segunda-feira, junho 7

Não muda nada... ou muda?

O previsível regresso de Fátima Felgueiras, agora publicamente assumido, não vai alterar substancialmente a forma de fazer oposição. Vai, isso sim, dar outra visibilidade à Oposição. Os elementos socialistas da Oposição, divididos em duas facções – o PS “oficial” e o Movimento Sempre Presente – têm também duas formas diferentes de fazer oposição. Por um lado, os dois elementos do MSP, Bruno Carvalho e Horácio Reis, conhecem bem a máquina camarária, os assuntos e os processos pendentes uma vez que eram eles a conduzir os mesmos, do outro lado Eduardo Bragança, vereador eleito pelo PS, com um estilo e um tom mais conflituoso, necessitando de uma afirmação interna, não por que esteja em causa a sua liderança internamente mas pela ameaça externa que representa Fátima Felgueiras. É assim que tem sido e, penso, não deverá ser diferente a não ser na sua visibilidade. Fátima Felgueiras irá transportar e dar maior visibilidade na praça pública dos assuntos, falando com conhecimento de causa e usando o discurso fácil e populista que tem para junto do seu eleitorado dar ênfase ao que pretende. O regresso não alterará a forma de fazer oposição mas, por certo, vai alterar a forma da Nova Esperança exercer o governo do concelho. Com uma oposição mais visível é necessário uma maior cautela, mais discernimento, mais competência e priorização do que há a fazer. Há que reconhecer que foram cometidos erros, alguns deles inocentes outros grosseiros, mas que é necessário levar avante com as promessas eleitorais e concluir processos para fechar um ciclo. Não o ter fechado até agora e só o encerrar com Fátima Felgueiras presente na oposição foi um erro estratégico. Mesmo assim a maioria N.E. tem todas as condições para conseguir fazer um bom mandato.

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