sexta-feira, março 30

Aniversário (1)

Um ano passado e vinte e cinco edições. Parece pouco mas não é. É uma tarefa árdua esta, de colocar um jornal nas bancas quinzenalmente com a qualidade, gráfica e de conteúdos, a que o «EXPRESSO DE FELGUEIRAS» nos habituou. Só quem acompanha a cada edição o trabalho dos profissionais do Expresso de Felgueiras é que se apercebe da hercúlea dimensão da tarefa. Ao longo deste ano foi um trabalho notável a informar a população de Felgueiras e não só. Foram entrevistados os principais protagonistas políticos e sociais do concelho, cobertos os principais eventos e acontecimentos concelhios e do distrito. Deram voz a reclamações e sugestões, criticas e comentários. A coluna de cronistas políticos e desportivos tem leitores assíduos, fãs e opositores cerrados. Há quem goste, aplauda, e há também quem nos considere «pseudo – analistas» políticos, ou use de outros epítetos para nos classificar. Coincidência ou não, são visados em alguma opinião que não deixa de ser apenas isso, uma opinião, com a qual se pode concordar ou discordar. Discordando apresentem-se os argumentos. Tudo o resto…
Mas o que hoje importa é este aniversário, o primeiro de muitos que aí vêm, com um único propósito, informar os felgueirenses. Parabéns «EXPRESSO DE FELGUEIRAS»!
(1) Expresso de Felgueiras, 30 de Março de 2007

sábado, março 24

Eleições PSD

Entretanto continua a ser conhecida apenas uma candidatura à CP do PSD Felgueiras, protagonizada por João Sousa. Essa está a ser planeada ao milímetro. Os contactos, os apoios, as entrevistas cuidadosamente planeados e politicamente correctas, até demais. São abordados todos os militantes, mesmo aqueles que no passado foram afastados pela CP anterior de que o candidato fez parte, agora com o discurso alterado e ajustado às circunstâncias.

Ainda sobre a entrevista…

Não sei porquê mas virou moda, herdada de outros tempos, de os políticos de Felgueiras darem entrevistas por escrito, e não a viva voz. Com isso tornam as entrevistas sensaboronas, sem conteúdo e muito difíceis de ler. Neste caso, os termos eruditos, mas com um português pouco cuidado, ainda tornaram esta entrevista mais difícil de ler. Mas talvez o problema seja apenas meu. Seguindo. É notório ao longo de toda a entrevista um certo tom de «vingança», de retorno ao passado, de ajuste de contas. Poucos projectos, vazia até desse conteúdo, quanto ao futuro, nada. Vão ser tempos difíceis.

sexta-feira, março 23

Todos de acordo, ou não?

Uma das partes da entrevista de Francisco Almeida, (para além da «cómica» última resposta) que mais me chamou à atenção, é aquela resposta à pergunta «como é possível ao PS criticar tanto um modelo de governação municipal, quando foi o partido que sustentou o modelo, com a mesma protagonista, durante vários anos?». Como se vê, nem todos os destacados dirigentes ou ex-dirigentes do PS local estão de acordo.

[A Rosa, 10 Fevereiro 2005]

Revista de imprensa

A não perder:
Entrevista de Francisco Almeida, Vice-presidente da CPC do PS Felgueiras no «Expresso de Felgueiras»
«A Confraria de Sta. Quitéria, o Padre Zé e Fátima Felgueiras» por Eduardo Teixeira no «Semanário de Felgueiras» [link indisponível]

quarta-feira, março 21

Espaço Perdido

A Comissão Política do PS veio, no seu blogue, manifestar o seu desagrado pelo facto de uma empresa de renome nacional, anunciar investimento em Felgueiras, através de um «espaço comercial». Desconheço se a afirmação é verdadeira. Agora o que me parece prematuro é emitir este tipo de opinião, levantando, insinuando até desde já, falta de transparência. É este tipo de oposição que Felgueiras não merece. Mostrar desde já preocupação pelo dito comércio tradicional, parece demagogia barata, sem que se saibam outro tipo de informações. Se o PS pretende marcar o seu espaço, não é com afirmações destas.

quarta-feira, março 14

Mulheres de Armas (1)

No dia em que escrevo esta crónica é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Desta forma pretende-se destacar o papel especial, e essencial, da Mulher no seio da comunidade, da família e do Mundo. Estou plenamente convencido que este será o século da Mulher.
Não tem sido fácil o seu papel. Desde sempre afastada das decisões e das grandes questões, longe vão os tempos em que não lhes era reconhecido o simples direito a votar, a emitir opinião. O seu papel era apenas o de criar os filhos e a organização doméstica. Felizmente esse tempo já lá vai, pelo menos nas sociedades ocidentais.
Hoje em dia as Mulheres têm um papel fundamental na sociedade. Estão já representadas em todo o lado. Nos órgãos de gestão de grandes empresas e universidades, estão representadas no sector militar, judicial e político, por mérito próprio, daí que eu ache a questão das «quotas» políticas absolutamente ridícula para as Mulheres. Veja-se o caso de Hillary Clinton, candidata à presidência americana e de Ségolène Royal igualmente candidata à presidência francesa. As Mulheres começam a fazer valer, por mérito próprio, as suas capacidades, apetências, profissionalismo e capacidade de gestão única. São muito mais objectivas e práticas na resolução de problemas, são únicas na negociação, e muito melhores que nós homens, na área de vendas.
No campo das Mulheres há sem dúvida uma que marcou a minha vida. A minha avó materna. Foi mãe de seis filhos, cinco raparigas e um rapaz, e com elas atrás, depois de vendidos os bens na aldeia, rumou a Lisboa para apanhar o barco para Angola indo ter com o meu avô e filho mais velho que já lá estavam. Contava a minha avó que depois de chegadas a Lisboa e quando o funcionário verificava a documentação deu conta que faltavam as vacinas obrigatórias a quem viajava para aquelas paragens de África. Como o barco zarpava na madrugada seguinte, a possibilidade de vacinação estava fora de hipótese. Perante a possibilidade de não embarcar e ter que regressar à aldeia onde já nada tinha, a minha avó reclamou, reclamou, e pediu para falar com o superior hierárquico do funcionário que a atendia. Não conseguindo demover nenhum deles e já em desespero de causa, ameaçou: «se eu não embarcar juro-lhes que me atiro com as minhas cinco filhas abaixo da ponte». Funcionou, e lá apareceu uma enfermeira que vacinou a minha avó e as cinco filhas. Depois de uma vida feita em Angola com muito trabalho, um regresso precipitado fruto de um processo de descolonização atribulado, foi necessário começar do zero. E ela começou. Não virava a cara a luta nenhuma, sempre decidida sempre bem disposta. Nos últimos anos deliciei-me com as histórias que ela contava, horas a fio, mesmo que fosse a décima vez que as ouvia. Recordava os tempos de juventude em frente da família, adorava comemorar os aniversários com a família, que convidava toda para almoçar num restaurante. Gostava de ter os netos por perto. Quase todos os domingos lhe ligava, e tinha sempre uma palavra de conforto, demonstrava uma coragem e determinação incríveis. Nos meus momentos menos bons, ligava-lhe e ela transmitia-me uma segurança e força que mais ninguém conseguia fazer. Faleceu em Outubro passado com 96 anos. Oito dias antes da sua morte estive com ela e fez-me um último pedido. Realizei-o no dia em que morreu.
(1) Expresso de Felgueiras, 9 Mar'07

sexta-feira, março 9

João Sousa ao Expresso de Felgueiras

Em entrevista ao Expresso de Felgueiras na sua edição de hoje, João Sousa, candidato à CP do PSD, fala do seu projecto. Da leitura muito rápida retive uma frase.
«Quero um partido que pense nos verdadeiros problemas dos felgueirenses e que fale com as pessoas e não um PSD a falar sozinho e para dentro»

Não consigo ver algumas questões respondidas.

Famosas últimas palavras

«PS Felgueiras diz que jamais aceitaria Fátima Felgueiras de volta»
in Expresso de Felgueiras

E depois falam (e pretendem rebater) sobre outras afirmações com declarações destas. Numa altura como a que se vive neste momento a única declaração que lhes oferece dizer.

quarta-feira, março 7

Primeira candidatura

Tal como previsto, João Sousa é o primeiro candidato à Comissão Política concelhia do PSD Felgueiras. As eleições serão realizadas a 14 de Abril.
[adenda] João Sousa dará a sua primeira entrevista como candidato no programa Perfil da Rádio Felgueiras, Domingo às 12 horas.

terça-feira, março 6

Consenso sem senso (1)

Sou, por norma, avesso a consensos. Não há evolução sem discussão, não há reflexão. As grandes (e pequenas) evoluções da Humanidade foram feitas a partir de rupturas, algumas até em forma de guerras, a pior forma de resolver e ultrapassar os problemas. Defendo uma revolução por via das palavras. Para isso é necessário que haja condições para que a discussão se faça, que todos os intervenientes tenham possibilidades de se exprimirem livremente, de participarem num debate fora dos ambientes normalmente tensos das eleições.
O PSD local tem pela frente mais um acto eleitoral para os seus Órgãos e, mais uma vez, prepara-se para não fazer essa reflexão. É sabido de todos que os ambientes eleitorais são propícios a exageros, manobras dilatórias, ideias vagas e pouca discussão do principal. Isto se existirem duas candidaturas, senão, há uma lista chamada de «consenso». Ora, é precisamente este tipo de consenso que eu sou contra. Porque este consenso significa apenas uma «paz podre», onde se procuram agregar numa lista os indivíduos que lhes podem causar problemas durante o mandato que se propõem cumprir. Não olham a competências, formação política, deveres como lealdade e solidariedade política, nada disso. Apenas a sobrevivência imediata conta, porque o tempo político ainda é mais curto que a Vida. Isto não acontece apenas no PSD, mas em todos os partidos, sem excepção, a sobrevivência política é motivo para se hipotecar o bem comum dos cidadãos a troco de alguma, efémera, valorização pessoal. A política é palco irresistível para alguns.
Neste momento os mais atentos devem estar com uma sensação de Dèjá vu. Só que, o aqui já visto são os erros que têm resultado nas derrotas eleitorais, apatia total em relação aos problemas do concelho, deixar-se ir ao sabor da maré, em vez de marcar a agenda política, comentários fora de tempo e pior ainda. Numa altura de eleições internas há elementos da actual Comissão Política que a troco de captarem as simpatias de elementos de um clube local (não está em discussão a razão do protesto) continuam a afirmar que os vereadores do seu próprio partido, e escolhidos por estes (!), não representam o partido. Mas, o que pretendem essas pessoas? Condicionar uma qualquer futura Comissão Política no relacionamento com os seus vereadores? Ou apenas se trata, mais uma vez, de uma «vendetta» pessoal?
Por todos estes motivos sou a favor de um Plenário de Militantes antes do processo eleitoral propriamente dito, preferencialmente ainda antes de qualquer candidatura, para que se possa efectuar um debate digno, com elevação, e acima de tudo a bem da Democracia.
(1) Expresso de Felgueiras 23 Fev'07

sábado, março 3

Vale do Sousa TV



Vale a pena ver, ou rever, na televisão do Vale do Sousa, as reportagens de rua em Felgueiras, em comparação com as dos concelhos vizinhos.

É bom viver no Vale do Sousa, e em especial em Felgueiras. Andamos contentes e até mudávamos poucas coisas. E quem o diz é o povo!

sexta-feira, março 2

«Não há oposição em Felgueiras»

Quem o diz é o vereador Bruno Carvalho no programa «Perfil» da Rádio Felgueiras, segundo a edição de hoje do Semanário de Felgueiras. Não deixo de concordar com ele. Efectivamente a oposição não existe em Felgueiras, pelo menos no meu conceito de oposição. Claro que na entrevista ele não foi capaz de explicar porquê, dando como exemplo uma série de banalidades ao jeito da… oposição.
Mas o que me chamou mesmo à atenção foi a nova versão dos factos relacionados com o protocolo de publicidade com o FC Lixa, dizendo que só não houve contrato «porque não houve unanimidade entre os vereadores»(sic).
À velocidade que o vereador dá novas versões dos acontecimentos de cada vez que fala, ainda bem que não tem oposição, mas ele lá se encarregará por si próprio de se embrulhar.

Ao que parece estão bem.

A propósito desta posta e através de pessoas amigas e interessadas fiquei a saber do paradeiro daquelas meninas. Estão entregues a uma instituição de acolhimento, no Porto. Provavelmente com um futuro melhor do que aquele que tinham na altura.