Na última edição terminei esta minha habitual crónica escrevendo “Daqui a uma semana (em principio), será conhecida a decisão no tristemente famigerado processo “saco-azul”. Está longe de estar concluído, pelo menos do ponto de vista jurídico, contudo, julgo que é desejo de todos que politicamente seja dado como concluído. Para bem de todos.”. Não seria difícil de prever que, fosse qual fosse o desfecho jurídico, os recursos no processo iriam prolongar o mesmo.
Do ponto de vista político é que este assunto devia ser encerrado, por quem está no centro de toda esta questão, Fátima Felgueiras e obviamente demitindo-se. Mas não está só nesta responsabilidade.
Quando, quase há 10 anos, elementos do PS local decidiram denunciar todo este processo, deram inicio a um período negro na história do nosso concelho. Depois de sucessivos “escândalos” mediáticos, que foram aproveitados com mestria para converter numa campanha de vitimização resultante em votos, as eleições de 2001, confirmam Fátima Felgueiras no poder. Nessas eleições, a demasiada concentração de “fogo” na questão “saco-azul” de todos os partidos na oposição, fez com que as verdadeiras questões importantes para o concelho fossem relegadas para um segundo plano, menos visível e que não captou votos. Novamente, em 2005, um regresso mediático, para umas eleições preparadas ao milímetro (em dois dias a máquina estava na rua, o que denota a preparação), e dais quais alguém irá escrever um livro. Emotividade e cobertura televisiva dos acontecimentos (nessa altura e segundo a Marktest Fátima Felgueiras teve mais noticias que todos os outros políticos, e um maior tempo de exposição traz mais votos) assim como uma oposição apanhada de surpresa (pelo menos pareceu), assim como um golpe palaciano no PS local destruíram por completo qualquer tentativa de levar de vencida essas eleições.
Assim, importa aprender com o passado e numa altura em que se vai pedir a demissão, mais do que razoável, de uma presidente condenada (embora ainda não transite em julgado devido a recurso), é sabido que já no passado argumentos como ética, esclarecimento da verdade, disponibilidade para colaborar com a justiça e o bem estar da população não foram suficientes para demover Fátima Felgueiras dos seus intentos.
Assim, resta aos partidos, depois da situação esclarecida, criar condições vencedoras para as suas candidaturas e por isso é que eu já defendi publicamente que as candidaturas já deviam ter avançado independentemente da decisão judicial, ou não era espectável este cenário? Das duas uma, ou os pressupostos das candidaturas são feitos com base no facto de Fátima Felgueiras não ir a eleições, o que é um muito mau sinal, ou a outra hipótese ainda é muito pior…
Independentemente de tudo isso que este tenha sido o Dia D, o dia zero do resto de um processo que se quer iniciado com cabeça, tronco e membros.
Do ponto de vista político é que este assunto devia ser encerrado, por quem está no centro de toda esta questão, Fátima Felgueiras e obviamente demitindo-se. Mas não está só nesta responsabilidade.
Quando, quase há 10 anos, elementos do PS local decidiram denunciar todo este processo, deram inicio a um período negro na história do nosso concelho. Depois de sucessivos “escândalos” mediáticos, que foram aproveitados com mestria para converter numa campanha de vitimização resultante em votos, as eleições de 2001, confirmam Fátima Felgueiras no poder. Nessas eleições, a demasiada concentração de “fogo” na questão “saco-azul” de todos os partidos na oposição, fez com que as verdadeiras questões importantes para o concelho fossem relegadas para um segundo plano, menos visível e que não captou votos. Novamente, em 2005, um regresso mediático, para umas eleições preparadas ao milímetro (em dois dias a máquina estava na rua, o que denota a preparação), e dais quais alguém irá escrever um livro. Emotividade e cobertura televisiva dos acontecimentos (nessa altura e segundo a Marktest Fátima Felgueiras teve mais noticias que todos os outros políticos, e um maior tempo de exposição traz mais votos) assim como uma oposição apanhada de surpresa (pelo menos pareceu), assim como um golpe palaciano no PS local destruíram por completo qualquer tentativa de levar de vencida essas eleições.
Assim, importa aprender com o passado e numa altura em que se vai pedir a demissão, mais do que razoável, de uma presidente condenada (embora ainda não transite em julgado devido a recurso), é sabido que já no passado argumentos como ética, esclarecimento da verdade, disponibilidade para colaborar com a justiça e o bem estar da população não foram suficientes para demover Fátima Felgueiras dos seus intentos.
Assim, resta aos partidos, depois da situação esclarecida, criar condições vencedoras para as suas candidaturas e por isso é que eu já defendi publicamente que as candidaturas já deviam ter avançado independentemente da decisão judicial, ou não era espectável este cenário? Das duas uma, ou os pressupostos das candidaturas são feitos com base no facto de Fátima Felgueiras não ir a eleições, o que é um muito mau sinal, ou a outra hipótese ainda é muito pior…
Independentemente de tudo isso que este tenha sido o Dia D, o dia zero do resto de um processo que se quer iniciado com cabeça, tronco e membros.
(*) Expresso de Felgueiras, 8 Novembro 2008.
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