O papel de oposição não é fácil. Principalmente quando se está habituado a estar no poder, e quando esse é exercido de forma continuada deste o 25 de Abril. Escrevo de forma continuada porque os independentes de levam adiante a gestão do concelho, são socialistas. Socialistas sem cartão e impedidos de exercer a sua militância mas socialistas. Órfão, e ainda com muitos fantasmas, o PS Felgueiras continua à procura do seu caminho e nem sempre da melhor forma. Por estes dias esteve em Felgueiras o Secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, a anunciar o lançamento da última fase da variante à EN101. Tal facto foi utilizado pelo PS local para encerrar um “jejum” de longos meses sem aparecer (praticamente desde as eleições internas) criticando o momento escolhido pelo governante para o fazer, depois de Felgueiras ter estado muito tempo sem qualquer visita por parte de um governante. Ou seja, o PS, praticamente na primeira vez que aparece depois das eleições internas, fá-lo pela negativa, criticando o seu próprio partido, mostrando até um certo amuo perante o facto, chegando a afirmar, o líder socialista de Felgueiras, que Paulo Campo veio a Felgueiras “à procura de protagonismo”. Sintomática esta solidariedade socialista. Parece que a estrutura local do PS está condenada a este tipo de tratamento por parte da nacional. De cada vez que precisa de apoio tiram-lhe o tapete. Já assim aconteceu com o triste episódio da visita do histórico Almeida Santos ao concelho na campanha eleitoral de José Campos, com velados elogios a Fátima Felgueiras, assim como uma “retirada” de confiança por parte da própria estrutura local ao candidato que tinha escolhido. São vários os exemplos da solidariedade socialista. Claro que politicamente é necessário denunciar o que houver para denunciar, mas o PS Felgueiras precisa de ganhar experiência na oposição.
A beneficiar da experiência de sempre fazer oposição está o PSD Felgueiras. Depois de alguns erros passados, surge agora muito mais atento e próximo dos munícipes. Uma oposição interventiva e com propostas claras e objectivas é o que se pede. Com a proposta dos vereadores do PSD (há dois anos) de baixar as taxas de IMI, que foi aprovada, que levou a que este ano a autarquia baixasse ainda mais o imposto, assim como a proposta de não ser lançada uma derrama este ano, os felgueirenses ganham e muito com este tipo de intervenção daqueles que têm que fazer uma oposição responsável sem deixarem de ser reivindicativos para aquilo que são as preocupações das populações. Tem sido clara a posição do PSD na Assembleia Municipal (descontando os velhos e conhecidos problemas das “fugas” aquando das votações e da ausência de mais membros a intervir). Uma oposição aguerrida, que questiona, mas essencialmente muito mais política e menos técnica. O PSD tem tido a coragem de dizer desde já com quem conta e com quem não conta para as próximas eleições, de fazer propostas, de denunciar politicamente as situações.
Apenas uma última nota para o seguinte. Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.
A beneficiar da experiência de sempre fazer oposição está o PSD Felgueiras. Depois de alguns erros passados, surge agora muito mais atento e próximo dos munícipes. Uma oposição interventiva e com propostas claras e objectivas é o que se pede. Com a proposta dos vereadores do PSD (há dois anos) de baixar as taxas de IMI, que foi aprovada, que levou a que este ano a autarquia baixasse ainda mais o imposto, assim como a proposta de não ser lançada uma derrama este ano, os felgueirenses ganham e muito com este tipo de intervenção daqueles que têm que fazer uma oposição responsável sem deixarem de ser reivindicativos para aquilo que são as preocupações das populações. Tem sido clara a posição do PSD na Assembleia Municipal (descontando os velhos e conhecidos problemas das “fugas” aquando das votações e da ausência de mais membros a intervir). Uma oposição aguerrida, que questiona, mas essencialmente muito mais política e menos técnica. O PSD tem tido a coragem de dizer desde já com quem conta e com quem não conta para as próximas eleições, de fazer propostas, de denunciar politicamente as situações.
Apenas uma última nota para o seguinte. Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.
(*) Expresso de Felgueiras, 31 de Outubro 2008
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