«Poder (do latim potere) é o direito de deliberar, agir e mandar. Ter a faculdade ou a possibilidade de algo, de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância. Ter o domínio, a influência ou a força. Deter o direito de posse ou de jurisdição. Possuir os recursos e meios. É ter a capacidade ou a aptidão para algo. Poder é ainda o exercício do governo de um Estado. A Sociologia geralmente define poder como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. Os Políticos consideram poder como a capacidade de impor sem alternativa para a desobediência. O poder político, quando reconhecido como legítimo e sancionado como executor da ordem estabelecida, coincide com a autoridade, mas há poder político distinto desta e que até se lhe opõe, como acontece na revolução ou nas ditaduras.»
Muitos acreditam que o seu poder, reside na magnificência da sua sabedoria, razão e competência, que lhe concede uma existência num patamar inalcançável para o comum dos mortais. Outros acreditam que o seu poder resulta do facto de terem sido tocados e recebido um dom especial. E existem ainda aqueles, que consideram que o poder está na ponta da caneta, ou no teclado do computador, considerando a comunicação social no seu sentido mais lato (englobo aqui também os blogs) um novo poder.
Frequentemente surgem nos mais diversos quadrantes acusações de abuso de poder, podendo lembrar-nos assim rapidamente daquilo que se tornou público no Marco, que se traduzem no não reconhecimento da razão a outros que não estejam alinhados com a opinião dominante, na redução de direitos, liberdades e garantias, em estratégias de divisão.
13 comentários:
Post Scriptum
Gostaria de ouvir os nossos leitores sobre os limites de qualquer poder, independentemente das características geográficas e forma.
“ O autêntico problema da democracia não consiste no habitual enfrentamento entre uma maioria silenciosa e uma minoria reivindicativa ou loquaz, mas no predomínio geral da maré da ignorância”, são os cidadãos ignorantes, todos com direito a voto, que sustentam os demagogos e os populistas que prometem “ paraísos gratuitos ou a vingança brutal das suas frustrações à custa de qualquer bode expiatório”.
Quanto ao livro de Dan Brown, "Fortaleza Digital" além de ser o pior livro que li do autor, foi o pior livro que li este ano e sinceramente não me lembro de ler um livro tão vazio, mas diga-se em abono da verdade, que gostos não se discutem.
Um abraço
O meu interessante vem do facto da costela informática. Trata-se de um livro atractivo para tentar perceber aspectos ligados à segurança informática (NSA), e ao abuso de poder ou não que segundo alguns existe no controlo das comunicações electrónicas por parte dessa agência ultra-secreta americana - NSA.
Quanto ao resto ficção...
Então vai mais um pouco de informação sobre a NSA:A maior e mais secreta agência americana de informações. Criada em 1952 com o objectivo de captar comunicações estrangeiras e salvaguardar as transmissões americanas, a NSA (acrónimo de National Security Agency, agência nacional de segurança) recolhe e analisa comunicações por computador, sinais telefónicos e outros dados electrónicos, reunindo informações que possam afectar a segurança nacional. Conhecido como o Palácio do Puzzle, o quartel-general desta agência secreta está localizado no forte Meade, no estado de Maryland. Actualmente a NSA é dirigida pelo tenente-general Michael V. Hayden.
A NSA é um dos centros mais importantes de análise, pesquisa e desenvolvimento das línguas estrangeiras.
A NSA foi criada através de um memorando presidencial secreto e a sua existência só foi reconhecida oficialmente em 1962. Operando fora dos circuitos normais da contabilidade governamental, o seu orçamento (também secreto) estima-se ser da ordem dos vários milhares de milhões de dólares. No forte Meade estão instalados vários supercomputadores Cray, que analisam constantemente todos os dados provenientes de variadas fontes de informação.
Em 1976, o seu sistema de computadores Harvest interceptou 75 milhões de mensagens individuais, das quais 1,8 milhões foram sujeitas a análises mais cuidadas, pois o seu conteúdo foi considerado suspeito. A NSA emprega os melhores codificadores do país. Crê-se que seja a maior detentora de matemáticos dos EUA e talvez do mundo. Estes matemáticos contribuem directamente para as duas missões da Agência: conceber sistemas de criptografia, protegendo a integridade dos sistemas informáticos americanos e pesquisar os pontos fracos dos sistemas e códigos adversários.
...E logicamente que somos totalmente controlados.
Um abraço.
Esqueci-me de dizer uma coisa:certamente este post vai ser espiolhado pela NSA, como são todos os que tem a palavra NSA.
Ah... E eu de agradecer o contributo, embora conheça bem esses detalhes.
Mas meus caros, voltem lá é a discutir os aspectos do Poder...
Embora o controlo das comunicações e da informação, efectuada como por exemplo pela NSA (No Such Agency - Não Existe Semelhante Agência :-)) quando efectuado indevidamente, sem estar assente em aspectos de segurança nacional ou mundial, assume um claro abuso de poder.
Caros amigos,
Sem dúvida que os meios de comunicação social representam um (determinado tipo de) poder. Os blogues – no geral - estão muito longe disso. Acho até que não é isso que se pretende em 98% (claro que arrisquei a percentagem) dos casos.
Mas, alguns tipos de blogues – onde penso que o F2005 se enquadra – questionam, colocam as pessoas a pensar, a comparar, que apontam soluções, começam a incomodar alguns poderes instalados, e em Felgueiras isso também acontece.
E acontece porquê? Porque as pessoas que exercem o Poder em Felgueiras têm uma concepção de Democracia um bocado distorcida. Aqui as regras não são as da república democrática, mas sim a do «se não és por mim és contra mim» como se o facto de eu discordar de alguém seja crime, muito menos de ofensa. Como bem comparas Hélder, por vezes Felgueiras faz lembrar o que de pior existiu no Marco de Ferreira Torres. Há alguns sinais, de que vos falarei mais tarde, inquietantes na nossa democracia felgueirense. Como dizem os entendidos, há um grande SPIN em movimento.
Caro Sérgio Martins, em nenhum momento eu efectuei qualquer comparação entre Felgueiras e o Marco.
Trata-se uma discussão sobre o poder e como o poder deve ser exercido.
Recentemente li um artigo do psicólogo brasileiro Ricardo Vieira, que levantava cinco indicadores das mudanças que ocorrem quando as pessoas atingem o poder. Dizia ele que a primeira grande mudança é a forma de vestir. O fato e a gravata, logicamente para os homens e os “tailleurs” para as senhoras, que antes eram usados em circunstâncias especiais, passam a ser usados todos os dias, mesmo quando não necessários. Em segundo lugar, mudam as relações pessoais. Os antigos amigos são substituídos por novos companheiros, que leva a pessoa que atingiu o poder a sentir-se menos ameaçada. O ser “mal considerado” tem que ser evitado a qualquer preço, por quem ocupa a cadeira do poder. Em terceiro lugar, altera o comportamento com os outros, tornando-se autoritário com os seus subordinados. Gritar e ameaçar, começam a fazer parte do seu dia a dia. Em quarto lugar, aqueles que chegam ao poder, mudam frequentemente os antigos apoios e alianças. Por último, no exercício do poder, a pessoa tem resistência em fazer auto-crítica. Antes, criticava tudo e todos, mas, logo que passa a ocupar o poder, não suporta a mínima crítica. Infelizmente assim é o poder: seduz, corrompe, decepciona e torna cegos e surdos a crítica os seus ocupantes temporários.
Um abraço
Caro Hélder,
Bem vistas (e melhor lidas)as coisas, de facto não comparas, a comparação é apenas minha, mas não deixa de ser verdade.:)
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