estas eleições – PS e PSD – podem sair prejudicados por vários motivos mas principalmente por dois: uma das leituras que se poderá fazer é que o candidato teria sido outro se Fátima Felgueiras não fosse a eleições e que com a desvantagem em termos de projecção de imagem (salvo se o candidato for alguma figura com projecção nacional) deveria estar já no terreno, dando-se a conhecer.Entretanto continuamos sem solução para o Parque Empresarial do Tâmega (antiga ZAEV), onde já foram investidos milhões de euros (entre expropriações e infraestruturas) e que não serve absolutamente para nada, ficando o nosso tecido empresarial e a economia local cada vez mais fragilizada. Continuamos sem avanço na Casa das Artes, ficando a maior parte dos acontecimentos culturais do concelho a cargo de louváveis iniciativas de associações concelhias e pouco mais. Continuamos numa gestão corrente da autarquia porque a sua presidente não tem tempo, e sem tempo vai continuar com o início do julgamento de um outro processo.
(*) Expresso de Felgueiras, 21 de Novembro 2008.

A.M. vs. C.M.

São cada vez mais aqueles que começam a, publicamente, partilhar da ideia do funcionamento das Assembleias Municipais, com e sem presidentes de junta. Não que eles não mereçam, ou não tenham competência para isso, não é o que está em causa. É o facto de se tornarem alvos fáceis para pressões. Desta feita, um interessante artigo de opinião de José Mendes, membro da A.M. de Felgueiras.

sábado, novembro 22

Conversas Cruzadas

Apenas para os interessados, os temas desta semana estão aqui.

Fátima Felgueiras em entrevista II

Numa rápida leitura, apenas um grave facto, decorrente desta afirmação:

“Mas decidi aceitar o desafio político, mediante uma condição. Só assumiria qualquer candidatura se me fosse levantada a medida de coacção. E vim!” [negrito meu]

Esta questão reforça, confirmando pela mão da própria, a ideia criada de que teriam existido negociações para o regresso do Brasil. Sobre isso o PÚBLICO chegou a publicar um artigo, e Paulo Gorjão no BLOGUÍTICA (hoje extinto e com nova sede em “Vox Pop”) fez uma micro-causa, da qual aqui cheguei a fazer eco.

Fátima Felgueiras em entrevista I

A entrevista concedida por Fátima Felgueiras ao “Expresso de Felgueiras”, por escrito, tem aquilo que “entrevistas” por escrito têm. Apenas a vaidade do próprio, a “razão” que lhe assiste, a vitimização e apenas a sua versão. Não há contraditório, não há a pergunta oportuna que uma entrevista na primeira pessoa oferece. A entrevista só se justifica pela oportunidade do momento e pelos últimos acontecimentos.

sexta-feira, novembro 21

Volta, estás perdoado.

Durante anos a fio, vi em blogges e jornais um desfiar de criticas a um seleccionador que independentemente das escolhas dos jogadores, levou a selecção onde jamais tinha ido. Agora desses que tudo fizeram para criar as piores condições de trabalho e ambiente não se ouve nada ou se lê um escrito. É caso para dizer, volta, estás perdoado!

quinta-feira, novembro 20

Já se vêm mudanças II

Esta entrevista a Manuel Faria tinha-me escapado por completo. Sem dúvida que todas (ou pelo menos uma esmagadora maioria) das instituições que ficam muito tempo com os mesmos dirigentes têm uma tendência para estagnar, perdendo a capacidade de empreender e criar. Podemos começar a acreditar que é possível tomar novamente o rumo que algumas instituições perderam (por comodismo).

Já se vêm mudanças

Segundo uma notícia do “Expresso de Felgueiras”, a Associação Empresarial de Felgueiras (AEF) vai realizar a I Gala do Empresário de Felgueiras, uma iniciativa que pretende distinguir o empreendedorismo em Felgueiras. Aqui está uma medida simples, mas que dá uma motivação extra aqueles que, em Felgueiras, tiveram a coragem (segundo a versão de alguns a “loucura”) de cá investir e aqui criar valor acrescentado.

Viagens_big_brother [004]

Trafalger Square – Londres – 2008.11.20 18:36 pm

sexta-feira, novembro 14

Conversas Cruzadas

O programa "Conversas Cruzadas" da RF, do próximo Domingo (às 12 horas), será inteiramente dedicado à análise do caso “saco-azul”.

Dia D (*)

Na última edição terminei esta minha habitual crónica escrevendo “Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.”. Não seria difícil de prever que, fosse qual fosse o desfecho jurídico, os recursos no processo iriam prolongar o mesmo.
Do ponto de vista político é que este assunto devia ser encerrado, por quem está no centro de toda esta questão, Fátima Felgueiras e obviamente demitindo-se. Mas não está só nesta responsabilidade.
Quando, quase há 10 anos, elementos do PS local decidiram denunciar todo este processo, deram inicio a um período negro na história do nosso concelho. Depois de sucessivos “escândalos” mediáticos, que foram aproveitados com mestria para converter numa campanha de vitimização resultante em votos, as eleições de 2001, confirmam Fátima Felgueiras no poder. Nessas eleições, a demasiada concentração de “fogo” na questão “saco-azul” de todos os partidos na oposição, fez com que as verdadeiras questões importantes para o concelho fossem relegadas para um segundo plano, menos visível e que não captou votos. Novamente, em 2005, um regresso mediático, para umas eleições preparadas ao milímetro (em dois dias a máquina estava na rua, o que denota a preparação), e dais quais alguém irá escrever um livro. Emotividade e cobertura televisiva dos acontecimentos (nessa altura e segundo a Marktest Fátima Felgueiras teve mais noticias que todos os outros políticos, e um maior tempo de exposição traz mais votos) assim como uma oposição apanhada de surpresa (pelo menos pareceu), assim como um golpe palaciano no PS local destruíram por completo qualquer tentativa de levar de vencida essas eleições.
Assim, importa aprender com o passado e numa altura em que se vai pedir a demissão, mais do que razoável, de uma presidente condenada (embora ainda não transite em julgado devido a recurso), é sabido que já no passado argumentos como ética, esclarecimento da verdade, disponibilidade para colaborar com a justiça e o bem estar da população não foram suficientes para demover Fátima Felgueiras dos seus intentos.
Assim, resta aos partidos, depois da situação esclarecida, criar condições vencedoras para as suas candidaturas e por isso é que eu já defendi publicamente que as candidaturas já deviam ter avançado independentemente da decisão judicial, ou não era espectável este cenário? Das duas uma, ou os pressupostos das candidaturas são feitos com base no facto de Fátima Felgueiras não ir a eleições, o que é um muito mau sinal, ou a outra hipótese ainda é muito pior…
Independentemente de tudo isso que este tenha sido o Dia D, o dia zero do resto de um processo que se quer iniciado com cabeça, tronco e membros.
(*) Expresso de Felgueiras, 8 Novembro 2008.

segunda-feira, novembro 10

Viagens_big_brother [003]

Torrel Eiffel – Paris – 2008.11.10 08:18 pm

Dia D

Depois de um pedido de demissão da presidente de câmara, por parte de toda a oposição (PSD, PS e CDS-PP), resta agora o único caminho que faltava definir - e que muitos julgavam não ser possível, menosprezando claramente o “animal político” que existe em Fátima Felgueiras – apresentar o quanto antes os candidatos à câmara e entrar em campanha eleitoral, sim em campanha, porque Fátima Felgueiras já começou a dela aos microfones das rádios e das televisões nacionais.

sexta-feira, novembro 7

Dia D

TSF 12:10h
Fátima Felgueiras declara que vai recorrer e que a pena não tem efeito imediato.

Dia D

Rádio Felgueiras 12:00 h
718 páginas de acórdão.
3 condenações, com pena de 3 anos e 3 meses de prisão com pena suspensa e perda de mandato.

Dia D

Para muitos, por vários motivos, hoje é o dia “D”. O dia zero do resto das suas vidas. O fim do dia de hoje trará para muitos alegria e satisfação ou tristeza e desilusão. Para mim será (espero) o fim de um longo e penoso processo, com anos de penalização do concelho de Felgueiras, independentemente do resultado judicial.

Fazer Oposição (*)

O papel de oposição não é fácil. Principalmente quando se está habituado a estar no poder, e quando esse é exercido de forma continuada deste o 25 de Abril. Escrevo de forma continuada porque os independentes de levam adiante a gestão do concelho, são socialistas. Socialistas sem cartão e impedidos de exercer a sua militância mas socialistas. Órfão, e ainda com muitos fantasmas, o PS Felgueiras continua à procura do seu caminho e nem sempre da melhor forma. Por estes dias esteve em Felgueiras o Secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, a anunciar o lançamento da última fase da variante à EN101. Tal facto foi utilizado pelo PS local para encerrar um “jejum” de longos meses sem aparecer (praticamente desde as eleições internas) criticando o momento escolhido pelo governante para o fazer, depois de Felgueiras ter estado muito tempo sem qualquer visita por parte de um governante. Ou seja, o PS, praticamente na primeira vez que aparece depois das eleições internas, fá-lo pela negativa, criticando o seu próprio partido, mostrando até um certo amuo perante o facto, chegando a afirmar, o líder socialista de Felgueiras, que Paulo Campo veio a Felgueiras “à procura de protagonismo”. Sintomática esta solidariedade socialista. Parece que a estrutura local do PS está condenada a este tipo de tratamento por parte da nacional. De cada vez que precisa de apoio tiram-lhe o tapete. Já assim aconteceu com o triste episódio da visita do histórico Almeida Santos ao concelho na campanha eleitoral de José Campos, com velados elogios a Fátima Felgueiras, assim como uma “retirada” de confiança por parte da própria estrutura local ao candidato que tinha escolhido. São vários os exemplos da solidariedade socialista. Claro que politicamente é necessário denunciar o que houver para denunciar, mas o PS Felgueiras precisa de ganhar experiência na oposição.
A beneficiar da experiência de sempre fazer oposição está o PSD Felgueiras. Depois de alguns erros passados, surge agora muito mais atento e próximo dos munícipes. Uma oposição interventiva e com propostas claras e objectivas é o que se pede. Com a proposta dos vereadores do PSD (há dois anos) de baixar as taxas de IMI, que foi aprovada, que levou a que este ano a autarquia baixasse ainda mais o imposto, assim como a proposta de não ser lançada uma derrama este ano, os felgueirenses ganham e muito com este tipo de intervenção daqueles que têm que fazer uma oposição responsável sem deixarem de ser reivindicativos para aquilo que são as preocupações das populações. Tem sido clara a posição do PSD na Assembleia Municipal (descontando os velhos e conhecidos problemas das “fugas” aquando das votações e da ausência de mais membros a intervir). Uma oposição aguerrida, que questiona, mas essencialmente muito mais política e menos técnica. O PSD tem tido a coragem de dizer desde já com quem conta e com quem não conta para as próximas eleições, de fazer propostas, de denunciar politicamente as situações.
Apenas uma última nota para o seguinte. Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.
(*) Expresso de Felgueiras, 31 de Outubro 2008