quinta-feira, outubro 29

Vitória !! (*)

Mais do que PSD, CDS-PP ou mesmo Nova Esperança, o que se ouvia nos gritos das pessoas era Vitória!!
Foi uma vitória de todos os felgueirenses, de todas as idades e de todas as orientações políticas. Foi uma vitória pela mudança, pela esperança de um futuro melhor. Foi a vitória de uma mensagem de esperança e de um rosto: Inácio Ribeiro. Foi com profunda humildade de quem conhece os felgueirenses, os seus desejos e as suas dificuldades que Inácio Ribeiro se apresentou a votos, rodeando-se de uma equipa jovem, tecnicamente apta e desejosa de mostrar que são capazes de fazer melhor. Os felgueirenses confiaram e escolheram de uma forma inequívoca, o que queriam. Isto também representa uma enorme responsabilidade para os eleitos. Chegou a hora de trabalhar e ninguém espera que a tarefa seja fácil.
Fátima Felgueiras foi a grande derrotada da noite e assumiu isso pessoalmente. Soube encarar a derrota e cedo percebeu a tragédia que os números provariam ser. Foi confrangedor verificar o abandono dos “seguidores” de longos tempos, dependentes de favores, de empregos ou simplesmente daqueles que gostam de estar colados ao poder. Muitas caras vi, no meio da multidão que aplaudia Inácio Ribeiro, conhecidas de outras andanças. Fátima Felgueiras será uma mulher muito só neste momento. “Decapitado” que está o Movimento Sempre Presente (MSP), será muito difícil a sua sobrevivência política, salvo se, fruto da ambição de um dos vereadores eleitos e de algum capital político que detenha, consiga arregimentar o resto do movimento para o futuro. Assim, veremos ao longo deste mandato uma colagem, de uns ao grupo parlamentar da coligação e de outros ao PS devido à proximidade ideológica. Outro dos derrotados da noite de 11 de Outubro foi o PS. É legítimo que Eduardo Bragança queira assumir o mandato de vereador para o qual foi democraticamente eleito, tendo declarado que o faria ainda antes de conhecidos os resultados aos microfones da Rádio Felgueiras. Contudo, um candidato à câmara que obtém menos mil votos que o candidato à Assembleia Municipal (na última crónica referi a mais valia que Júlio Pereira representava para o PS) tem que tirar as devidas ilações daí. O seu afastamento nesta altura, colocando pessoas da sua confiança política na concelhia permitia-lhe outra margem de manobra enquanto vereador para se recandidatar daqui a quatro anos, como é sua ambição pessoal. Erros políticos à parte, resta o MPT cujo rosto, Horácio Costa, apareceu sempre associado ao processo “saco-azul” não conseguindo passar outra ideia diferente daquela. O desgaste que pensaria fazer na candidatura de Fátima Felgueiras não se verificou. O Bloco de Esquerda (BE) bem que se esforçou durante toda a campanha, tendo Joaquim Santos Pinho e Jorge Silva mostrado a “garra” bloquista. Seria interessante ver o comportamento de um membro do BE na A.M, mas foram vítimas do chamado voto útil. A CDU esteve completamente afastada de todo o processo eleitoral, inexistente e sem aparecer. Os resultados não espantam.
Inácio Ribeiro, tal como defendi aqui e no programa “Conversas Cruzadas” da Rádio Felgueiras, ainda se falavam em nomes de putativos candidatos, manifestou ser a pessoa certa para a, até agora inalcançável, tarefa de vencer as eleições autárquicas em Felgueiras. O único problema, para mim, é que terei que o começar a tratar por Sr. Presidente. Sendo assim, no dia da tomada de posse lá estarei, Sr. Presidente!
(*) Expresso de Felgueiras, 16 de Outubro 2009

1 comentário:

Anónimo disse...

A vitória é na verdade o que se desejava para Felgueiras concelho, mas há alguns que se arvoram vitoriosos que estão a abusar,como o coitadonho do diário, quase que obrigando todo o mundo a por atenções se o novo presidente lhe vai aparar o jogo.