quarta-feira, setembro 30

Será para durar?

Pela primeira vez desde que assisto a eleições autárquicas em Felgueiras, vejo Fátima Felgueiras a responder a questões levantadas pela oposição, mais especificamente à coligação PSD/CDS-PP.
Fátima Felgueiras resguarda-se e deixa ficar para os seus “lugar-tenentes” as respostas às propostas. Depois, há uma nítida estratégia de focar apenas na candidatura PSD/CDS-PP, reconhecendo o seu potencial e sabendo que é a única candidatura alternativa, uma vez que o PS está arredado dessa possibilidade. Há que salientar o lado positivo desta situação como é a discussão dos temas, sem manobras de diversão. Vamos ver até quando.

Mudar fazendo o mesmo?

Neste post, publicado no blogue Espaço Neutro, Rui Silva, argumenta que só há verdadeira mudança na continuidade, usando para sustentar o seu raciocínio um texto de Miguel de Unamuno.
Toda a vida de Unamuno contraria a ideia que procurou transmitir usando o seu texto. Unamuno foi um inconformado em muitas alturas da sua vida, viveu exilado devido a críticas que fez ao regime, sentiu-se desenganado com a República e apoiou a sublevação militar. Vivia em prisão domiciliaria quando morreu. Tentou sempre mudar aquilo que estava mal na sociedade.
Com esta opinião, Rui Silva, tenta levantar o “perigo” que existirá numa mudança, associando a isso a ideia de instabilidade, reorganização e acima de tudo, o tempo que demoram a colocar em prática as reais vantagens de uma mudança. Nada de mais falso e errado no raciocínio. Temos exemplos concretos na história moderna: o que seria da Europa com uma vitória de Hitler? O que seria de Portugal sem o 25 de Abril? O que seria de Portugal com um governo de esquerda (ou de direita) desde o 25 de Abril? Sem alternância democrática? Todos sabemos quais as consequências.
É preciso sangue novo, uma nova geração de pessoas, de políticos e de ideias. Romper com o status quo instalado, renovar competências, criar dinâmica com todos, contando com todos, sem exclusões. Isso é que é necessário fazer, não o contrário.

terça-feira, setembro 29

Conversas Cruzadas

Serviço Público

"Dado que no seu Blog o problema do preço da água em Felgueiras tem sido tema de discussão e opinião, agradeço publique o texto que remeto, que aborda o assunto numa prespectiva cujo o único intuito é o esclarecimento da opinião pública.
Com os melhores cumprimentos,
Lemos Martins, SP"
[nota de Sérgio Martins] Apesar dessa discussão em particular não ter sido por estes lados, publico o seu texto devido ao elevado interesse que tem para um esclarecimento cabal da questão, tal como publicarei todos aqueles que me façam chegar, seguindo os mesmos critérios.

sexta-feira, setembro 25

Liberdade de expressão II

Costumo usar uma frase de Mark Twain para evitar discussões infrutíferas: "Nunca discutas com um idiota. Eles arrastam-te até ao seu nível e depois ganham-te em experiência". Desta vez abri uma excepção porque segui o velho ditado popular de que “quem não se sente, não é filho de boa gente” e resolvi ligar à dita figura que encarna o papel de cabeça de lista de uma candidatura à câmara municipal que tanto reclama das minhas crónicas, até porque estava a ultrapassar todos os limites de comentários, ofensas e ameaças. No meio do palavreado e alegando que ninguém preza tanto a liberdade de expressão como ele, admite as reclamações e as ameaças que fez junto dos directores do “Expresso de Felgueiras”, ou não fosse isso uma forma de pressão. Depois afirma que fui ofensivo com pessoas, sem conseguir enumerar uma única situação e por fim “ameaça” com a resolução do caso para depois das eleições, ao género de um “duelo ao sol”. Eu percebo que tal situação nesta altura, durante uma campanha eleitoral, não lhe seja de todo favorável. Mas o que estas pessoas não percebem (ou melhor, dá jeito confundir) é que aqui não se trata da pessoa, mas do candidato, das suas ideias (da falta delas e dos disparates). Claro que, durante toda a conversa, atacou-me sempre pessoalmente há falta de melhores argumentos para esconder a inabilidade. A presidência do clube da sueca ficava-lhe bem.

quinta-feira, setembro 24

Conversas Cruzadas

O regresso, previsto, do programa não se concretizou, desconhecendo eu até agora quais os motivos, incluindo aqueles pelos quais não se farão os programas especiais de eleições que estavam previstos para as noites eleitorais.
Nota: não estou, nem pretendo fazer “teoria da conspiração” apenas ter uma explicação.
[adenda 29 Set.] Eu bem dizia que não pretendia fazer “teorias da conspiração” mas como se trata de Felgueiras, não podiam deixar de acontecer. Mas tal só acontece, porque há pessoas mal intencionadas que seguem apenas os seus pequenos desejos pessoais, do favor ou da auto-promoção. Explicações dadas.

quarta-feira, setembro 23

Um poder castrador (*)

Em entrevista ao “Expresso de Felgueiras” na última edição, Horácio Costa, candidato pelo Partido da Terra, apresenta numa longa entrevista, a sua perspectiva de um processo judicial por ele despoletado enquanto membro do partido socialista e da forma como pretende apresentar-se ao eleitorado. Não houve na sua entrevista grandes novidades, mas destaco apenas um aspecto, que sendo do conhecimento público, nem sempre é tido em linha de conta para a falta de dinamismo que as sucessivas equipas dos seus mandatos têm tido: o poder centralizador de Fátima Felgueiras.
Fátima Felgueiras não delega, não distribui efectivamente pelouros nem competências e não dá execução financeira a ninguém. Qualquer pessoa sabe que gerir assim é absolutamente castrador, limitador das potencialidades dos restantes membros da equipa e do desenvolvimento do que quer que seja. Sempre procurou afastar de si todo e qualquer vereador ou elemento que demonstre alguma capacidade política ou técnica que a possa colocar em causa, ter mais tempo de antena ou destaque pelo mérito, rodeando-se de pessoas limitadas política/tecnicamente, ou então que pode controlar. Isso, na minha opinião é a base do desastre. Nenhuma organização com inúmeros departamentos, sectores e funcionários pode formar equipas produtivas, motivadas e competentes sem delegação de competências e dinheiro. Esta atitude levou a que alguns vereadores no passado saíssem passado pouco tempo da tomada de posse, incompatibilizados com Fátima Felgueiras e outros adoptam uma postura discreta, sem levantar ondas durante o mandato e preferem sair no final a não terem a possibilidade de colocar em prática as suas ideias e orientações. Quem quer que venha a ser o próximo presidente da câmara municipal de Felgueiras não pode continuar com esta atitude castradora e limitadora de um poder centralizador, egocêntrico e egoísta.
A campanha eleitoral para as autárquicas em Felgueiras está a subir de tom cedo demais. As eleições legislativas acontecem antes, com uma proximidade tão grande que vai esvaziar de conteúdo quase tudo que se transmita aos eleitores agora. As mensagens serão abafadas pelos bites noticiosos de tudo o que por aqui se vai passando em termos de legislativas e as autárquicas ficam para depois. Claro que quem está na oposição tem que começar antes, ganhar espaço e tentar o tudo por tudo. Mas neste caso assumir a vitória implica assumir riscos e neste caso o único candidato capaz de o fazer é Inácio Ribeiro. Fátima Felgueiras guardará tudo para a última semana de campanha e será uma campanha blitzkrieg. Num relâmpago tentará não dar tempo de resposta aos adversários políticos. Convém que estes estejam prontos para o sprint final.
(*) Expresso de Felgueiras, 4 Setembro 2009

Marketing Político VIII

Outra das estratégias, e a preferida, nas candidaturas de Fátima Felgueiras, é a vitimização. No passado foi a “condição” Mulher, foi o “quererem-me fazer mal” com o processo judicial e agora a questão dos incêndios nos outdoors. Tudo é usado para se vitimizar levando os mais distraídos a pensar: coitada da senhora, lá estão a querer fazer-lhe mal.
Claro que isso vale noticias nos jornais e nas rádios e a consequente exposição mediática.

sexta-feira, setembro 18

Liberdade de expressão

Em Felgueiras, no meio de todos os candidatos, há quem se sinta visado nas minhas crónicas habituais no Expresso de Felgueiras. Nunca, em momento algum, fui incorrecto com pessoas ou instituições – pelo menos que me lembre - , focando apenas a minha opinião em factos, notícias, ou a minha própria análise de situações. Mas há quem teime frequentemente fazer “queixa” das minhas crónicas por vezes de forma absolutamente incorrecta, ultrapassando os limites. Qualquer cidadão pode, e deve, recorrer ao direito de resposta, sempre que se sinta visado. Que eu saiba nunca tal foi solicitado. Em Democracia qualquer candidato tem que perceber que é alvo de opiniões, nem sempre positivas, discordar disto é tentar calar as mesmas. Continuarei a escrever no “Expresso de Felgueiras” enquanto os seus directores e eu mesmo acharmos por conveniente, independentemente das “vontades” de alguns.

Devia ser era melhor verdade



Em inúmeras Assembleias Municipais e no dia-a-dia do cidadão comum, se questionaram as taxas de execução dos ramais com rede frente às habitações, o preço da água e saneamento e as tarifas de recolha do lixo. A tudo isso, Fátima Felgueiras respondeu com mais aumentos face “às necessidades” com informações de que os preços e taxas são os mais baratos. Então porquê que no seu programa eleitoral consta a baixa de tudo isso? "Garantir que temos os preços mais baixos..."? Então mas não foi isso que nos disseram durante quatro anos?



Mas sem dúvida que a parte em que fiquei melhor esclarecido, foi naquela em que me garantem que vão continuar com o serviço de limpeza urbana. Ufa!

Marketing Político VII

O Marketing tem destas coisas.
“As pessoas mais felizes” diz num dos capítulos do programa eleitoral de Fátima Felgueiras. Ou seja, estamos perante o reconhecimento de que as pessoas não estão felizes em Felgueiras? Que falta fazer tudo para que haja qualidade de vida, estímulo à fixação da população e evitar a fuga dos nossos jovens que nunca regressam das faculdades para exercer ou criar algo na sua terra?

sexta-feira, setembro 11

Casa das Artes

A futura Casa das Artes, no teatro Fonseca Moreira, tem as suas obras quase concluídas. Seguem a uma velocidade vertiginosa para inauguração com pompa e circunstância a tempo das eleições. Resta saber quanto é que a antecipação da entrega da obra vai custar aos cofres do município.

sábado, setembro 5

Candidatos A.M. em entrevista

Em entrevista ao “Expresso de Felgueiras” os candidatos à A.M. Paulo Rebelo (PSD /CDS-PP) e Júlio Pereira (PS), tecem críticas ao funcionamento daquele órgão autárquico durante o anterior mandato. Paulo Rebelo promete uma autêntica revolução no funcionamento da A.M., valorizando aquele que devia ser o aspecto mais importante da Assembleia: Fiscalizar o executivo camarário. Por outro lado Júlio Pereira – na minha opinião o melhor elemento das listas do PS – promete devolver o “palco” da A.M. a quem dele tem direito: aos membros da A.M. e não ao executivo camarário. Ambos concordam num ponto fundamental: é necessário dar à A.M. o carácter, dignidade e importância que um órgão desta natureza merece, fomentando uma das suas principais funções: o debate político.