sexta-feira, dezembro 30

Autarquia e Jornalismo


Segundo o Semanário de Felgueiras o Gabinete de Comunicação e Imagem da CM Felgueiras tem cinco elementos. Na peça, é questionado o número de elementos ao mesmo tempo que se questiona também a falta de notícias, ou notas de imprensa, dando nota das atividades e presenças do presidente e vereadores para que os jornalistas façam o seu trabalho.
Sobre este assunto da comunicação já falei neste blogue inúmeras vezes. Mantenho a mesma opinião. Temos que distinguir os dois lados e começar por dizer que esta é uma relação dependente, ambas as partes necessitam da outra; uns para fazerem chegar aos eleitores a mensagem que precisam e outros pelas notícias e “furos” jornalísticos. Mas há um senão no meio de tudo isto. A grande maioria dos meios de comunicação locais usa os jornalistas  como comerciais na obtenção de publicidade, gerando no meu ponto de vista dois problemas. Uma dependência do jornalista face ao trabalho comercial retirando a prioridade de fazer jornalismo, pelo menos do jornalismo de investigação, de desenvolvimento e, por outro lado, da publicidade dependem os seus ordenados e, por isso, existirá sempre um certo “conflito de interesses”.
Sendo esta uma terra “pequena” há também pequenos ódios de estimação que alimentam movimentos vingativos… basta uma peça, uma crónica, ou mesmo um post e lá foi tudo.
Do lado da Autarquia há o interesse em comunicar sempre, em manter a agenda e, melhor ainda, ditar a agenda. Há que distinguir aquilo que é marketing, imagem, do que é comunicação política. Mesmo Fátima Felgueiras, quando perdeu as eleições admitiu que o bloqueio à comunicação social (por querer evitar as perguntas dos processos) lhe foi desfavorável. Por isso é imperioso que nos momentos que aí vêm haja uma boa comunicação política, é que a campanha de desinformação vai começar.

quinta-feira, dezembro 29

Na política a culpa fica sempre solteira

Está quase a terminar 2011, o ano que vai ficar na história do país como o virar de página de um certo modelo de desenvolvimento assente no endividamento excessivo do Estado, das empresas e das famílias.
Foi esse modelo que transformou Portugal, em poucas décadas, numa sociedade artificialmente abastada, com um nível de rendimento aparente que não tinha tradução prática na capacidade de produção de riqueza do país, a qual foi decaindo.
Ano após ano, esta discrepância grosseira, traduzida no défice do Estado galopante e no endividamento das famílias e empresas, entre o que a nossa economia produzia e o que os portugueses teimavam, com o Estado incluído, em gastar, só podia acabar como acabou, ou seja na iminência da uma bancarrota, a qual só foi evitada com o recurso a um humilhante empréstimo internacional.
É esse empréstimo, que tem na troika o seu rosto, que justifica as medidas de austeridade que o país enfrenta e vai continuar a enfrentar nos anos vindouros, implicando políticas de austeridade, algumas das quais cegas, que afetam transversalmente setores da sociedade e da economia que em nada contribuíram para esta crise. E por isso injusto o que se está a passar.
Mas, para mal dos nossos pecados, goste-se ou não, só com esse tipo de austeridade e medidas dantescas para muitos portugueses, sobretudo os mais desfavorecidos, é que os credores aceitariam emprestar dinheiro a um país com um histórico de endividamento excessivo crónico.
Pode-se, e bem, questionar se, no plano macroeconómico, o caminho que está a ser seguido é o mais adequado para atingir as metas traçadas pela troika, nomeadamente se as medidas em curso, com os seus efeitos colaterais, não vão matar um doente já em agonia. A reflexão sobre essa matéria tão pertinente ficará para uma próxima oportunidade.
Como cidadão, de 2011, fica-me um travo amargo de intuir que, como noutros momentos aflitivos, mais uma vez não serão responsabilizados os que, pelas políticas adotadas nas últimas décadas, de vários partidos, nos conduziram à situação presente, apesar de terem sido tantas vezes avisados por pessoas de bom-senso.
Nas empresas, quando algo corre mal, os sócios-gerentes são pessoal e duramente responsabilizados pelos eventuais danos causados a terceiros.
Na política, porém, a culpa fica sempre solteira, o que, já se sabe, também explica o afastamento e a desconfiança dos cidadãos face aos políticos.
Eu incluo-me nesse lote de portugueses.

quarta-feira, dezembro 28

Um partido de porta aberta


É o que diz um enorme letreiro na sede do CDS-PP Felgueiras e, de facto, é verdade.
Depois da vitória da coligação “Nova Esperança” entre o PSD e CDS-PP que colocou um ponto final em 35 anos de gestão socialista da câmara municipal de Felgueiras, pequenas, mas cirúrgicas alterações foram efetuadas. Mas o ano de 2011 é que mostrou toda a estratégia.
Com a eleição de Madalena Silva como líder da concelhia - num processo eleitoral em que  apenas 19 militantes votaram, com 2 votos nulos e 2 brancos -  a mudança é mais rápida e esclarecedora das intenções. Desde logo, novos militantes ou simpatizantes oriundos das listas de Fátima Felgueiras do passado entram para este novo (??) CDS-PP. São os casos de Fernando Marinho (ex-presidente da junta de Airães), Vitor Costa (ex-vereador), Leonor Costa (ex-sombra de Fátima Felgueiras e agora sombra de Madalena Silva) para citar apenas alguns nomes.
Pessoas com tal relevo e proximidade a Fátima Felgueiras faziam prever o que aí vinha. Uma aliança estratégica com Madalena Silva, cujo dinheiro e patrocínio político a Fátima Felgueiras a poderiam colocar num bom plano para discutir as próximas eleições. E o plano começa a tomar forma. Assalto a lugares chave de instituições, cargos, de onde se pode ter acesso a centenas de pessoas e passar a mensagem, ganhar visibilidade perdida. Exemplo disso foi o caso das eleições para a Cooperativa Agrícola de Felgueiras, onde aproveitando algum descontentamento (ressabiamento?) de alguns, outros aproveitaram para se colocar a jeito, mesmo que nunca tenham sido agricultores na vida.
Voltando ao principal; o que ganha o CDS-PP Felgueiras com esta intencional traição ao seu parceiro de coligação? O que ganha Madalena Silva com Fátima Felgueiras no poder? O facto de ser o CDS-PP sozinho a ganhar as eleições basta como motivação? A ansia de um dia chegar a vereadora, mesmo com Fátima Felgueiras como presidente? São questões que veremos esclarecidas… não falta muito.
Por outro lado o que ganha Fátima Felgueiras? Tudo. Quando ganhou as eleições num movimento de cidadãos, com um regresso apoteótico vinda do Brasil, disse que os movimentos de cidadãos iriam substituir os partidos porque os eleitores não se reviam nestes. Quando perdeu as eleições no mesmo movimento de cidadãos, disse que só perdeu porque lhe faltou a máquina partidária. Então em que ficamos? Já sei, naquela que melhor aprouver, dependendo da situação. Que ninguém tenha dúvidas, Fátima Felgueiras é um animal político e fará tudo o que estiver ao seu alcance para voltar ao poder.    

domingo, dezembro 25

Balanços


Estamos no final de um ano em que o cenário político se vai alterando rapidamente. As motivações políticas de vingança, sem perceberem que os tempos são outros, as improváveis alianças políticas de outros tempos, geraram novas ‘alianças’ tão frágeis como outras recentes.
Enquanto isso, a maioria camarária continua o seu trabalho, são notórias as diferenças de estilo, o ambiente na câmara, o relacionamento entre colaboradores. 
Dezenas de “pequenos” projetos encostados à prateleira, parados, foram colocados em prática. Dou apenas um pequeno exemplo: a «rede de cidades e vilas com mobilidade para todos». Felgueiras foi das cidades fundadoras em 2003, em 28 de Agosto de 2006 eu questionei aqui, o que estava a ser feito. Apenas agora, com este executivo de maioria PSD/CDS-PP, se vêm as obras nesse sentido.
Como este, são inúmeros os exemplos, contudo, não deixam alguns elementos da oposição de “esclarecer” no Facebook a chusma de seguidores lambe-botas, que tudo é obra deles.

Desenvolvimento do blogue


Como estamos sempre em permanente desenvolvimento tecnológico, temos algumas novidades. Desde logo podem seguir o Felgueiras 2005 através de Feeds, Twitter e Facebook. Cliquem aí no botão “gosto” (coluna da direita) para seguirem no Facebook o que por aqui se vai escrevendo…
Para além disso, este blogue pode ser visualizado nos telemóveis.
Espero que gostem, estaremos ainda mais perto daqueles que queiram saber o que se passa por terras de Felgueiras.

Espero que todos tenham passado um Natal cheio de saúde, rodeados da família e amigos.