segunda-feira, dezembro 7

Interesse jornalístico

A propósito do post “Noticiar ou não”, do Sérgio Martins, relativo à edição do EXPRESSO DE FELGUEIRAS que antecedeu as eleições autárquicas, permitam-me, por instantes, “vestir a pele” de director daquele jornal e escrever o seguinte:


O artigo citado mais não foi do que o culminar de um aturado trabalho jornalístico iniciado semanas antes, nomeadamente através da recolha de material junto de vários municípios que clarificasse a questão de então relacionada com o preço cobrado pela Câmara de Felgueiras nos serviços de abastecimento de água e recolha de resíduos domésticos.

A ideia de fazer esse trabalho ocorreu depois de todos termos assistido a divergências, em plena campanha eleitoral, entre o MSP e a oposição sobre se o preço das tarifas da água em Felgueiras seriam menores ou maiores do que noutros municípios.

Feito o estudo, rapidamente concluímos que, afinal, o preço da água e da recolha do lixo em vários concelhos da região era mais baixo do que em Felgueiras, contrariando assim a tese de Fátima Felgueiras, cujo movimento político se desdobrava em acções de propaganda. Devo dizer que tínhamos em nosso poder mais elementos, que acentuavam o sentido geral do artigo, que só não foram publicados por manifesta falta de espaço no jornal e tempo útil para os podermos compilar.

Julgámos, nesse momento, que, em nome do nosso dever de informar, deveríamos dar à estampa os dados que recolhemos, publicando cópias de facturas de munícipes de Felgueiras e de outros concelhos para que não restassem dúvidas sobre a veracidade do que escrevíamos.

O timing de desenvolvimento do artigo e publicação do mesmo teria de ser aquele, porquanto só por esses dias foi concluído. Acresce que, além dos interesses comerciais do jornal intrínsecos a tal manchete, entendíamos, à data, que os felgueirenses, a poucos dias da ida às urnas, deviam estar na posse de todos os dados relativos a tão candente matéria, central em plena campanha para as autárquicas.

1 comentário:

Sérgio Martins disse...

Armindo,
Claro que a favor está timming correcto. Antes das eleições como forma de esclarecimento da população e não depois. E fez, claro, todo o sentido como afirmas uma vez que era uma das bandeiras eleitorais da coligação PSD / CDS. Aliás esse tema irá a A.M. já na sua primeira edição pós-eleições