
Sousa e Castro foi um dos capitães que fez o 25 de Abril, ocupando à época, cargos de grande responsabilidade política como: Conselheiro da Revolução e Superintendente da Comissão de Extinção da PIDE/DGS. Pessoa politicamente moderada, integrou o Grupo dos Nove, estando na génese em conjunto com Melo Antunes (o ideólogo) e Ramalho Eanes (o operacional) do golpe militar do 25 de Novembro. Para aqueles que não sabem, este golpe militar levado a cabo em finais Novembro de 1975, permitiu retirar o país da deriva totalitária do PREC e alinhá-lo com a normalidade democrática e o estado de direito. Há por isso quem defenda que, a democracia em Portugal, nasceu no 25 de Novembro e não no 25 de Abril.
Recordo com saudade, a relação de afinidade e cumplicidade entre o meu pai e o Rodrigo. O meu pai que foi da oposição ao Estado Novo, em conjunto com outras conhecidas figuras de Felgueiras, como o Dr. Machado de Matos e o médico Dr. Aurélio, via o Rodrigo com um orgulho filial. Não por testemunho directo, pois em 1975 tinha apenas 9 anos de idade, mas por conversas em casa, vim mais tarde a saber que, caso esse desconhecido mas importante golpe militar tivesse corrido mal, fugiriam para Espanha e ficariam uma noite em Ribeira de Pena (na terra da minha mãe), com a conivência e a cobertura do meu pai.
Quem passou por tudo isso, deve na verdade, ter muita coisa para contar.
Deixo o link da wikipedia para quem se interessar em saber algo mais.
O livro com prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa está à venda em qualquer livraria.
1 comentário:
Rui, (permita-me o trato informal dos bloggers :) )
Obrigado pela recomendação.
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