quinta-feira, julho 29

Agora em directo....

Este post será certamente uma inovação....

21h25
Estou neste momento na Assembleia Municipal que tem carácter extraordinário.

Tem como assunto principal a aprovação do Regulamento de Organização dos Serviços Municipais. Temos o prazer de ter a apresentar o estudo o Dr. Daniel Bessa, embora tenha começado por deixar claro que já não está na Escola de Gestão do Porto há 16 meses... logo a sua participação neste estudo fica clara...


21h30

Dr. Daniel Bessa: "Confesso que se fosse eu a fazer a proposta, se calhar não fazia assim..."


21h32

Dr. Daniel Bessa: "Propomos agora o Gabinete do Munícipe para que as pessoas possam ser recebidas num local, onde tiram uma senha, e são atendidas de seguida por alguém qualificado..." - pergunto eu: mas este Gabinete já não existe na Câmara de Felgueiras há mais de 1 ano?


21h45

Dr. Daniel Bessa: "Os lugares de chefia serão muito importantes. É óbvio que aqui terão que ser por concurso, embora na Câmara do Porto tenham sido escolhidas as pessoas" - pois bem... afinal já percebemos afinal para que vai servir o estudo...


21h50

Foi o Dr. Daniel Bessa questionado pelo Dr. Lemos Martins sobre ser autor ou não do estudo. Não chegou ainda o momento de responder. Mas fica o registo que o Sr. Presidente da Câmara Dr. Inácio Ribeiro lhe sussurrou que não respondesse pois era uma questão política....


22h15

O Dr. Inácio Lemos faz a sua intervenção crítica ao estudo e à forma como o mesmo foi encomendado. Refere que se trata "de um fato à medida" e que para além do custo do referido estudo, apenas servirá para criar os empregos para os boys da Nova Esperança. Acaba com a seguinte afirmação: "Dizia o Sr. Presidente em campanha eleitoral que defenderia sempre a causa pública, imagine-se se assim não fosse..."


22h31

O Dr. José Mendes da Nova Esperança faz a sua intervenção e refere que este estudo é apenas 1 primeiro estudo... Pergunto eu: mas então quantos estudos de 20 mil contos serão ainda precisos para simplesmente cumprir apenas a Lei?


22h34

O Dr. Daniel Bessa refere que colocou como condição não receber um cêntimo pelo estudo, e que não sabe sequer quanto custou o estudo. Mas então pergunto eu: como é possível que um estudo liderado e coordenado pelo Dr. Daniel Bessa tenha custado 20 mil contos e o principal responsável pelo mesmo refere não saber sequer quanto custou?


22h37

O Dr. Daniel Bessa refere que não faz ideia de quando deve o estudo entrar em vigor.


22h38

O Dr. Daniel Bessa refere que obviamente que no Município o controlo tem que ser político. A Nova Esperança concorda, para quem no passado criticou o centralismo da anterior Presidente, percebe-se agora que apenas criticava porque estava na oposição.
Mas agora no poder quer reforçar ainda mais o centralismo no Presidente da Câmara.


22h43

O Presidente da Câmara presta agora alguns esclarecimentos. O primeiro é que não vai responder a algumas questões.... não precisava de o dizer... já estamos habituados...


22h46

O Presidente da Câmara refere que uma das principais medidas vai ser proporcionar formação a todos os colaboradores... será que se eu adivinhar aqui o papel da Associação Empresarial de Felgueiras estarei enganado?


22h50

O Presidente da Câmara depois de na campanha eleitoral ter defendido que os funcionários do Município eram dos melhores que há, quis agora vincar que o seu gabinete de apoio é constituído por "apenas" 3 pessoas e que nenhuma é de Felgueiras. Claro que não referiu os membros dos Gabinetes de Apoio dos Vereadores... porque aí não eram "só" 3...


23h00

O Dr. Daniel Bessa saiu da sala de forma a que se possa proceder à votação.
Certamente vai embora sem saudades de voltar.
Efectivamente ficamos a perceber que apresentou e defendeu um estudo que não conhecia, que tecnicamente defendeu bem, mas que acabou por deixar perceber que no Município do Porto será uma boa proposta, mas que não conhece minimamente a realidade do Município e dos serviços municipais...

quarta-feira, julho 28

... uma questão de €!

O regresso de Fátima Felgueiras ao executivo camarário teve o condão de animar (como era previsível) o cenário político.
E até a auditoria às contas da autarquia, anunciada logo após as eleições, e discutida vezes sem conta (se estava ou não a ser efectuada), finalmente vai ser realizada a acreditar nas declarações de Inácio Ribeiro.

Em minha opinião, a avaliação das contas da autarquia deveria ter sido feito no início do mandato, por todas as razões que facilmente todos identificarão, mas também para própria protecção do novo executivo. No entanto, este executivo, que apesar de iniciado não é politicamente "ingénuo" , utiliza a "arma" das contas precisamente no momento em que Fátima Felgueiras regressa à política activa.

Teria sido preferível que as contas tivessem sido auditadas no início do mandato, e que servisse para identificar problemas e elaborar planos... assim fica a ideia que se trata de um trunfo político e não organizacional. Mais tarde, confirmaremos se além de trunfo político, não será também uma desculpa...

domingo, julho 25

Explique lá outra vez, sff...

Terei sido só eu, ou há mais quem tenha ficado confundido com as declarações de Fátima Felgueiras ao “Expresso de Felgueiras” sobre as dividas a empreiteiros? Justifica a falta de pagamento – apesar de no inicio dizer que nem precisava de consultar documentos para saber que era tudo falso – com as dificuldades financeiras da autarquia, para, logo a seguir, afirmar que Inácio Ribeiro fala “de barriga cheia, porque herdou uma câmara com uma boa saúde financeira, como poucas, e muitos milhões de financiamentos (…)”. Afinal em que ficamos? As dificuldades financeiras eram só quando era Fátima Felgueiras a pagar e quando já são outros a saúde financeira é óptima?

sexta-feira, julho 23

1+1 >2

Já tinha afirmado que sou totalmente a favor da fusão entre os dois clubes de futebol de Felgueiras. Não fazia sentido, era uma perda de recursos, humanos e financeiros, trazia dificuldades de gestão dos espaços para além de outros factores. Parece estar por dias a fusão dos clubes num único, isto com a benção do vereador do Desporto, Eduardo Teixeira. Este é um dos casos em que 1+1 > 2.

Pensem nisto

Estão, neste momento, várias comissões de serviço a terminar na câmara municipal de Felgueiras. Fazendo aqui um exercício meramente teórico, supunhamos que, esses quadros médios e superiores, com comissões a terminar, têm uma atitude displicente das suas funções, mesmo que tudo levasse a crer que teriam precisamente a atitude contrária, i.e., esforçarem-se para manter os seus postos de trabalho.
Por força das competências da função, estes têm que despachar processos e assuntos. Seria fácil, atrasar tudo isto, mas eram também fácilmente detectados. Mas para além disso, têm acesso a candidaturas, prazos para as mesmas, requisitos necessários, etc., etc.. Basta não se “lembrarem” de propor essas mesmas candidaturas superiormente para que tudo pare, não haja obras e o concelho imobilize.

Afinal a verdade é outra

Depois de, numa primeira reacção à questão das dívidas da autarquia, Fátima Felgueiras ter afirmado à SIC que “sem precisar de consultar documentos posso afirmar que nenhuma delas tem qualquer razão ou justificação” vem agora reconhecer a dívida de 5,6 milhões de euros por dificuldades financeiras da autarquia. Afinal Fátima Felgueiras sabia das enormes dificuldades e escondeu isso aos munícipes.

quinta-feira, julho 15

Câmara de Felgueiras com graves dificuldades económicas

Segundo a SIC, através de declarações do presidente da câmara, Inácio Ribeiro, afirma que a câmara se encontra em graves dificuldades financeiras. São inúmeros os credores a solicitar já através de Tribunal o pagamento de dividas antigas, entre as quais se encontra uma com cerca de 25 anos, rondando a totalidade das mesmas 5,6 milhões de euros, referentes a empreitadas contratadas através de "ordem verbal" no período entre 1985 e 2001. A somar a tudo isto acresce ainda uma divida à SUMA no valor de 4 milhões de euros entre os anos de 1999 a 2006. Para além disso o STA condenou a câmara a pagar à Junta de Freguesia de Lustosa 1,3 milhões de euros, pela construção do aterro.
Fátima Felgueiras respondeu a todas estas dividas com “Não é naturalmente nesta ocasião que vou responder a cada uma delas, mas responderei, sem precisar de consultar documentos e posso afirmar que nenhuma delas tem qualquer razão ou justificação”. Explicações simples como está pago ou não está pago, nem uma.
A SIC afirma ainda que “o presidente vai, nas próximas semanas, pedir uma auditoria às contas da autarquia”, esclarecendo assim a questão da auditoria estar, ou não, a decorrer.

quarta-feira, julho 14

Hora de Explicar (*)

Fátima Felgueiras regressou em boa hora ao lugar de vereadora, que tinha dito não vir a assumir, uma vez que tinha concorrido a presidente e não a outro lugar, uma vez que vieram a público algumas notícias de que a autarquia vai avançar com projectos que estavam perdidos na gaveta há anos. Um deles, a conclusão da Praça Dr. Machado de Matos, cujo projecto é da autoria do prestigiado arquitecto Siza Vieira, vai avançar depois de, segundo o site da autarquia, esta ter ultrapassado o diferendo que existia com Siza Vieira, quanto ao pagamento de cento e noventa e três mil euros, depois de já lhe terem sido pagos trezentos e vinte e dois mil euros em 1998. Para além disso foram gastos cento e trinta e dois mil euros em despesas de adequação do projecto à legislação actual. No total a câmara municipal de Felgueiras desembolsou cerca de seiscentos e cinquenta mil euros em projectos e revisão dos mesmos !!!
Tudo isto se passou durante a gestão da câmara socialista e da sua outra versão, o Movimento Sempre Presente. Aquilo que se percebe, face ao que é conhecido do processo, o que estaria a impedir a conclusão das obras era o pagamento a Siza Vieira da verba em falta. Aqueles socialistas que acusavam depois Fátima Felgueiras de nada fazer em relação a esta Praça, eram os mesmos que sabiam do que tinha acontecido e os mesmos que em Assembleia Municipal a defendiam numa ocasião e a atacavam na seguinte pelo mesmo motivo. O que importa daqui, é que finalmente se vai concluir uma obra, retirando um “buraco negro” urbanístico no centro da cidade e fazer a devida homenagem a Machado de Matos.
Importa também referir que a lindíssima “Casa das Torres”, importante património arquitectónico da cidade, vai ser recuperada também. Fruto sim de candidaturas feitas pelo anterior executivo, mas continuadas, definidas e adaptadas para uma melhor rentabilização e ocupação dos espaços por este executivo de maioria PSD/CDS. A Casa das Torres vai ter o Gabinete de Apoio ao Empresário que é uma promessa da coligação Nova Esperança das eleições.
Em época de obras falta referir a “Casa das Artes” que se mantém por inaugurar e sem previsão à vista. Sabe-se agora, através das declarações da vereadora responsável pela área ao Expresso de Felgueiras último, que, para além de questões de concursos para fornecimento de equipamentos há também a questão de uma derrapagem brutal nos custos da obra, que chega ao milhão de euros (cerca de duzentos mil contos em moeda antiga). Isto representa um acréscimo de 30% nos custos. Alguém, pessoa ou empresa, depois de ter um orçamento de uma empresa aceitaria pagar no fim uma factura 30% superior? Naturalmente que não. Alguns dirão que é natural, que acontece em todo o lado. É precisamente por pensarmos assim que estamos como estamos.
Assim sendo, o regresso de Fátima Felgueiras vem mesmo na hora certa. Na hora de explicar estas coisas todas aos felgueirenses.
(*) Expresso de Felgueiras, 9 de Julho

Livros grátis para as crianças do “ensino primário” - Excelente notícia!

Cá está uma excelente notícia para os felgueirenses: Já é oficial:

Os alunos do primeiro ciclo do ensino básico (antiga escola primária) do concelho de Felgueiras – vão ter livros gratuitos a partir deste ano, oferecidos pela câmara municipal. Serão abrangidos pela medida, segundo a autarquia, mais de 1700 crianças.

Os contornos da medida agora anunciada são claros e prevêem que todos possam ser contemplados, excepto os pertencentes a agregados familiares com rendimentos superiores a 1750 euros, o que me parece justo.

Esta ajuda será preciosa para quem tem parcos rendimentos, sem dúvida, abrangendo agregados que não beneficiavam dos subsídios escolares, apesar de terem rendimentos relativamente apertados.

E também já foi anunciado que a partir do ano lectivo seguinte (2011/2012) a medida será alargada ao segundo ciclo (6º e 7º anos).

Está assim cumprida pela Nova Esperança uma das principais promessas eleitorais, o que me apraz registar.

É sempre louvável quando se honram compromissos.

A Nova Esperança fê-lo neste ponto concreto. Bem haja por isso.

sexta-feira, julho 9

Tempos difíceis esperam Fátima Felgueiras

Este mandato não é uma prova de sprint, é uma corrida de fundo. São quatro anos e é esse período que vai ser julgado em 2013. E isso vale para o poder, mas também para a oposição, porque só há pouco a procissão saiu do adro.

Neste regresso à câmara, Fátima Felgueiras, agora na oposição, não deve enveredar por uma postura sobranceira, de má memória, de quem pensa que sabe tudo, porque essa já foi, e bem, escrutinada, com os resultados que se conhecem.

Ora, a FF deve estar consciente de que o regresso de antigos presidentes de câmara têm redundado quase sempre em derrotas: atente-se os casos de Ferreira Torres, no Marco, Justino do Fundo, em Penafiel, Fernando Gomes, no Porto, e Narciso Miranda, em Matosinhos.

Foram todos presidentes e quando quiseram regressar, o eleitorado disse que já não os queria mais.

Será Fátima Felgueiras capaz de inverter esta tendência? Esse é o seu grande desafio, porventura o maior se quiser prolongar a sua carreira política, logo agora que vai ter, em princípio, de responder em mais um processo judicial.

O “calvário” dos tribunais parece não ter fim para Fátima Felgueiras, que ainda aguarda o resultado dos recursos do famigerado processo do saco azul.

terça-feira, julho 6

As contas da autarquia

No exercício da minha actividade profissional, estive pessoalmente, há alguns minutos, com o presidente da Câmara de Mondim de Basto, Humberto Cerqueira, também eleito pela primeira vez em Outubro de 2009, que me adiantou, para efeito de notícia, que a sua autarquia mandou realizar uma auditoria externa às contas do município.

Aquele trabalho apurou uma dívida de 19 milhões de euros, que obrigou a câmara a contrair um empréstimo de 13,5 milhões para saneamento financeiro.

Vem isto a propósito do que, na minha opinião, deveria ter sido feito em Felgueiras. Chegou a ser anunciado, mas nunca realizado.

Creio que a Nova Esperança deveria tê-lo feito no início do mandato, porque ficaria munida de um instrumento objectivo, credível, que avalizaria as declarações políticas quando se sustenta que foi herdada uma situação difícil do anterior executivo. Defendi, a título pessoal, isso junto de alguns dos actuais membros do executivo.

Pessoalmente, não tenho dúvidas que a Nova Esperança herdou, de facto, uma situação difícil, atentos os compromissos financeiros megalómanos, sobretudo os relativos aos demasiados centros escolares, assumidos pela equipa de Fátima Felgueiras.

Na altura defendi que os encargos eram demasiado pesados para um concelho com a dimensão do nosso e por isso penalizadores quanto ao futuro, o que agora se confirma.

As palavras do presidente da Câmara, Dr. Inácio Ribeiro, a propósito do pesada herança, que são, na minha opinião, equilibradas, poderiam ter outra cobertura política baseada em números decorrentes da dita auditoria.

Querem repetir sff ?

Uma pequena nota. Quase - e aqui o quase significam cerca de 80% - todos os comentários são publicados. Os critérios já sabem quais são. Qualquer um dos participantes deste blogue pode, ou não, autorizar a publicação dos comentários aos seus próprios posts, sendo que eu, sou o único que o pode fazer para todos e quaisquer posts, como administrador do blogue. Acontece que alguns dos comentários que eu queria autorizar e que eram importantes, “inexplicavelmente” desaparecem depois de eu os autorizar. Inabilidade minha, ou problema do blogger? Não sei. Mas se os autores quiserem repetir eu agradeço, já que tenho o registo dos mesmos no e-mail do Felgueiras 2005.

Dívidas da autarquia

"Caro Sérgio Martins,
Como o executivo actual, liderado pelo Dr. Inácio Ribeiro, começa a passar a informação para os munícipes que o executivo anterior não pagava as dívidas a tempo e horas, junto remeto três relatórios elaborados pela FEDICOP, referentes aos anos de 2007, 2008 e 2009 que demonstram o contrário. Esperemos que, no futuro, o município de Felgueiras continue a figuar nesses relatórios na posição em que o executivo anterior o deixou.
Parece-me que a divulgação destes relatórios no seu Blogue contribuirá para um melhor esclarecimento dos munícipes, mas V. Exª fará o que entender.
Com os melhores cumprimentos,
Lemos Martins"
Relatórios (da responsabilidade do remetente)

sexta-feira, julho 2

A quem interessa?

Interessante observar os movimentos de comentaristas que por cá aparecem.
Quando o assunto é mais sério, onde podem discutir ideias, opiniões, dizer se concordam ou não com esta ou aquela obra, se está cara ou barata, se já devia estar ou não concluída, ninguém comenta. Basta ver o gráfico para observar o fenómeno. Que interesses há por detrás disto?

quinta-feira, julho 1

Novo site Semanário de Felgueiras

Depois de vários anos em que o site do “Semanário de Felgueiras” não tinha as notícias completas ou então saiam com bastante atraso, finalmente vemos a mudança na estratégia do jornal o que é de louvar. Agora só falta mesmo a Rádio Felgueiras.

Conselho Municipal de Juventude

Durante anos a fio, a câmara municipal de Felgueiras deixou “morrer” o conselho municipal de juventude, organismo que deveria estar a funcionar. Este importante órgão consultivo da autarquia, está finalmente a recomeçar a sua instalação e funcionamento. Melhores notícias, portanto, para a Juventude felgueirense.

Paga quem usa (*)

Começo por uma declaração de interesses: sou utilizador diário da A41, A42 e A28. Sempre fui, e sou, defensor do princípio do utilizador pagador na questão das portagens. Quando António Guterres se lembrou de tão mirabolante expediente para financiar as auto-estradas, foram muitos os que protestaram que não apenas os partidos políticos da oposição, uma vez que era evidente que tal solução iria onerar muito as contas públicas. O que não posso aceitar é o facto de depois de uma decisão tomada, alguns dos que então faziam parte do governo, venham agora dizer que “é da mais elementar justiça que sejam os utilizadores a pagar”. Isso já o era e, perante essa má decisão, cujo argumento da altura era permitir e atrair o desenvolvimento, para zonas menos desenvolvidas como o Minho e o Douro interior, para falar no nosso caso. Várias empresas se instalaram nessas localidades, fazendo os seus cálculos de custos com base numa realidade que agora deixou de existir. Ouvi há dias, na rádio, um empresário da área de distribuição, com sede em Viana do Castelo, cuja carteira de clientes se situa na zona do Porto, dizer que os custos de distribuição vão subir cerca de cento e cinquenta mil euros “só” porque vão passar a pagar portagens. Não se trata de uma questão de quem deve ou não pagar, acho, como já disse, que devem ser os utilizadores. Contudo, o que os socialistas fizeram foi, mais uma vez, enganar os portugueses, dando com uma mão e tirando com a outra.
Nesta luta contra a aplicação de portagens estão as populações e os autarcas – pelo menos alguns – das localidades mais prejudicadas, como Felgueiras. Aqui vemos o presidente da câmara na frente da luta, em conjunto com os presidentes de outros municípios, mas não se conhece até ao momento a posição dos líderes da oposição, nomeadamente Eduardo Bragança e Fátima Felgueiras. Até ao momento, nem uns, nem outros, se vieram insurgir publicamente contra a sua família política, o que causa alguma estranheza… ou não.
Estranho, ou talvez não também, é a não abertura da Casa das Artes no Teatro Fonseca Moreira, quando, ao que parece, as obras estão concluídas. Numa altura em que este verão já devia ser sinónimo de muitas actividades culturais no novo espaço, este encontra-se fechado, sem que seja publicamente dada qualquer explicação para o assunto.
Sei que a maioria Nova Esperança, tem que se proteger dos ataques à sua gestão, mas não é, não comunicando, ou fazendo-o apenas quando as perguntas são enviadas por escrito. Já no passado critiquei esta atitude na gestão de Fátima Felgueiras e não posso deixar de o fazer desta feita também. Não sei se por receio do que se possa dizer, se por evitar que seja feita outra pergunta, na sequência da resposta para melhor esclarecer quem lê ou ouve, ou por outro motivo mais “elaborado”. Assim tudo fica mais artificial, fabricado, elaborado, sendo também mais politicamente correcto.
A cidade da Lixa está de parabéns, por mais um aniversário da passagem a cidade, e pela primeira vez com umas festas à “medida” dos anseios dos lixenses. Isso, em conjunto com a realização, na Lixa, da primeira Assembleia Municipal fora da sede de concelho, veio dar o merecido destaque à segunda cidade do concelho, ostracizada durante muitos anos pelo partido socialista.
(*) Expresso de Felgueiras, 25 de Junho 2010