terça-feira, junho 29

Praça Dr. Machado de Matos

Também a Praça Dr. Machado de Matos, segundo o site da autarquia, vai, finalmente, ver as obras arrancar depois de ultrapassado o diferendo que existia com o autor do projecto, o Arq. Siza Vieira. Este reclamava o pagamento de 193.000,00 euros em falta, a acrescentar aos 322.000,00 já recebidos em 1998. A isto acrescem ainda 132.000,00 euros de despesas de adequação do projecto à legislação actual, uma vez que os projectos iniciais foram apresentados em 2002. Ou seja, no total foram gastos (espante-se) cerca de 650 mil euros em projectos e correcção de projectos !!!
Afinal o que faltava para que esta obra avançasse antes? O pagamento de 193 mil euros a Siza Vieira? Vontade política?
Para lá de tudo o que já foi dito sobre a necessidade da obra, do desprestigiante facto de se ter querido homenagear Machado de Matos e durante anos estar a praça ao abandono, há factos que há luz dos dias de hoje são incompreensíveis.

segunda-feira, junho 28

Casa das Torres

Finalmente a “Casa das Torres”, como é conhecida, vai ser reconstruída. É de louvar que finalmente este projecto, que vem, salvo erro desde 1995, começa a ganhar forma. Já esteve para ser Casa da Juventude, uma valência do centro de emprego e de apoio à Escola de Artes Gastronómicas (desconheço tal entidade). Foram várias as vezes a que me referi aqui à necessidade da recuperação deste espaço, não apenas para evitar a perda incalculável que seria a demolição do imóvel, como aconteceu com outro do mesmo estilo arquitectónico, de propriedade privada, mas que a câmara deveria ter intervido a fim de evitar a degradação e, por fim, a demolição do edifício, até porque tinha instrumentos urbanísticos para o ter feito.
Ao que tudo indica o espaço foi requalificado quanto ao seu uso, que passará a ter a área de Turismo e o Gabinete de Apoio ao Empresário (sendo esta uma promessa eleitoral), o que me parece, à primeira vista, uma boa solução.

Interessante

É muito interessante ver (e ler) os arautos que defendiam a pluralidade de opinião, que eram ostracizados, virem agora em “rebelião” ladeira abaixo, insurgir-se contra um elemento que começa aqui a participar. São estas “verdades”, dependentes de que lado da barricada estão, que me metem nojo. E mais, é um saloiinho bacoco…

sexta-feira, junho 25

Casa das Artes: Despesas “resvalaram” quase um milhão de euros!

Sinceramente, não sei de quem é a responsabilidade, mas sabermos todos agora (http://www.expressofelgueiras.com/v2/noticia.asp?cod=3053) que a Casa das Artes, que ainda nem sequer abriu, vai absorver mais de quatro milhões de euros, ou seja, quase mais um milhão do que o previsto inicialmente, é algo inquietante.

E pelo que se diz, ainda vai ser necessário gastar muito dinheiro para pôr a Casa das Artes funcional, nomeadamente nos arranjos exteriores e algum equipamento.

Não sei se a "culpa" é do actual ou do anterior executivo, mas que nos deixa a todos atónitos, lá isso deixa... Se calhar, como em quase tudo nestas coisas dos políticos, a culpa vai morrer solteira.

Fica-se com a ideia de que a avaliação do custo da obra, ainda da responsabilidade do anterior executivo, foi no mínimo subvalorizado, o que até se compreendia se o diferencial fosse pequeno, fosse razoável.

Mas, constatar-se agora que a diferença do custo é de quase 30 por cento, é algo surpreendente, o que nos remete a todos para uma reflexão sobre a forma como alguns políticos gerem os recursos públicos.

terça-feira, junho 22

Carta a Paulo

Caro Paulo,
Há determinadas questões que nem merecem discussão. Mas, pela consideração que me mereces, esclareço o seguinte.
Foram já algumas, as pessoas que por aqui passaram, umas que nada escreveram, outras que o fizeram de forma fugaz e outras que se dedicaram. Entendi eu, que não fazia sentido umas cá estarem e outras, fruto do desgaste das provocações diárias (que agora voltam), decidiram-se por um período sabático.
Se algumas pessoas, que por aqui passaram, vinham como “penduras”, por certo não levaram daqui o que pretendiam, a não ser que eu desconheça algo… e apesar de ser o único administrador, cada um é responsável por si mesmo.
É verdade que este blogue foi alvo de uma tentativa muito pouco dissimulada de ser calado mas não correu bem aos autores das tentativas que, em abono da verdade, vinham de vários quadrantes políticos.
Não sei que passarinho te possa ter sussurrado aos ouvidos, uma vez que não falei com ninguém acerca dos convites que ia realizar (Rui Sousa, Bruno Carvalho, Armindo Mendes, Miguel Carvalho e Hélder Quintela (retomando a escrita)) e que foram feitos no mesmo dia em que me lembrei dos mesmos, se a memória não me falha.
Não preciso conhecer pessoalmente todos os que por aqui passaram (conheci a Marta Rocha, quase um ano depois de ela aqui começar a escrever, e conheço Rui Sousa de um conversa de circunstância – acho eu… )
Como sabes também, durante os primeiros tempos do blogue e com uma maior participação de todos, trocava opiniões mais assíduas, o que não aconteceu por manifesta falta de participação de muitos elementos de há anos! Por isso assumi eu a responsabilidade.
Mal ou bem, é com estes que conto, assim como com outros que, longe do anonimato e do conforto da opinião de café, aqui a queiram manifestar.
Quanto a fretes... já me conheces.
Um abraço

Smile...


segunda-feira, junho 21

Todos somos poucos

Creio que somos todos úteis neste espaço, independentemente da opinião que cada tenha sobre as diferentes matérias.

O mais importante de tudo, egos à parte, é que digamos em consciência o que pensamos, estando mais próximos ou não das ideias do poder, mantendo um tom construtivo e civilizado, porque todos queremos o bem da terra onde vivemos.

A democracia e o pluralismo são isto mesmo, pelo menos é assim que eu a vejo.

Mas, que não se branqueie o passado recente de má memória, de uma terra fechada sobre si mesma, “orgulhosamente só” e enfeudada a um certo culto de personalidade, próprio de outras épocas distantes!

Porque esse passado tinha um rosto que é bem conhecido de todos, por acaso feminino, e uns quantos seguidores, agora, sem o fascínio do poder, em menor número.

Mas lembrar e criticar, com fundadas razões, o tal passado de má memória não nos deve tolher a consciência de opinar sobre um presente que tarda em afirmar-se em alguns domínios da acção autárquica.

Mas, críticas à parte, este presente tem uma enorme virtude: é gerador de uma atmosfera mais plural, independentemente de se perceber que alguns no poder revelam um inusitado nervosismo quando objecto de críticas, mesmo quando estas são desprovidas de carácter partidário.

Diria, sem querer ser pejorativo, que estes “tiques” são próprios de um processo de aprendizagem de quem é poder há pouco tempo depois de tantos anos na oposição.

Quero acreditar que, com o tempo, as areias do poder e da oposição hão-de assentar, cada um com o seu legítimo papel, porque uns e outros são úteis a Felgueiras.

sábado, junho 19

Cultura em Felgueiras

Estreia hoje em Felgueiras, no salão paroquial, a representação do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente, com encenação de Nuno Higino e representada pelo grupo de teatro infantil "A Maçã Vermelha".

Serão seis actuações nas datas indicadas na imagem.


Com a qualidade a que este grupo de teatro já nos habituou, não perca a possibilidade de ver ou rever esta excelente peça de teatro, numa representação do texto integral e original com todos os arcaísmos da época.
O grupo de Pequenos Cantores de Margaride fará o acompanhamento musical da peça.

sexta-feira, junho 18

O frete

O frete, chamas-lhe tu, estimado amigo Paulo. Para que não existam quaisquer dúvidas, este blogue nunca se prestou a fretes, pelo menos na minha pessoa. Sabes, porque me conheces bem, que não faz parte da minha forma de estar fazê-lo, mesmo que isso me custe críticas da minha “família” política que acha que era preferível eu pecar por omissão, não falando, do que dando a minha opinião. Sempre procurei que este blogue fosse o mais abrangente possível quanto a diferentes opiniões e posturas, daí o convite que enderecei a Bruno Carvalho. São conhecidas as enormes diferenças de opinião entre mim e ele em inúmeros assuntos – basta ver as questões do relvado do estádio Dr. Machado de Matos e os programas da Rádio Felgueiras. Não sei com que intentos e a quem serviu o Felgueiras 2005 no passado, contudo, procurarei manter uma postura de consciência, independentemente do facto do partido onde sou filiado estar ou não no poder. Sabes, é que eu recordo-me de muitos convites que fiz, todos recusados porque o Poder lhes podia fazer “mal” e que agora se insinuam a toda a hora… tal como recordo blogues, auto-intitulados “janelas de liberdade” que agora trancaram as mesmas.

quinta-feira, junho 17

Apenas Abril - 1 e não 25


Fui chamado a atenção por um amigo do post que eu aqui coloquei no dia 14 com o título "O prometido é devido", pois 14 de Junho não é 1 de Abril.

Realmente ele percebeu logo, que o post só podia ser brincadeira de 1 de Abril, pois das iniciativas lá atribuídas ao actual executivo, nem sequer uma se verificou nestes 7 meses.

Ele referiu-me também, que percebe perfeitamente o humor que utilizei, pois realmente muitos já perceberam que o fenómeno que aconteceu em Felgueiras no dia das últimas eleições autárquicas, a que quiseram colocar o rótulo de revolução do povo, ou seja 25 de Abril, afinal é o engano do povo, ou seja 1 de Abril.

De qualquer forma será sempre Abril, e enquanto assim for, para os que têm convicções, coragem e determinação, será sempre 25. Para aqueles que gostavam de ter convicções, coragem e determinação, mas apenas têm inveja e um profundo problema de afirmação social, será sempre 1.

terça-feira, junho 15

O prometido é devido… e cumprido

Dando cumprimento a uma das promessas eleitorais, o presidente da Assembleia Municipal, Paulo Rebelo, marcou a próxima reunião ordinária, para a cidade da Lixa. Esta trata-se de uma medida verdadeiramente descentralizadora, que aproxima as instituições das populações. É da mais elementar justiça que tal seja feito, numa altura em que a Lixa comemora o 15º aniversário da sua passagem a cidade.

segunda-feira, junho 14

O prometido é devido...

Depois de termos assistido à descida do preço da água (embora de forma gradual), à entrega dos livros gratuitos até ao 9º ano e dos medicamentos para os idosos (embora em uni doses), ficamos agora a saber que a direcção do Futebol Clube da Lixa, irá assumir a condução do clube por mais 2 anos, atendendo à atribuição de um subsídio por parte da Câmara Municipal de 150.000€ por cada época desportiva.

Está aqui demonstrado que passados 7 meses de mandato deste novo executivo da NE as promessas estão escrupulosamente a ser cumpridas.

O prometido é devido...

sexta-feira, junho 11

O caso da estrada de Friande!!! Boa notícia!

Não sei se foi por eu ter feito, há alguns dias, este post, mas o facto é que, finalmente (!!!), o estranho caso do buraco de Friande foi resolvido.
Foram lá, a Friande, tapar o buraco com alcatrão!
Mais vale tarde do que nunca, mas mantenho que não ficou bem aos senhores da CMF terem demorado tanto tempo a concretizar tão exigente empreitada...
De qualquer forma, os carros e as carteiras de muitos felgueirenses agradecem, para já não falar das questões da segurança.

terça-feira, junho 8

Novo cronista no Felgueiras 2005

Neste blogue sempre pautei, desde o primeiro dia, pela tentativa da pluralidade de opinião. Foram vários os que por aqui passaram e são vários os que cá estão. Travamos aqui várias batalhas de opinião política local, foram vários os “casos” aqui abordados.
Na mesma senda, rumo a uma pluralidade cada vez mais abrangente, anuncio aqui um novo (neste espaço) cronista: Bruno Carvalho, que dispensa qualquer apresentação.
Boas “postas” !!!

segunda-feira, junho 7

Não muda nada... ou muda?

O previsível regresso de Fátima Felgueiras, agora publicamente assumido, não vai alterar substancialmente a forma de fazer oposição. Vai, isso sim, dar outra visibilidade à Oposição. Os elementos socialistas da Oposição, divididos em duas facções – o PS “oficial” e o Movimento Sempre Presente – têm também duas formas diferentes de fazer oposição. Por um lado, os dois elementos do MSP, Bruno Carvalho e Horácio Reis, conhecem bem a máquina camarária, os assuntos e os processos pendentes uma vez que eram eles a conduzir os mesmos, do outro lado Eduardo Bragança, vereador eleito pelo PS, com um estilo e um tom mais conflituoso, necessitando de uma afirmação interna, não por que esteja em causa a sua liderança internamente mas pela ameaça externa que representa Fátima Felgueiras. É assim que tem sido e, penso, não deverá ser diferente a não ser na sua visibilidade. Fátima Felgueiras irá transportar e dar maior visibilidade na praça pública dos assuntos, falando com conhecimento de causa e usando o discurso fácil e populista que tem para junto do seu eleitorado dar ênfase ao que pretende. O regresso não alterará a forma de fazer oposição mas, por certo, vai alterar a forma da Nova Esperança exercer o governo do concelho. Com uma oposição mais visível é necessário uma maior cautela, mais discernimento, mais competência e priorização do que há a fazer. Há que reconhecer que foram cometidos erros, alguns deles inocentes outros grosseiros, mas que é necessário levar avante com as promessas eleitorais e concluir processos para fechar um ciclo. Não o ter fechado até agora e só o encerrar com Fátima Felgueiras presente na oposição foi um erro estratégico. Mesmo assim a maioria N.E. tem todas as condições para conseguir fazer um bom mandato.

quarta-feira, junho 2

Quem estraga velho, paga novo (*)

Durante anos ouvimos o ministro das Finanças e o primeiro-ministro, dizerem que esta crise não chegaria a Portugal. Era uma crise financeira, com origem na banca norte americana que nem sequer chegaria à Europa, quando, mesmo em 2008 se sabia que alguns dos bancos envolvidos na famosa crise dos subprimes, como ficou conhecida, eram europeus. Desde aí, o primeiro-ministro que colocava em grandes outdoors o anúncio que nunca ninguém tinha feito tanto pelo défice como ele, viu o mesmo atingir valores nunca vistos. Enquanto o resto da Europa colocava as suas economias em estado de alerta com a tomada de medidas junto da banca, e em termos de Orçamento, nós fizemos um completamente irrealista que, passados apenas três meses desde a sua entrada em vigor, tem que sofrer correcções porque pura e simplesmente partia de pressupostos (taxas de crescimento, preço do petróleo, etc.) errados. Para além disso, a teimosia desmedida de Sócrates relativamente às obras públicas, como o TGV, o novo aeroporto e a nova travessia sobre o Tejo, como único factor para o crescimento da economia, veio-se a revelar, como previsto, errado, face ao descalabro da banca nacional, (casos BPN, BPP e Millenium BCP), o brutal aumento da despesa pública devido a todos os subsídios (criando uma geração de “subsidiodependentes” a que se continua a apelidar de estado social), as SCUTS que sempre foram consideradas um erro por aquilo que iriam hipotecar no futuro os portugueses e que agora vai ser corrigido, criando novas injustiças locais e mais despesa pública, não deixou alternativa às agências de rating, essas malvadas que atribuíram ao nosso Estado uma mais baixa classificação, fazendo com que toda a nossa banca tenha que comprar o dinheiro mais caro. Isso aliado há já existente falta de liquidez da banca e o excesso de concentração dos financiamentos nas áreas de obras públicas, construção e imobiliário, não deixou dinheiro para a indústria, para a produção… que agora Sócrates pede que seja o motor da recuperação económica, através das exportações.
Em apenas quinze dias o nosso primeiro-ministro “viajou” entre o “não haverá aumento de impostos” na Assembleia da República, até ao “ter que aumentar os impostos porque o mundo mudou nos últimos quinze dias”! Se ainda não tinha reparado (parece que é dos poucos) o mundo já mudou desde 2008 e as medidas que deveriam ser tomadas ainda não o foram. Enquanto países como a Alemanha, Inglaterra e França, optam por reduzir na despesa dos seus ministérios, na despesa geral do Estado, por mais impopulares que possam ser tais medidas, nós ficamos pela metade pior, aumentamos na receita (leia-se: pagamos mais impostos). Definitivamente a teimosia e a incompetência deste governo deixam o país de pantanas. Espero é que, tal como no ditado popular que diz que “quem estraga velho, paga novo”, o governo não fuja às suas responsabilidades, até porque, crise política, só dá jeito lá para depois das presidenciais…
(*) Expresso de Felgueiras, 28 de Maio 2010