sábado, novembro 24

Até já


Mais uma viagem, mais uma jornada. Até ao meu regresso, ou então até à retoma da normalidade. Mas o que é a normalidade?

Adopte


Excelente iniciativa esta da autarquia de colocar on-line as fotos dos animais para adopção e os contactos para o fazerem. Vão já verificar a página e não se esqueçam; adoptem um animal de estimação apenas se tiverem todas as condições para o fazerem e não apenas por capricho ou como prenda de Natal!

Imoral, grito eu!

Sobre a questão do pagamento por parte da autarquia dos honorários dos advogados de Fátima Felgueiras e restantes arguidos. Independentemente da legalidade de tais pagamento, o acto é absolutamente abominável e acima de tudo imoral. Num concelho com tantas dificuldades, falta de verbas para as juntas de freguesia – ver entrevista de Luís Martins, Presidente da Junta de freguesia de Margaride ao “Semanário de Felgueiras” – e a desculpa que serve para todas as justificações é a falta de verbas, vem agora a Presidente de Câmara, depois do assunto ser tornado público, trazer a reunião de câmara uma proposta para aprovar o pagamento de uma verba “próxima dos 400.000 euros”. É absolutamente imoral!

sexta-feira, novembro 23

Delicious

Apenas pela leitura dos cabeçalhos da edição on-line do Expresso de Felgueiras, depreendo que esta vai ser uma edição muito procurada, comentada e analisada. Delicious.

terça-feira, novembro 20

Ampliação edifício camarário

Num outro comunicado, desta feita sobre a ampliação dos Paços do Concelho, vem a autarquia, no meio da “choradeira” do costume (vamos perder os financiamentos, etc.) afirmar que, a eventual construção de um novo edifício nas Portas da Cidade, não se justifica neste momento uma vez que “a aquisição de terrenos, desenvolvimento de projecto e construção, constituir-se-ia investimento avultadíssimo que de forma alguma se considera prioridade neste momento”, afirmando por outro lado que “esta construção, que apenas tocará no edifício actual a partir da entrada, virá resolver os principais estrangulamentos ao funcionamento dos órgãos do Município, mormente os que decorrem do atendimento de qualidade que queremos seja prestado a todos os Felgueirenses.” Logo numa primeira análise, há aqui algo de errado, porque ao que julgo saber a autarquia é já proprietária de dois lotes de terreno nas Portas da Cidade onde pode edificar. Depois, porque não fazer este projecto com os técnicos da câmara, como aconteceu em vários concelhos vizinhos que ficaram com obras emblemáticas ligadas a quem durante anos prestou serviço na autarquia? Para além do mais, ficamos assim todos a saber que a ampliação do novo edifício servirá apenas para ter uma maior zona de atendimento, obviamente necessário. Contudo, o projecto inicial era mais vasto, incluindo, nova e condigna sala para a realização das Assembleias Municipais, arquivo e outras valências. Tudo isso foi abandonado, com a diminuição da volumetria de construção imposta pela CCDRN. Segundo alguma informação veiculada, o custo do projecto (e apenas deste) a cargo do arquitecto Alcino Soutinho, rondará os 350.000 euros. São cerca de 70.000 contos apenas no projecto, fora a construção. Será que Felgueiras é um município que se possa dar ao luxo de pagar tal verba, e ainda a construção? Sim, porque os tais “financiamentos” não cobrem todas as despesas e não resolver o principal problema?

Esclarecimento

Em esclarecimento lacónico a autarquia felgueirense, vem no seu site (finalmente) dizer que o tempo encarregar-se-á, de “mostrar quem esteve mal neste mistifório de opiniões desavindas”, no caso da aquisição do imóvel por trás do edifício camarário.
Não acrescenta nada de novo no sentido do esclarecimentos dos contornos do negócio, da péssima compra que iam fazer, do exagerado valor (sobrevalorizado) de avaliação e nem uma palavra sobre o mais básico e importante. O edifício não resolvia, e não resolve a questão principal da falta de espaço.

Sim, eu sei. Há dias menos bons.

Apenas uma das melhores piadas da blogosfera, que li nos últimos tempos.

Sim eu sei, não há dias menos bons.

quinta-feira, novembro 15

1.1 - Descubra as diferenças...

E porque não um joguinho sobre Felgueiras?
Ao longo do tempo serão colocadas por aqui perguntas (ou qualquer outra coisa) sobre o nosso concelho. As respostas deverão ser enviadas para o mail do blog. Periodicamente serão publicadas as pontuações dos concorrentes.
Claro!
Claro que haverá prémios para os vencedores!
De 10 em 10 edições, um prémio. O prémio será anunciado à 8ª edição.
Poderão responder a qualquer pergunta, por qualquer ordem.

Comecemos pelo clássico "Descubra as diferenças". São só 3, por isso é fácil!

Boa sorte!


Pode dar jeito aumentar um pouco as imagens... que propositadamente são de tamanhos diferentes...

Blogues & Responsabilidades

Cada um com o seu estilo, cada um com as suas palavras, cada um com as suas responsabilidades. São várias as formas e tons que cada um de nós pode encontrar para abordar o mesmo assunto. Há até quem se tenha ofendido com escritos neste blogue e que tenha recorrido a instâncias judiciais para ver a sua honra e dignidade repostas, caso sobre o qual não escreverei por agora. Confesso que já por vezes reli escritos meus que escreveria de outra forma, quer fosse por uma questão de melhor esclarecimento de ideias ou mesmo de sentido, mantendo a opinião base a mesma. Vem esta conversa a propósito da última posta da Marta Rocha. Não é muito o meu género, observar publicamente os escritos dos companheiros deste blogue, mas de facto fiquei incomodado. Nem sei se pela imagem religiosa de Nossa Senhora de Fátima, se pelo texto.

quarta-feira, novembro 14

Saída

A pedido do Hélder Quintela, termina aqui a sua colaboração neste blogue. Da minha parte quero agradecer a sua desinteressada participação e o esforço para contribuir para uma saudável troca de ideias. Por mim não é um adeus, é um até já.

Dois em um (*)

Não há fome que não dê em fartura, sempre ouvi dizer. Depois de muitos anos em que só via-mos os concelhos vizinhos a receber investimentos, privados ou públicos, eis que surgem notícias de que o nosso concelho vai receber importantes investimentos (privados, porque os públicos não querem nada com Felgueiras), na figura de dois (sim, espanto, dois!) shoppings no centro da cidade. Segundo o que foi noticiado, serão cerca de quarenta e quatro mil metros quadrados de área, que depois de prontos darão emprego a cerca de três mil pessoas.
Numa primeira análise, excelentes notícias para Felgueiras e para os cerca de cinco mil desempregados que engrossam as listas do centro de emprego, que nunca teve tanto movimento. Não devemos esquecer que o nosso concelho era conhecido como de “pleno emprego”, vangloriando-se a autarquia (com razão) para esse facto, que continua a constar do site da autarquia, apesar de agora ser uma miragem.
Alguns dos assíduos leitores dirão que sou daqueles que me “queixo” por ter e por não ter, um ingrato portanto. Mas não, apenas procuro fazer um pequeno exercício, que todos nós devíamos fazer: raciocinar. Reflectir sobre o que se nos apresenta evita dissabores futuros.
Bastará então pensar que a área total de construção dos dois shoppings é mais, muito mais, que a do shopping de Guimarães, um concelho com cerca de cento e sessenta mil habitantes, quando o nosso tem cerca de cinquenta e oito mil, e praticamente a mesma área existente em Braga com cerca de duzentos e vinte mil habitantes e vinte mil estudantes.
Segundo a escassa informação pública existente, um dos shoppings será temático, ou seja, a industria do calçado terá um espaço próprio para aí colocar o seu produto. É sabido que esses tipos de espaços estão com enormes dificuldades numa altura em que os clientes procuram diversidade. Impor esse modelo de gestão é condenar ao fracasso o projecto logo no papel.
As áreas propostas, e consequentes números de lojas, são demasiado elevados para Felgueiras, atendendo ao número de visitantes / tráfego, que os empreendimentos poderão gerar. Penso que nenhum dos impulsionadores e muito menos a autarquia quererá condenar desde já a viabilidade de um destes projectos.
Um shopping com uma área ajustável ao concelho e às necessidades dos felgueirenses, com salas de cinema, diversidade de produtos e lojas “âncora”, com algum destaque para o calçado, mas com um modelo de gestão já comprovado. Claro que o comércio local vai começar já a protestar, mas o que nós não vemos é, salvo raras excepções, o comércio local a modificar a forma como apresenta, chama e fideliza os seus clientes. Terão sempre razão de queixa, seja por que motivo.Deixo aqui apenas o meu alerta enquanto cidadão, que aquilo que possa parecer – e é, se bem aplicado e administrado – uma boa oportunidade pode ainda criar mais dificuldades a um concelho a precisar de sucesso e não de mais do mesmo.
(*) Expresso de Felgueiras, 9 Novembro 2007

terça-feira, novembro 13

Dar a outra face


«Mas eu te digo, não resistas ao mal. Se alguém te bater na face direita, oferece-lhe a outra» (Mat. 5:39) Os felgueirenses são de facto muito cristãos. Já sabemos o porquê do aumento das posturas e da taxa máxima de IMI.

quinta-feira, novembro 8

Urbanidades (*)

Cada vez mais as cidades se tornam impessoais, frias, distantes. As novas construções são mais rectilíneas, fechadas para dentro, com cada vez menos janelas e de menor tamanho. Quase não há espaços verdes, com os edifícios pendurados nas ruas e avenidas, cada vez mais cheias e preenchidas totalmente por automóveis. Apesar do acréscimo da qualidade da construção em Portugal, a área do urbanismo tem sido relegada para um plano inferior. As câmaras municipais optam, a grande maioria, por olhar para o cofre vazio da autarquia e licenciar o maior número possível de fogos, sempre “dentro da Lei”, claro.
O concelho de Felgueiras não é também, neste caso, excepção. Num concelho com duas cidades e duas vilas, existem vários exemplos a corroborar a tese dos “atentados urbanísticos”, mas não é sobre estes que pretendo escrever. É sobre os outros, aqueles que ainda se podem evitar.
Felgueiras (a cidade) precisa de evitar uma centralização exclusiva daquele que tem sido o chamado “centro”: a Praça da República. Existem, praticamente na área urbana da cidade, quatro zonas distintas, “desocupadas” em termos de construção e que têm, ou estão em fase de desenvolvimento, Planos de Pormenor, a saber: as “Portas da Cidade”, os terrenos por detrás do hipermercado “Modelo”, os terrenos frente ao centro de transportes, e os ultimamente muito falados terrenos da Zona de Acolhimento Empresarial de Várzea (ZAEV). Alguns deles têm já planos de pormenor, destinados a organizar do ponto de vista urbanístico (devido à dimensão própria dos terrenos e do seu enquadramento no resto da cidade) outros apenas estudos prévios com o mesmo fim, sendo que os pormenores são desconhecidos, não se sabendo o volume de construção, o seu tipo, as actividades económicas aí permitidas e os espaços verdes contemplados. A autarquia pode, e deve, dar o exemplo em termos de descentralização, ao não concentrar todos os serviços na Praça da República, evitando os problemas de falta de estacionamento, transito caótico, munícipes a passar de um edifício para outro e os demais transtornos que já se verificam em todas as cidades que optaram por esse modelo urbanístico. As “novas” cidades estão a optar por múltiplos centros urbanos, onde o cidadão tem diferentes zonas da cidade para tratar de diferentes assuntos, suportadas por transportes e vias de fácil acesso e estacionamento.
Felgueiras tem ainda outra vantagem (se considerarmos a sua juventude uma vantagem) é que ainda está tudo por fazer. O que pode ser feito, pode ser bem feito. Felgueiras tem um rico património ao abandono com várias casas na zona histórica (zona velha seria o mais indicado), devolutas e com uma arquitectura única no Vale do Sousa, cuja recuperação deveria ser promovida. Felgueiras deveria fazer como outras cidades que oneraram o IMI para os prédios em degradação nos centros urbanos como forma de incentivar a recuperação urbanística. Já viram o que podia ser feito em ruas como a Rua Costa Guimarães, Rua Oliveira da Fonseca, Rua Francisco Sarmento Pimentel e na Avª Dr. Magalhães Lemos, apenas para falar nas principais. Já viram o que se pode fazer numa cidade, aproveitando a sua “ruralidade” e zonas históricas com os novos conceitos de urbanismo e desenvolvimento de cidades? Temos tudo para fazer um bom trabalho. Temos os técnicos principais da câmara municipal, com a consciência exacta do que é necessário fazer, tomara o poder político ter a mesma. O que não é possível é continuar assim. É que as auto-estradas têm dois sentidos, trazem, mas também levam muitos daqui.
(*) Expresso de Felgueiras, 26 de Outubro 2007