sexta-feira, novembro 29

Alterações na Escola Profissional de Felgueiras

Segundo o “Público”, a autarquia procedeu a alterações na estrutura da Direção Executiva da Escola Profissional de Felgueiras (EPF), substituindo Paula Dantas (que exercia funções há cerca de 22 anos).
Para quem acompanhou todo o processo da EPF a substituição de Paula Dantas na gerência da sociedade (em que a câmara é detentora de 99% do capital), era o desfecho lógico. O comportamento da sócia minoritária para com a sócia maioritária – relembro apenas episódios de reuniões, de fugas de informação, o incumprimento de alguns deveres - e, na fase final, de uma oposição e confronto à sócia maioritária ditaram a sentença que, a meu ver, a própria procurou.

Para quem anda preocupado com a nomeação do Dr. José Mendes, apenas pergunto: Têm um outro nome que quisessem apresentar com melhores capacidades e que merecesse a confiança da sócia maioritária? Coloquem-se na situação: Algum de vocês atribuía a gerência de uma sociedade vossa a alguém que não confiasse? Também me parece que não… 

sexta-feira, novembro 15

Zangam-se as comadres...

Durante a campanha eleitoral disse aquilo que pensava, como é meu hábito, sobre as candidaturas e sobre os candidatos, especialmente nesta crónica. Fui criticado por expor o candidato socialista, perdi amizades de muitos anos por isso, tive discussões nas redes sociais. Hoje, vejo essas mesmas pessoas a reconhecer que, de facto, o candidato era fraco, uma aposta errada e que, segundo alguns “ainda bem que perdeu”. Referem publicamente pormenores ainda mais violentos do que aqueles que chamei à atenção. Claro que tudo isto tem a ver com as eleições para a concelhia socialista de Felgueiras e, não fosse isso, tudo iria continuar como antes.

quinta-feira, novembro 14

É tempo de unir, não de dividir

Foram empossados, no passado dia dezanove, os membros da Assembleia Municipal e do Executivo Camarário. Foi eleita a Mesa da Assembleia Municipal, tendo a presidência da mesma ficado a cargo, como seria de esperar, do Dr. Rui Marinho, cabeça de lista pela coligação Manter a Esperança. A cerimónia protocolar foi simples, sem luxos e com uma sala cheia de convidados e população, que quiseram ver tomar posse, aqueles que ajudou a eleger. Estas eleições representaram também uma mudança no cenário político e administrativo do concelho. Ocorreu uma mudança significativa no número de mandatos do executivo, uma vez que passaram de seis para nove, por força do número de eleitores, e a questão da união das freguesias. Tais alterações vão traduzir-se em implicações bem mais profundas, na forma de fazer política do que inicialmente alguns poderiam pensar.
Desde logo o número de mandatos para a Assembleia Municipal foi redefinido, passando os eleitos diretos a ter mais representantes que os presidentes de juntas de freguesia que, por inerência, têm assento na A.M., e por isso, presumo, haverá mais discussão política e estratégica do que «faits divers» que, infelizmente, o passado foi profícuo. Com uma reformulação quase completa nas listas do PSD e PS, assim como a entrada de dois membros do CDS, deseja-se que sejam evitáveis as cenas lamentáveis de algumas A.M., assim como o passear de algumas vaidades pessoais. Por outro lado, com a união das freguesias, os atuais presidentes de junta vão ter que juntar ao seu leque de competências, mais uma: a diplomacia. Sabemos todos que esta questão da união das freguesias está muito longe de ser uma solução perfeita, e menos ainda de ter o consenso de todos. Por isso – e também pelas notícias vindas a público de algum mal-estar das populações em tomadas de posse das freguesias – se espera que os presidentes de junta exerçam um mandato justo, equilibrado quanto aos seus fregueses e às medidas e obras realizadas. Todos sabemos que, com a união de freguesias, algumas delas tiveram um peso maior na eleição dos executivos e seria muito mau ver alguns presidentes de junta deixarem para segundo plano alguma delas. Basta para isso, deixarem de prestar às populações os esclarecimentos, ou a informação dos benefícios que podem usufruir. Foi isso que se constatou durante a campanha eleitoral. Como é possível que não se façam chegar às populações as informações dos benefícios que podem usufruir como, por exemplo, a diminuição ou isenção das taxas de água e lixos, os apoios aos idosos, aos estudantes? E isso acontece por falta de zelo dos eleitos ou com a intenção declarada e preocupante de omitir para tirar dividendos políticos, prejudicando objetivamente as populações? Independentemente da cor política da junta ou do executivo camarário, o trabalho conjunto e a lealdade devem existir. Nenhuma das ex-freguesias deverá perder a sua identidade, as suas tradições, as suas gentes, devem antes fazer parte de uma grande união multifacetada de onde devem ser aproveitados os melhores exemplos para a promoção local.

Em jeito de conclusão, o concelho de Felgueiras tem a oportunidade de, em tempos difíceis e exigentes como estes que o país atravessa, seguir na frente, na vanguarda, aproveitando o que de melhor temos, com ações concretas e objetivas, com ambição, mas também com um enorme sentido de responsabilidade de todos os atores políticos, executivo e oposição, Assembleia Municipal e juntas de freguesia, saberem dar o melhor que têm, sem pensarem numa qualquer data daqui a quatro anos.
* Expresso de Felgueiras, 28 outubro 2013

quinta-feira, novembro 7

Eleições PS Felgueiras

Poucas semanas depois das eleições autárquicas vemos alguns militantes e simpatizantes do PS a pedir mudanças na liderança do PS Felgueiras. Não é nada que me surpreenda, aliás, disse e escrevi isso mesmo por várias vezes. Era claro que a dita “família” socialista não existia e que alguns dos que se tinham aproximado da candidatura socialista apenas o fizeram para não estarem “fora de jogo” no pós-eleições que muitos vaticinavam já como um cenário de derrota. Agora que o PS marcou eleições em todas as concelhias para o início de dezembro, o que vão fazer os socialistas de Felgueiras? Será que é desta que Manuel Machado encabeça uma lista à liderança? Será desta que o partido aproveita para uma renovação, para rejuvenescer os seus quadros? Aceitará Eduardo Bragança sair para dar lugar a outros ou, como muitos esperam, escolherá a sua sucessão?

Há uma questão que o PS terá que lidar: a continuação de Eduardo Bragança como vereador. É que tenho sérias dúvidas de que a nova liderança (quem quer que seja) consiga implementar uma forma diferente de fazer oposição com Eduardo Bragança e o seu “peculiar” tipo de oposição.