Lá diz o velho ditado, «terra quanta vejas e casa quanta caibas» e como ditado popular que é, reflecte a experiência e sapiência do povo, ao longo de muitos anos, pretendendo dar mais importância à propriedade que produz rendimento em detrimento daquela que só traz despesa.
A Autarquia de Felgueiras pretende adquirir um imóvel por 500.000,00 euros, na Praça da República, mesmo por detrás do edifício camarário. A justificação principal apresentada pela Autarquia, assenta na necessidade de espaço para os serviços e diversos departamentos, necessidade essa que se constata, facilmente, bastando para isso verificar o número de serviços dispersos pela cidade.
É do conhecimento geral que era vontade (e presumo que ainda seja) da Presidente da Câmara, construir um edifício municipal, novo e de raiz, no espaço compreendido entre o actual edifício camarário e o dito imóvel, objecto desta compra. E assim sendo, nada mais natural do que procurar, nesta altura, criar um amplo debate sobre este tema, de forma a resolvê-lo definitivamente em vez de pensar apenas no curto prazo.
Senão, vejamos. A aquisição deste imóvel não vai resolver o problema da autarquia, por vários motivos, sendo o mais óbvio que os serviços que funcionam, neste momento, no edifício Campo da Feira, ocupam mais espaço do que aquele que o imóvel oferece, tendo que ficar a Câmara com mais e não menos imóveis. Depois, o facto de continuar a ter os serviços espalhados por vários edifícios leva consequentemente a uma dispersão de recursos humanos e financeiros, baixa produtividade, custos elevados de manutenção e aquisição de vários imóveis e pior atendimento (por exemplo, para se celebrar um contrato de água é necessário ir ao edifício Campo da Feira realizá-lo e depois ir à tesouraria, que fica no edifício camarário, pagá-lo). E porque não equacionar desde já num edifício novo, idealizado para albergar todos os serviços municipais, centralizando, poupando nos recursos humanos e financeiros, aumentando a produtividade e ficar no actual edifício camarário a presidência, vereação e assessorias, bem como a Assembleia Municipal, dando outro prestígio e dignidade às instituições camarárias? Depois, a Autarquia é já proprietária de terrenos onde pode construir um novo edifício camarário, nomeadamente nas «Portas da Cidade» - lote esse, já destinado a edifício público administrativo -, e que permite cerca de 2800 m2 de construção, mais do que suficiente para todos os serviços. E por fim, mas não menos importante, será justo que este Executivo Municipal diga por um lado, que está no «limiar da bancarrota», pedindo paciência aos presidentes de junta que já não vão realizar as suas obras e a nós munícipes que já não as vamos ter, e por outro pague 500.000,00 euros por um imóvel que não resolve o principal problema?
A Autarquia de Felgueiras pretende adquirir um imóvel por 500.000,00 euros, na Praça da República, mesmo por detrás do edifício camarário. A justificação principal apresentada pela Autarquia, assenta na necessidade de espaço para os serviços e diversos departamentos, necessidade essa que se constata, facilmente, bastando para isso verificar o número de serviços dispersos pela cidade.
É do conhecimento geral que era vontade (e presumo que ainda seja) da Presidente da Câmara, construir um edifício municipal, novo e de raiz, no espaço compreendido entre o actual edifício camarário e o dito imóvel, objecto desta compra. E assim sendo, nada mais natural do que procurar, nesta altura, criar um amplo debate sobre este tema, de forma a resolvê-lo definitivamente em vez de pensar apenas no curto prazo.
Senão, vejamos. A aquisição deste imóvel não vai resolver o problema da autarquia, por vários motivos, sendo o mais óbvio que os serviços que funcionam, neste momento, no edifício Campo da Feira, ocupam mais espaço do que aquele que o imóvel oferece, tendo que ficar a Câmara com mais e não menos imóveis. Depois, o facto de continuar a ter os serviços espalhados por vários edifícios leva consequentemente a uma dispersão de recursos humanos e financeiros, baixa produtividade, custos elevados de manutenção e aquisição de vários imóveis e pior atendimento (por exemplo, para se celebrar um contrato de água é necessário ir ao edifício Campo da Feira realizá-lo e depois ir à tesouraria, que fica no edifício camarário, pagá-lo). E porque não equacionar desde já num edifício novo, idealizado para albergar todos os serviços municipais, centralizando, poupando nos recursos humanos e financeiros, aumentando a produtividade e ficar no actual edifício camarário a presidência, vereação e assessorias, bem como a Assembleia Municipal, dando outro prestígio e dignidade às instituições camarárias? Depois, a Autarquia é já proprietária de terrenos onde pode construir um novo edifício camarário, nomeadamente nas «Portas da Cidade» - lote esse, já destinado a edifício público administrativo -, e que permite cerca de 2800 m2 de construção, mais do que suficiente para todos os serviços. E por fim, mas não menos importante, será justo que este Executivo Municipal diga por um lado, que está no «limiar da bancarrota», pedindo paciência aos presidentes de junta que já não vão realizar as suas obras e a nós munícipes que já não as vamos ter, e por outro pague 500.000,00 euros por um imóvel que não resolve o principal problema?
* [Sérgio Martins in Expresso de Felgueiras 9 Junho 06]
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