Nasci ainda antes da Revolução, não o bastante para ter a percepção do que foi viver noutro regime que não o democrático. Cresci, portanto, ao mesmo tempo que a nossa Democracia, assim como um irmão mais velho, pouco mais. A ela me fui habituando, conhecendo as suas virtudes mas também as manhas, habilidades, problemas. Por vezes fico desapontado. Claro!
Cá no nosso «paraíso», «terra onde vale a pena viver», a Democracia está enferma, não por ter vencido um movimento de cidadãos sempre presente espiritualmente, não, porque aí ganharam de forma estrondosa, por mérito próprio e muita inépcia dos adversários, no exercício mais sublime da democracia, que é o do voto, mas porque as mesmas regras – do voto - que levaram o meu partido a mais uma derrota autárquica, possam ser deturpadas.
Eu explico. A próxima Assembleia Municipal marcada para amanhã, mereceu destaque especial por parte da Câmara Municipal para com os Presidentes de Junta, convocados inéditamente para uma reunião de preparação da A.M., conforme consta da convocatória enviada. Para além da intromissão institucional óbvia, vexatória e redutora das capacidades dos convocados, a que se pode dever tamanho interesse por esta A.M. em particular? Atenta a ordem de trabalhos, o único ponto que se reveste de maior importância é o quinto da sua ordem, que pretende aprovar a aquisição de um imóvel por 500.000,00 euros. E agora já se percebe a importância da reunião. A Presidente de Câmara, numa operação de SPIN, capaz de fazer inveja a Karl Rove (assessor de Imprensa de George Bush, mas na realidade o «spin doctor» responsável pela sua eleição e por resolver as frases menos conseguidas do presidente), chama os presidentes de junta para lhes entregar umas vãs promessas de obras ou protocolos na esperança de que esse facto lhe garanta os votos, necessários, para aprovar esse dislate que é a aquisição do imóvel. E isto é deturpar as regras da Democracia. Como é possível que na anterior assembleia municipal se diga aos presidentes eleitos que a câmara está no limiar da bancarrota e que não vão ter verbas para as suas obras e na reunião a seguir se peça para avalizar uma compra de 500.000,00 euros? Está na hora da acção, na acção do voto e como escreveu Victor Hugo na sua mais sublime obra que é «Os Miseráveis», «Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a acção é indispensável»
Cá no nosso «paraíso», «terra onde vale a pena viver», a Democracia está enferma, não por ter vencido um movimento de cidadãos sempre presente espiritualmente, não, porque aí ganharam de forma estrondosa, por mérito próprio e muita inépcia dos adversários, no exercício mais sublime da democracia, que é o do voto, mas porque as mesmas regras – do voto - que levaram o meu partido a mais uma derrota autárquica, possam ser deturpadas.
Eu explico. A próxima Assembleia Municipal marcada para amanhã, mereceu destaque especial por parte da Câmara Municipal para com os Presidentes de Junta, convocados inéditamente para uma reunião de preparação da A.M., conforme consta da convocatória enviada. Para além da intromissão institucional óbvia, vexatória e redutora das capacidades dos convocados, a que se pode dever tamanho interesse por esta A.M. em particular? Atenta a ordem de trabalhos, o único ponto que se reveste de maior importância é o quinto da sua ordem, que pretende aprovar a aquisição de um imóvel por 500.000,00 euros. E agora já se percebe a importância da reunião. A Presidente de Câmara, numa operação de SPIN, capaz de fazer inveja a Karl Rove (assessor de Imprensa de George Bush, mas na realidade o «spin doctor» responsável pela sua eleição e por resolver as frases menos conseguidas do presidente), chama os presidentes de junta para lhes entregar umas vãs promessas de obras ou protocolos na esperança de que esse facto lhe garanta os votos, necessários, para aprovar esse dislate que é a aquisição do imóvel. E isto é deturpar as regras da Democracia. Como é possível que na anterior assembleia municipal se diga aos presidentes eleitos que a câmara está no limiar da bancarrota e que não vão ter verbas para as suas obras e na reunião a seguir se peça para avalizar uma compra de 500.000,00 euros? Está na hora da acção, na acção do voto e como escreveu Victor Hugo na sua mais sublime obra que é «Os Miseráveis», «Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a acção é indispensável»
[Sérgio Martins - «Expresso de Felgueiras» 23 Junho 07]
1 comentário:
Caro Golfinho,
Confesso que começou bem mas depois não percebi.
Não percebi a questão do marketing,(percebo mais e melhor?) depois a questão de que me escreve para dizer uma série de questões de acesso à justiça para por fim, chegar ao que pretendia: "deixe este projecto de opinar quinzenalmente!" ???? como?
Proveitos???
Que eu saiba quem administra o meu tempo ainda sou eu! assim como onde escrevo ou não. se não gosta dos meus artigos, passe à frente, tem mais duas crónicas de opinião para ler no mesmo jornal.
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