segunda-feira, junho 21

Todos somos poucos

Creio que somos todos úteis neste espaço, independentemente da opinião que cada tenha sobre as diferentes matérias.

O mais importante de tudo, egos à parte, é que digamos em consciência o que pensamos, estando mais próximos ou não das ideias do poder, mantendo um tom construtivo e civilizado, porque todos queremos o bem da terra onde vivemos.

A democracia e o pluralismo são isto mesmo, pelo menos é assim que eu a vejo.

Mas, que não se branqueie o passado recente de má memória, de uma terra fechada sobre si mesma, “orgulhosamente só” e enfeudada a um certo culto de personalidade, próprio de outras épocas distantes!

Porque esse passado tinha um rosto que é bem conhecido de todos, por acaso feminino, e uns quantos seguidores, agora, sem o fascínio do poder, em menor número.

Mas lembrar e criticar, com fundadas razões, o tal passado de má memória não nos deve tolher a consciência de opinar sobre um presente que tarda em afirmar-se em alguns domínios da acção autárquica.

Mas, críticas à parte, este presente tem uma enorme virtude: é gerador de uma atmosfera mais plural, independentemente de se perceber que alguns no poder revelam um inusitado nervosismo quando objecto de críticas, mesmo quando estas são desprovidas de carácter partidário.

Diria, sem querer ser pejorativo, que estes “tiques” são próprios de um processo de aprendizagem de quem é poder há pouco tempo depois de tantos anos na oposição.

Quero acreditar que, com o tempo, as areias do poder e da oposição hão-de assentar, cada um com o seu legítimo papel, porque uns e outros são úteis a Felgueiras.

1 comentário:

Margaride disse...

Ficarei a aguardar uma opinião do novo cronista, acredito que iremos ser bem esclarecidos.

Depois sim teremos "culpados", mas acredito que quem está no poder numca poderá ficar isento das responssabilidades.