quinta-feira, março 25

Palavras para quê?

A C.M. Felgueiras celebrou protocolos com as juntas de freguesia para a manutenção de 149 dos cerca de 1000 km da rede viária do concelho. É um enorme esforço, já que, representam cerca de 340 mil euros. Começa a ser absolutamente notória e pública a diferente forma de fazer política deste executivo. Todas as JF vão receber a comparticipação financeira de acordo com a proporcionalidade de cada uma das freguesias, mais justo não há. E se ainda alguém tinha dúvidas Inácio Ribeiro dissipou-as afirmando:

“Queremos fazer mais, nós, executivo municipal, e vós, eleitos pelas populações, para resolvermos os problemas do concelho. Esta é uma parceria de bom entendimento e de corporação com todos, independentemente da cor política que cada um de vós representa na respectiva junta”. [negrito meu]

6 comentários:

Bruno Carvalho disse...

Caro Sérgio

A forma como esta notícia foi posta a circular pela maioria da NE, é a melhor imagem do populismo que este executivo pratica.

Em primeiro lugar não é verdade que todas as freguesias tenham acesso a estes protocolos porque Lordelo e Lagares não o poderão fazer porque a Nova Esperança inviabiliza qualquer solução de executivo das respectivas freguesias.

Em segundo lugar as verbas não se destinam apenas à rede viária, mas também a reparações nas escolas e toponímia.

Em terceiro, esquecendo-se das críticas que no passado fizeram, utilizaram a mesma metodologia do passado e apenas disponibilizam para estes protocolos 1/5 do valor do orçamento.

Não tenho dúvidas que os outros 4/5 terão como critério o cartão laranja.

Jorge Silva disse...

Bom Dia Sérgio,
Pelo que me foi transmitido também não concordo 100% com esta notícia uma vez que se é verdade que as verbas aumentaram também vai aumentar a área de intervenção das Juntas (pelo menos no que diz respeita a Rede Viária). Por isso vamos ver se realmente este aumento se torna mesmo no aumento ou pelo contrário se torna em mais uma grande dor de Cabeça para os responsáveis das Juntas de Freguesia.
Jorge Silva

Anónimo disse...

Não tenho comentado muito, mas desta feita penso dever fazê-lo porque, de qualquer forma, é melhor haver protocolos assim... que nada, ou como antigamente para determinadas freguesias. Bastando haver hipóteses de finalmente serem atendidos casos como o da toponímia, tão esquecido anteriormente, além do mais que estará subjacente, para haver esperanças num futuro melhor.
Quando em qualquer terra do interior, aldeias e Cª, já há placas toponímicas há muitos anos, na maioria das freguesias do concelho de Felgueiras isso tem passado ao lado, entre tantos exemplos. Posso vir a enganar-me, porque nada é infalível, mas tenho fé que Felgueiras irá progredir, futuramente. Já sei que vão aparecer as escritas do costume a rebater estas e outras opiniões, mas esta é simplesmente a minha ideia, e mais nada.
Abraço
Armando Pinto
http://www.longara.blogspot.com/

Sérgio Martins disse...

Caro Bruno,

Sobre a questão do populismo até me vou abster de comentar…
Todas as JF (com excepção das duas por si referenciadas, porque incompreensivelmente não há um entendimento, com prejuízo evidente para as populações) podem assinar (e julgo já terem) os protocolos se assim o entenderem.
Independentemente da finalidade dos protocolos o que eu enalteci foi a rapidez, a transparência (todos os presidentes de JF sabem os valores por km, etc… ) de forma a que cada um não se sinta prejudicado. É normal que as verbas vão sendo libertadas em função das necessidades das JF e não numa só verba anual.
Por último, penso que a frase que eu citei do presidente da autarquia Inácio Ribeiro, esclarece todas as dúvidas quanto ao uso do “cartão laranja”. Não há mais regresso ao passado, onde se via um role enorme de presidentes de junta a queixarem-se da descriminação de que eram vítimas, até para a simples marcação de uma audiência…

Sérgio Martins disse...

Caro Jorge,

Por aquilo que julgo saber as competências são transferidas com as respectivas verbas, é que há presidentes com muitas capacidades mas a fazer o milagre da multiplicação não conheço.

J Santos Pinho disse...

Olá Amigo Sérgio:

«Todas as JF vão receber a comparticipação financeira de acordo com a proporcionalidade de cada uma das freguesias, mais justo não há.»

É uma opinião (respeitável, como todas).

Não sei exactamente ao que se refere quanto utiliza o critério da "proporcionalidade" de cada uma. Receio mesmo que essa proporcionalidade cave um fosso ainda maior entre freguesias grandes e pequenas. Ele seria, eventualmente, aceitável se todas as freguesias partissem do mesmo patamar de desenvolvimento, o que manifestamente não acontece.

Tratar por igual aquilo que é, naturalmente, desigual não me parece justo nem honesto.

E se, efectivamente, se pretende um desenvolvimento harmonioso não deveria existir uma maior solidariedade nas distribuição dos recursos pelas ditas freguesias?

Um Abraço

J Santos Pinho