sábado, dezembro 30

Para todos

Feliz 2007!

Investimento *

A cidade de Paços de Ferreira recebeu uma prenda de Natal antecipada. O anúncio, por parte da IKEA, da instalação no concelho de três unidades industriais do grupo, representando um investimento que rondará os 155 milhões de euros e a criação de 1500 postos de trabalho, directos e indirectos, é sem margem para duvidas, uma excelente notícia. Até 2015 o grupo sueco investirá em Portugal cerca de 660 milhões de euros – para além das três unidades industriais investirá em dois centros comerciais e cinco lojas. Todo este investimento representará, previsionalmente, um volume de exportações de 162 milhões de euros em 2014. São, sem dúvida, boas notícias para o país e óptimas para Paços de Ferreira.
Felgueiras tem um projecto denominado Parque Tecnológico do Tâmega (PTT), sito em Várzea, cujo objectivo é criar uma nova dinâmica, necessária, à economia local.
Com a garantia de investimentos «âncora», acessibilidades prontas, acompanhadas de um projecto equilibrado, acautelado e promovido de maneira correcta o sucesso estará garantido. Mas não só, o sucesso deste projecto passará, inevitavelmente, pelos investidores de Felgueiras, pelos seus comerciantes, empresários ou apenas investidores que, acreditando nele, se irão juntar àqueles que dele já fazem parte. Aí, sim, poderemos ter uma prenda, quem sabe na Páscoa.
Já por várias vezes, neste espaço, referi a importância de colocar Felgueiras na rota dos grandes investimentos nacionais depois de, finalmente, no mapa das auto-estradas.
Era certo, e agora infelizmente constatado, que o modelo que durante anos foi defendido de apenas contarmos com os «santos da terra», género, «orgulhosamente sós» estava esgotado. Felgueiras precisa de novos investidores, fruto de uma nova visão estratégica para o concelho. Para isso é necessário criar condições de investimento. Localização privilegiada e mão-de-obra qualificada, por si só não chegam. É necessário que outro tipo de qualificações sejam acrescentadas, nomeadamente a inclusão de melhores condições de fixação da população existente e atracção de nova população, com a criação de mais e melhor habitação, inexistente neste momento, de infraestruturas culturais, desportivas, de saúde e escolares que sejam também por si só factor de diferenciação, para melhor, do nosso concelho em relação a outros.
Estes serão sem dúvida factores críticos de sucesso no quadro reduzido e extremamente competitivo que é o do Investimento Internacional. E por falar em Investimento. Será que é o próximo PIDDAC que finalmente trará a Felgueiras o tão almejado investimento público, que permitirá construir obras indispensáveis na área da saúde e justiça?
* [ Expresso de Felgueiras, 27 de Out´06]

sexta-feira, dezembro 29

E vão mais sete

Numa altura de «grave crise financeira do Município de Felgueiras», entendeu a maioria camarária que governa o município, criar sete novos cargos na já pesada estrutura camarária. Mas não são uns cargos quaisquer, são dois novos Directores de Departamento e cinco Chefes de Divisão. Tenho alguma curiosidade em saber os nomes para tão prestigiados (e remunerados) cargos.

quarta-feira, dezembro 27

Contamos os dias *

Podem alguns dizer que se trata de um ano. Não, digo eu, é mais um ano. Um ano de grande letargia em relação aos problemas do concelho. Falta de verbas dirão uns, adeptos da desculpa fácil do pouco raciocínio. Não, digo eu, é apenas não ter rumo nem estratégia. Alguma da parca estratégia do Movimento Sempre Presente (MSP), que suporta a maioria camarária, passou por nada dizer. Zero entrevistas de fundo, apenas algumas breves passagens por alguns órgãos de comunicação social, com mensagens muito específicas para consumo interno. Nada de novo portanto. Não, digo eu, há novidades. Há uma nova forma de fazer a gestão do poder autárquico, uma nova fora de gerir, com maioria na câmara como antes, mas com uma volátil minoria na Assembleia Municipal. Menos vezes na comunicação social, menos aparições públicas, com excepção para as festas de «regime», nessas, sempre presente.
Tem sido um ano político surpreendente, este, em Felgueiras. O PS vê-se numa posição em que nunca esteve, na oposição. Aí, tem tentado «limpar» a casa de todos aqueles que, por este ou aquele motivo, prevaricam as orientações do partido. Atitudes de coragem para alguns, de erro político para outros. Eu sou daqueles que acha que a Assembleia Municipal deve ser constituída apenas por eleitos directos, deixando as inerências dos presidentes de juntas de freguesia de fora. Alguns presidentes de junta agradeceriam tal medida e a Democracia também.
O PSD tem feito uma agitada travessia deste primeiro ano autárquico, com algumas intermitências e hesitações. Agora que o rumo parece encontrado (ou é apenas uma trégua até às eleições internas?) e com alguma capitalização política conseguida, o futuro avizinha-se mais favorável.
Outros dos partidos que concorreram às últimas eleições autárquicas encontram-se completamente afastados da intervenção pública, principalmente o CDS, normalmente acutilante na crítica ao executivo camarário, mas que «desapareceu do mapa» logo após as ditas eleições.
Mas onde há futuro, há esperança. E assim, contamos os dias para que este nosso concelho siga o exemplo de outros, nossos vizinhos, que apesar de terem as mesmas dificuldades que nós, já vão na senda do desenvolvimento, da qualidade de vida, da qualidade ambiental, da qualificação dos seus recursos humanos, turísticos e económicos. Mas, como diz um grande amigo meu, há que pensar no futuro e deixar o passado lá onde está, no passado. Vocês não têm um sonho, uma vontade, um desejo, uma ambição? E o que fizeram hoje para atingir esse objectivo? E quando chegarem ao fim do dia, perguntem a vós próprios, o que fiz hoje que me faça sentir orgulhoso de mim?
[* in Expresso de Felgueiras 13 Out´06]
Apesar de publicada a 13 de Outubro passado, esta crónica continua bastante actual. A minha opinião quanto aos eleitos da AM, as oposições e as «oposições às oposições» continua válida. Que ventos sopram já do ano novo?

ISCE

A Câmara Municipal de Felgueiras, tomou, finalmente, uma posição sobre o ISCE.

quinta-feira, dezembro 21

FELIZ NATAL !

São os meus votos para toda a equipa do Felgueiras 2005, para todos os leitores deste blogue, para os seus críticos que todos os dias nos encorajam a fazer melhor e para toda a comunidade blogger de Felgueiras.

segunda-feira, dezembro 18

Argumentos...

No seguimento da intervenção da Sra. Presidente da Câmara Municipal na A.M., que passa na RF, onde deixa entender que há quem ande enganado, quanto a quem faz as transferências para as freguesias. É o estado e, mais importante, são os senhores quando definem os valores das taxas a aplicar do IMI e IMT, como quem diz, querem reduções, agora não há verba. Mas atendendo aos números abaixo, podemos ver que nem todos os distribuem da mesma forma.

Podem ver o quadro supra a indicação do número de freguesias e densidade populacional de cada um dos concelhos. Felgueiras é o terceiro maior concelho (número de freguesias e densidade populacional)


Neste outro o valor das Receitas, incluindo o valor do antigo imposto de SISA e ainda da antiga contribuição autárquica. Felgueiras não é das que menos recebe….


... contudo é das que menos transfere para as suas freguesias.

O que eu não percebo é como é que um argumento destes passa na A.M. sem réplica de nenhum partido da oposição e não apresentam factos, números. É uma falta de preparação incrível!

sexta-feira, dezembro 15

Boa!

Excelente notícia, esta, com que a Rádio Felgueiras nos brindou, anunciando que vai transmitir, em directo, alguns apontamentos da Assembleia Municipal de hoje. Para quem não tem rádio à mão e está ligado neste blogue pode ouvir em directo. É só carregar no link aí na barra da direita.

Receitas vs. Transferências para freguesias

Só para alguns interessados Presidentes de Juntas de freguesia e outros menos atentos, têm nos quadros abaixo os valores das Receitas e Despesas das Câmaras Municipais nossas vizinhas assim como os valores que transferem para as freguesias. É só comparar!



Fonte: INE

quinta-feira, dezembro 14

A prelecção do chumbo

Todos os pais sabem a força que tem um NÃO na altura certa, embora nem todos sejam capazes de o dizer. Aqueles que o fazem, conseguem normalmente colocar as regras aos filhos com os limites básicos que quem educa tem que fazer. Os que não conseguem fazê-lo arriscam-se a ter filhos imprevisíveis, pouco dados a regras e muito menos ainda a obediência.
Faço esta introdução como termo de comparação para o que se passa com o Orçamento e Plano para 2007 que este executivo camarário pretende aprovar altamente lesivo para o concelho. Não vale a pena escamotear em demasia o documento. É mau, o pior dos últimos anos e ponto final. Agora o que fazer? A Assembleia Municipal de amanhã, tem uma importância vital para os felgueirenses. Quem vai decidir tudo são os Presidentes das Juntas de freguesia. Eles, (alguns ainda) julgavam que traindo os seus partidos como sempre o fizeram a favor do executivo camarário estariam a «salvaguardar» os seus eleitores (garantindo assim o próximo mandato) mas enganaram-se. Zero obras para as freguesias e umas promessas vãs de algo parecido com umas miragens de obras. Será que agora percebem que ao chumbarem este Orçamento estão a abrir as portas à negociação e a aumentarem o poder reivindicativo junto da Autarquia. Será que percebem que ao dizer NÃO estão a educar, a colocar regras, a esclarecer e não apenas a apanhar as migalhas atiradas com desprezo e arrogância? É que se ainda não perceberam estão a prestar um péssimo serviço às vossas freguesias.

terça-feira, dezembro 12

Carnaval no Natal

Veio por estes dias o PS Felgueiras emitir um comunicado no mínimo «esquesito» (está na página do Felgueiras 2005, uma vez que nem o site recém inaugurado do PS nem o seu blogue têm o dito online) a propósito do «lanche-comício» do MSP de dia 1 de Dezembro.
Num tom irónico e jocoso, quase próprio de outra quadra festiva mais animada, o Secretariado do PS Felgueiras, escorre em maravilhosas alegorias um discurso difícil de compreender politicamente. É um tipo de discurso de café, de brincadeirinha, pouco próprio de um Secretariado de um partido político.
Claro que os socialistas se sentem melindrados (e os sociais democratas também se deveriam sentir) pelo discurso proferido por Fátima Felgueiras e os seus correligionários, mas este comunicado é um erro político grave. Ridicularizar o adversário é de um amadorismo a toda a prova.

sábado, dezembro 9

Liberdade de expressão

Não deixa de ser caricato que, volta não volta, a questão da «liberdade de expressão» seja fruto de debate em Felgueiras.
Toda a gente comenta a baixa voz que este ou aquele, ou mesmo na primeira pessoa, foram vitimas da censura, mais ou menos abespinhada de alguém – aqui mesmo neste blogue fui, injustamente, acusado de o ter feito. Todos os mais atentos sabem que esta coisa da liberdade de expressão é muito bonita, excepto quando serve para achincalhar, denegrir, maldizer ou mesmo ofender pessoas.
Os mesmos que hoje se queixam de serem vítimas da censura, foram no passado vítimas (de um acto cobarde e absolutamente desprezível) da ofensa e maledicência de alguém que confundiu a liberdade de expressão com a liberdade gerada por falta de controle que lhe foi dada para dizer o que bem entendeu.
Não me vou pronunciar quanto ao facto de o «Expresso de Felgueiras» não ter publicado a crónica de opinião desta semana de Inácio Lemos e muito menos quanto aos motivos. A crónica está publicada, os motivos também. Cada um que julgue por si.
O que me parece é que esta saída de Inácio Lemos do «Expresso de Felgueiras» foi precipitada. Quando fui convidado para escrever uma crónica quinzenal no EF, e o seu Director Armindo Mendes me questionou sobre outros nomes a convidar noutras áreas políticas, o nome de Inácio Lemos, foi um dos por mim referidos. É por isso que acho que a saída foi precipitada.
Claro que o que aqui escrevo vai ser interpretado de outra forma, mas…

sexta-feira, dezembro 1

E logo hoje, quando se comemora a Restauração da Independência, a pretexto de um lanche, se tenta a «legalização» de um movimento político, quiçá com intenções de virar grande e evoluir para partido político. Para lá de considerações sobre a intenção, apenas comento a tristeza de um acto – tipo a cenoura e o burro – aliciando os menos atentos para uma assinatura num qualquer papel. O domínio Filipino durava há 60 anos quando em 1640 resolvemos mudar a história… e nós?