sexta-feira, junho 2

... Isto não está fácil!

Este é um daqueles comentários que gostaria de nunca ter que fazer, mas se a notícia do encerramento de uma unidade de produção de calçado se confirmar como tudo leva a crer, será mais uma machadada a agravar a crise social/económica que assola o concelho, e mais de uma centena de operários verá dificultada a sua vida...

Mas esta sucessão de problemas na indústria do calçado deveria ser também objecto de reflexão e correcção de eventuais rotas erradas.

No final deste post não consigo deixar de escrever um reparo. Lamento a forma como se continua a debater de forma muitas vezes leviana a questão trabalho infantil, e lembro o caso de um grande amigo que só conseguiu evitar um emprego como operário da construção civil, porque os seus pais, ele e o seu irmão, se desdobraram durante uma dezena de anos a cozer sapatos à noite e ao fim de semana, para que a situação económica familiar lhe permitisse obter um curso superior que lhe garante hoje uma vida melhor a todos os níveis. Às tantas o problema é bem profundo... Bem mais profundo e com muito mais questões associadas do que aquelas que normalmente se têm levantado.

10 comentários:

Sérgio Martins disse...

Estou admirado! 1:40h depois de na RTP1 ter passado uma reportagem sobre o ISCEF e o Peixnho ainda não disse nada?!! :)
(desculpa Hélder...)

CP disse...

5:50 e cinquenta depois e nada!
(desculpa Hélder...)

José Carlos Pereira disse...
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José Carlos Pereira disse...

Caro CSI:

Estamos nisto não para arrumar com ninguém, inclusive com os políticos.
O que pretendemos é que as nossas reuniões não sejam partidarizadas -não somos "políticos de carreira"; apenas intervenientes no debate político, como fenómeno de cidadania.
Por outro lado, não somos poder, nem somos nem seremos contra-poder, contribuindo desta forma para o debate democrático de ideias e projectos políticos, que outros - representantes do povo legitimados pelo sufrágio eleitoral - têm legitimidade para aprovar ou chumbar.
Saudações democráticas.
JCP

HQuintela disse...

... Meus caros não desculpo... Como dizia o caro Armando Esse em outro post este é um assunto muito importante para o panorama concelhio... E nada...

Pelos vistos as almas só se agitam quando se fala de partidos e poder...

Sérgio Martins disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Sérgio Martins disse...

E com toda a razão Hélder.
Este problema do desemprego está a chegar a níveis extremamente preocupantes em Felgueiras. Já são cerca de 5.000 desempregados num concelho conhecido há apenas 5 anos atrás pelo seu pleno emprego. Estranho é que não se ouve ou vê uma única declaração da autarquia sobre esse assunto.

armando s. sousa disse...

O desemprego é deveras preocupante em Felgueiras, no entanto a falta de fiscalização torna os números obscenos.
É um facto demais conhecido publicamente que centenas mesmo milhares, de desempregados estão a trabalhar e inscritos no centro de emprego para receber o subsídio do Fundo de Desemprego.
Também é um facto que muitos dos desempregados não querem trabalhar, excepto nas condições por eles estipuladas.
Por fim é mais que certo que o desemprego aumentará nos próximos tempos no Concelho de Felgueiras com o desmantelamento de muitas unidades industriais, aliás Felgueiras voltou a ser um Concelho de imigrantes.
Quanto ao caso de trabalho infantil despoletado pelo Expresso, é apenas um exercício de muito mau jornalismo, que vindo da parte de um jornal sério, causa alguma mossa a Felgueiras e a Portugal.
A definição de trabalho infantil não se adequa a estas crianças da reportagem, aliás a própria Organização Internacional do Trabalho, prevê que as crianças possam ajudar no elevamento do orçamento familiar, se não abandonarem a escola e se o trabalho não for violento.
No entanto, não deixa de ser preocupante que, lado a lado, com a ostentação, exista tanta pobreza no nosso Concelho.
Um abraço

HQuintela disse...

Não poderia estar mais de acordo caro Armando, como transmito no meu post.

armando s. sousa disse...

Gostaria apenas de fazer uma afirmação e uma pergunta.
O Inácio Lemos, para a esmagadora maioria dos socialistas felgueirenses exerceu o cargo de presidente da CP do PS Felgueiras levianamente, que lhe custou a reeleição e uma esmagadora vitória do Eduardo Bragança, que pessoalmente até o considero muito competente.
É-me completamente indiferente, se Inácio Lemos, exerceu o cargo para que foi eleito, de uma forma competente ou não.
No entanto, nas afirmações do Cana da Grossa, algo me perturba quando diz "Só espero que não me responda em tom de defesa do bom nome ...".
Há alturas em que se deve distinguir o político, do cidadão, porque senão estamos numa situação de puro ataque pessoal.
Logicamente que o ataque pessoal é a forma mais fácil de atingir qualquer objectivo, excepto, que atropela todos os direitos fundamentais e acima de tudo, atropela o direito da liberdade de expressão.
Agora vêm a pergunta, o Inácio Lemos não tem direito de opinião?
Por fim quero deixar bem claro que me é completamente indiferente as guerras partidárias mas não as da liberdade de expressão.
Um abraço.