quarta-feira, junho 28

ISCE VERDADE?

O Peixinho, cujo aquário deve ser para os lados do depósito de água dos Bombeiros Voluntários de Felgueiras, atirou com este (longo) comentário que julgo de todo o interesse trazer à primeira-página:


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A Senhora Presidente da Câmara Municipal de Felgueiras disse na Asssembleia Municipal, do passado sábado, com declarações emitidas pela Rádio Felgueiras, na passada segunda-feira, ao meio dia, e em relação à atitude do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em encerrar, com rcurso à polícia, o Curso de Turismo, no ISCE de Felgueiras, que a mesma resulta de factos da mais pura "invenção de alguém que quer mal" à escola.
Perante esta, e outras afirmações, é necessário esclarecer a Senhora Presidente, pois demonstra total e inequívoco desconhecimento de todo o processo, ou então, alguém, com outros intuitos, restou-lhe informação errada:
1. O Curso de Turismo do ISCE de Felgueiras era ILEGAL há 7 anos;
2. A decisão do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é baseada em diversos relatórios da Inspecção-Geral do Ensino Superior, designadamente os de 10 de Maio e 4 de Novembro de 2005 e o de 7 de Abril de 2006, os quais são unânimes em propor o encerramento;
3. O encerramento compulsivo, com recurso à polícia, ocorreu porque a direcção do ISCE de Felgueiras não acatou o despacho do Ministro do Ensino Superior que concedeu, em Dezembro de 2005, um prazo de 90 dias para que o fizesse voluntariamente. O prazo findou no passado dia 20 de Março de 2006, sem que cumprissem tal ordem;
4. O Curso de Turismo nunca teve portaria ministeral, condição esta indispensável para que funcione qualquer curso superior em Portugal;
5. O "Auto de Encerramento" do Curso de Turismo foi redigido e assinado pela Pedago, Lda, em 10 de Março de 2006, mas depois desta data as actividades lectivas continuaram como está provado no relatório de 7 de Abril de 2006 da Inspecção-Geral do Ensino Superior,
6. Perante os normativos legais em vigor, a emissão de diplomas por parte o ISCE, de Odivelas, aos alunos que frequentaram o ISCE de Felgueiras é ilegal;
7. Embora os dois estabelecimentos de ensino sejam propriedade da mesma "patroa", isto é, Pedago, Lda, são autónomos cientifica e pedagogicamente. Por isso é que os cursos, para funcionar legalmente, têm portarias diferentes. As extensões são proíbidas por lei;
8. Pelo facto de a actual directora ter dito na RTP1 que os diplomas eram emitidos pelo ISCE, em Odivelas, e pelos indícios apurados pelos inspectores, o Ministro mandou abrir inquérito, com carácter de urgência, no dia 10 de Junho último.
Para total esclarecimento da Senhora Presidente, mais estas informações:
1. As equivalências, exaradas nos livros de termos dos cursos, pelo ex-director do ISCE de Felgueiras (e actual vereador da Educação na Câmara Municipal de Felgueiras) foram consideradas ILEGAIS no relatório da Inspecção-Geral do Ensino Superior de 4 de Novembro de 2005, facto reafirmado no relatório da IGES de 7 de Abril último, com o argumento de que o ex-director não tem competência legal para tal acto, uma vez que a mesma é da exclusiva competência do Conselho Científico, nos termos ds normativos legais;
2. O Conselho Científico do ISCE de Felgueiras - órgão central no funcionamento de qualquer instituição de ensino superior em Portugal - é ILEGAL, pelo menos, desde 21 de Junho de 2004, como atestam os relatórios de 10 de Maio e 4 de Novembro de 2005 e 7 de Abril de 2006 da Inspecção-Geral do Ensino Superior;
3. Durante DOIS ANOS, os responsáveis do ISCE de Felgueiras não cumpriram as recomendações do Ministro do Ensino Superior nem da Inspecção-Geral do Ensino Superior, facto que ainda continua uma vez que os estatutos do ISCE de Felgueiras estão desactualizados, e o Conselho Científico persiste ILEGAL, como atesta o relatório de 7 de Abril de 2006;
4. As propostas de revisão estatutária ( a primeira de 26 de Abril de 2005 a segunda de 23 de Fevereiro de 2006) não estão conforme a lei. A primeira foi indeferida pelo Ministro do Ensino Superior, e a segunda vai ter o mesmo despacho porque, e está está escrito no relatório de 7 de Abril da IGES, não cumpre os normativos legais;
5. Os estatutos ou qualquer revisão estão dependentes de deferimento do Ministro da tutela e devem, obrigatoriamente, ser publicados em Diário da República (DR);
6. Assim sendo, o Conselho Científico permanece ILEGAL;
7. No despacho, de 9 de Maio de 2006, do Ministro do Ensino Superior que ordenava o encerramento compulsivo, por recurso à polícia, do Curso de Turismo, era também aberto inquérito de "advertência formal", o qual pode levar ao encerramento total da escola.
(...)
NOTA FINAL: ACEITA-SE O CONTRADITÓRIO DOS FACTOS ENUNCIADOS.
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ISCE verdade? É que se ISCE...

5 comentários:

armando s. sousa disse...

Não duvido que estes factos são reais, mas são, indiscutivelmente, "inside information".
A luta do Peixinho parece-me nada ter a ver, como ele disse, com a sua filha que estuda no ISCE, dá mais a sensação que pertenceu ao Conselho Científico do ISCE ou pretendia pertencer.

armando s. sousa disse...

O seu mundo pode ser "subaquático", mas o objectivo da sua luta é "subterrâneo"...

Nardole disse...

Independentemente das motivações de cada um, há aqui coisas que a serem verdade são muito graves.

Mas tenho umas perguntas:

1- Não há uma associação de estudantes no ISCE que proteste?

2- Não ha uma associação de pais (que vê dinheiro a ir para lá todos os meses) que faça alguma coisa?

3- Conferências de imprensa, não há?

É que isto a ser verdade é grave e por muito menos o António Vitorino pediu demissão do cargo que ocupava no parlamento.

armando s. sousa disse...

Caro Peixinho,
Os post's tanto podem ser de alhos como de bogalhos, que os seus comentários são sempre direccionados para o ISCE.
Não dúvido ao ler os seus comentários ao longo do último mês e meio, que o seu objectivo é o cabal esclarecimento dos factos que se passam ou passaram no ISCE.
Num dos comentários disse que estava preocupado como pai, não dúvido que seja pai, que tenha uma filha a estudar, mas não é essa procura da verdade que o move.
Vê-se em mais de um comentário que o seu objectivo é atingir o actual vereador da Educação da CMF e antigo director do Isce de Felgueiras.
Tenho-lhe a dizer que essa vossa guerra me é indiferente (se é que ela existe), no entanto, essa desenfreada tentativa de apuramento da verdade, parece ser accionada por vingança e não uma luta a favor dos estudantes e dos seus pais, que serão sempre os mais prejudicados se o pior cenário vier a confirmar-se.
Não sei, se está ressabiado com o ISCE ou não, nem é da minha conta, no entanto, para mim é exactamente isso que transparece, nos seus comentários.
Um abraço.

armando s. sousa disse...

Caro Peixinho,
Quando diz "O caso "ISCE de Felgueiras" é de interesse público, ou não?"
Eu respondo, sim é de interesse público e extremamente importante.
Quando pergunta,"Porém, uma pergunta deixo no ar: que fizeram os alunos, até hoje, para fazer valer os seus interesses, para saber, de facto, a verdade?"
Penso que está em melhores condições que eu, para responder a todas as perguntas, do comentário do Bruno JSM, excepto, se os alunos tem acesso às mesmas fontes de informação que o senhor, e por pura displicência não se interessam.
Também lhe quero dizer, que tenho um grande interesse em saber a verdade do que se passa no ISCE Felgueiras, mas desinteressadamente.
Por último, voltámos à vaca fria, qual é a diferença entre "antigo" e "ex"?
Um abraço.