Começou com um comício à porta do improvisado Tribunal no quartel dos bombeiros voluntários de Felgueiras. De uma forma imediata e em nítida descompressão de uma condenação com a qual o causídico que a defendeu disse que “podia bem”, num sentimento de quase euforia, afirmou estar assim inocentada e que sempre falou verdade. Para quem acabou de sair do Tribunal com uma condenação, claro que ainda sujeita a recurso, mas uma condenação, só pode, com estas palavras, querer passar um atestado de imbecilidade aos felgueirenses. Claro que até transito em julgado, esta decisão é passível de recurso e por isso nada a apontar nem questionar a decisão (afinal que percebo eu disso?), contudo gosto pouco de ver alguém passar um atestado de imbecilidade a todos nós. A única explicação para isso era o estado de euforia pela decisão do Tribunal, o que não é bom sinal também.
Findo que foi este processo com quase dez anos de exposição mediática, desde a denúncia por parte de elementos do PS Felgueiras até esta fase do julgamento, podemos concluir uma de duas coisas. Ou estamos perante um alarme social desmesurado e empolado pela comunicação social, ou então, o acesso à justiça não é igual para todos. Julgo que ninguém terá dúvidas quanto ao facto de um cidadão “comum” não conseguir ter o mesmo acesso à justiça que um presidente da câmara.
Começou então aí o comício de uma quase certa recandidatura à câmara municipal de Felgueiras, potenciando os órgãos de comunicação social presentes e o tempo de antena das televisões em horário nobre logo nessa noite, de uma forma que tão bem sabe. Os partidos da oposição pediram, mais uma vez, a sua demissão, apelando à ética, princípios de verdade, transparência, argumentos não suficientes (tal como no passado) para que Fátima Felgueiras se demita. Agora (e bem) remetem-se ao silêncio, uma vez que o elevado mediatismo só favorece um dos lados, convém deixar que o assunto deixe de ser capa de jornais e revistas assim como de programas de humor. Nos avanços e recuos dos partidos ao sabor de um julgamento, o tempo perdido não é mais recuperado e o anunciado “candidato muito forte” do PS já não deve aparecer e qualquer que sejam os candidatos agora anunciados pelos dois partidos políticos com condições para eventualmente ganharem estas eleições – PS e PSD – podem sair prejudicados por vários motivos mas principalmente por dois: uma das leituras que se poderá fazer é que o candidato teria sido outro se Fátima Felgueiras não fosse a eleições e que com a desvantagem em termos de projecção de imagem (salvo se o candidato for alguma figura com projecção nacional) deveria estar já no terreno, dando-se a conhecer.Entretanto continuamos sem solução para o Parque Empresarial do Tâmega (antiga ZAEV), onde já foram investidos milhões de euros (entre expropriações e infraestruturas) e que não serve absolutamente para nada, ficando o nosso tecido empresarial e a economia local cada vez mais fragilizada. Continuamos sem avanço na Casa das Artes, ficando a maior parte dos acontecimentos culturais do concelho a cargo de louváveis iniciativas de associações concelhias e pouco mais. Continuamos numa gestão corrente da autarquia porque a sua presidente não tem tempo, e sem tempo vai continuar com o início do julgamento de um outro processo.
Findo que foi este processo com quase dez anos de exposição mediática, desde a denúncia por parte de elementos do PS Felgueiras até esta fase do julgamento, podemos concluir uma de duas coisas. Ou estamos perante um alarme social desmesurado e empolado pela comunicação social, ou então, o acesso à justiça não é igual para todos. Julgo que ninguém terá dúvidas quanto ao facto de um cidadão “comum” não conseguir ter o mesmo acesso à justiça que um presidente da câmara.
Começou então aí o comício de uma quase certa recandidatura à câmara municipal de Felgueiras, potenciando os órgãos de comunicação social presentes e o tempo de antena das televisões em horário nobre logo nessa noite, de uma forma que tão bem sabe. Os partidos da oposição pediram, mais uma vez, a sua demissão, apelando à ética, princípios de verdade, transparência, argumentos não suficientes (tal como no passado) para que Fátima Felgueiras se demita. Agora (e bem) remetem-se ao silêncio, uma vez que o elevado mediatismo só favorece um dos lados, convém deixar que o assunto deixe de ser capa de jornais e revistas assim como de programas de humor. Nos avanços e recuos dos partidos ao sabor de um julgamento, o tempo perdido não é mais recuperado e o anunciado “candidato muito forte” do PS já não deve aparecer e qualquer que sejam os candidatos agora anunciados pelos dois partidos políticos com condições para eventualmente ganharem estas eleições – PS e PSD – podem sair prejudicados por vários motivos mas principalmente por dois: uma das leituras que se poderá fazer é que o candidato teria sido outro se Fátima Felgueiras não fosse a eleições e que com a desvantagem em termos de projecção de imagem (salvo se o candidato for alguma figura com projecção nacional) deveria estar já no terreno, dando-se a conhecer.Entretanto continuamos sem solução para o Parque Empresarial do Tâmega (antiga ZAEV), onde já foram investidos milhões de euros (entre expropriações e infraestruturas) e que não serve absolutamente para nada, ficando o nosso tecido empresarial e a economia local cada vez mais fragilizada. Continuamos sem avanço na Casa das Artes, ficando a maior parte dos acontecimentos culturais do concelho a cargo de louváveis iniciativas de associações concelhias e pouco mais. Continuamos numa gestão corrente da autarquia porque a sua presidente não tem tempo, e sem tempo vai continuar com o início do julgamento de um outro processo.
(*) Expresso de Felgueiras, 21 de Novembro 2008.
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