Sete anos passaram depois do 11 Setembro. O maior ataque terrorista de que há memória ainda ecoa, quer seja porque o mundo não está mais seguro, porque o mentor de tais ataques – Bin Laden – ainda não foi capturado, porque as guerras no Iraque e Afeganistão ainda estão longe de estarem resolvidas, embora agora o número de mortos diários passe apenas em rodapé nos telejornais, em vez de ser abertura dos mesmos, ou então porque a memória das cerca de 3.000 vítimas, ainda está bem presente. O mundo continua a ser um local de muitos perigos e o terrorismo é a face mais visível dos mesmos.
Por cá, longe do terrorismo, temos assistido a um aumento da criminalidade violenta e não vale a pena negá-lo ou tentá-lo esconder atrás de super-operações policiais. Claro que o aumento destes casos e da natural apetência do ser humano para as tragédias, fazem com que os jornais e televisões dêem um maior destaque ao assunto – principal argumento do governo para desmentir o aumento – mas o cidadão sente no dia-a-dia, na sua família, na sua zona de residência que há sempre mais um caso. Aqui mesmo em Felgueiras temos tido notícias de assaltos a farmácias e bombas de gasolina, principais alvos dos meliantes. Este é, também, um sinal da degradação social, da maior pobreza, das, cada vez maiores, dificuldades que os portugueses encontram para sobreviver. Há falta de melhor argumento, veio o ministro da Administração Interna, defender o governo dizendo que melhorias podiam já ter sido feitas, não fosse o Presidente da República, ter vetado a Lei Orgânica da GNR, implicando a mais alta figura da Nação, e obrigando o Palácio de Belém a emitir um comunicado a desmentir qualquer relação do Presidente da República e os atrasos na aprova da Lei. Haverá quem se lembre de outras, mas esta não pensei que lembrasse a alguém!
Terminou a novela do silêncio de Manuela Ferreira Leite com as suas declarações no final da Universidade de Verão. Depois de um período de tempo em que não falou, a sua intervenção (e a falta desta) despertou mais interesse e teve mais impacto que todas as festas do Pontal em conjunto. Gostaria de ver os críticos e a grande maioria da comunicação social, a “cobrarem” declarações e posições ao primeiro-ministro, que esse sim, estando há três anos no governo tem opinião sobre tudo – pelo menos deveria ter – e não à líder da oposição empossada há três meses. É este primeiro-ministro e este governo que vão ser avaliados nas urnas e não a líder da oposição, e por isso são estes que devem dar explicações aos portugueses, principalmente àqueles que os elegeram.Tal como o governo, as autarquias locais terão que ser avaliadas nas urnas no próximo ano. Muitas recandidaturas, e por cá temos um impasse devido ao tristemente célebre processo do “saco-azul”, deixando os partidos políticos as decisões dos “cabeças de cartaz” para depois do julgamento. Quando às freguesias, o PSD leva já trabalho feito, pelo menos no que diz respeito a saber quem quer nas suas listas, e a coragem demonstrada é necessária, pena é que não se tenha tomado essa decisão há mais tempo. Há presidentes de junta de freguesia, que apesar de terem sido eleitos com o apoio de um partido, não se inibem de tomar posições no mínimo “estranhas” nas votações. Apesar do risco de se perder uma freguesia, é importante ter representantes em cada uma das outras eleitas com preparação política e com valores morais como a lealdade. Vamos ver no que isto vai dar…
Por cá, longe do terrorismo, temos assistido a um aumento da criminalidade violenta e não vale a pena negá-lo ou tentá-lo esconder atrás de super-operações policiais. Claro que o aumento destes casos e da natural apetência do ser humano para as tragédias, fazem com que os jornais e televisões dêem um maior destaque ao assunto – principal argumento do governo para desmentir o aumento – mas o cidadão sente no dia-a-dia, na sua família, na sua zona de residência que há sempre mais um caso. Aqui mesmo em Felgueiras temos tido notícias de assaltos a farmácias e bombas de gasolina, principais alvos dos meliantes. Este é, também, um sinal da degradação social, da maior pobreza, das, cada vez maiores, dificuldades que os portugueses encontram para sobreviver. Há falta de melhor argumento, veio o ministro da Administração Interna, defender o governo dizendo que melhorias podiam já ter sido feitas, não fosse o Presidente da República, ter vetado a Lei Orgânica da GNR, implicando a mais alta figura da Nação, e obrigando o Palácio de Belém a emitir um comunicado a desmentir qualquer relação do Presidente da República e os atrasos na aprova da Lei. Haverá quem se lembre de outras, mas esta não pensei que lembrasse a alguém!
Terminou a novela do silêncio de Manuela Ferreira Leite com as suas declarações no final da Universidade de Verão. Depois de um período de tempo em que não falou, a sua intervenção (e a falta desta) despertou mais interesse e teve mais impacto que todas as festas do Pontal em conjunto. Gostaria de ver os críticos e a grande maioria da comunicação social, a “cobrarem” declarações e posições ao primeiro-ministro, que esse sim, estando há três anos no governo tem opinião sobre tudo – pelo menos deveria ter – e não à líder da oposição empossada há três meses. É este primeiro-ministro e este governo que vão ser avaliados nas urnas e não a líder da oposição, e por isso são estes que devem dar explicações aos portugueses, principalmente àqueles que os elegeram.Tal como o governo, as autarquias locais terão que ser avaliadas nas urnas no próximo ano. Muitas recandidaturas, e por cá temos um impasse devido ao tristemente célebre processo do “saco-azul”, deixando os partidos políticos as decisões dos “cabeças de cartaz” para depois do julgamento. Quando às freguesias, o PSD leva já trabalho feito, pelo menos no que diz respeito a saber quem quer nas suas listas, e a coragem demonstrada é necessária, pena é que não se tenha tomado essa decisão há mais tempo. Há presidentes de junta de freguesia, que apesar de terem sido eleitos com o apoio de um partido, não se inibem de tomar posições no mínimo “estranhas” nas votações. Apesar do risco de se perder uma freguesia, é importante ter representantes em cada uma das outras eleitas com preparação política e com valores morais como a lealdade. Vamos ver no que isto vai dar…
(*) Expresso de Felgueiras, 12 Setembro 2008
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