quarta-feira, março 4

Não pensem que não gosto…(*)

Época de Carnaval. De norte a sul, festas de aldeia mais ou menos tradicionais até cortejos elaborados com meninas sambistas com temperaturas ainda de inverno, ou não fossemos nós, os portugueses da ilha da Madeira, que levamos o Carnaval para o Brasil. Agora importamos trejeitos brasileiros, carros alegóricos, moças roliças e andamentos de bateria. Depois, montamos tudo no cimo de uns carros alegóricos (uns quantos tractores também servem à falta de melhor), com alguma sátira política e social e o conjunto está feito. Ah! Faltava, claro, o foguetório, esse tão português foguetório que festa que se preze de o ser não prescinde! É necessário chamar os foliões e nada melhor que um belo e sonoro conjunto de petardos para causar alarido e anunciar que os marchantes estão prontos.
Não pensem que não gosto do Carnaval, eu até gosto de palhaços e tudo!
O que não gosto, mesmo, é de pinóquios. A sério. Não gosto do menino de madeira que, confrontado com algumas faltas à verdade, vê o seu pobre e pequeno nariz crescer de forma nada proporcional às mentiras que conta. Por isso não percebo o amuo do primeiro-ministro e a irritação do “caceteiro da direita” deste governo PS com o cartaz em que a JSD apresentou José Sócrates com um nariz um bocado maior que o que costuma usar. Apesar de não gostar do Pinóquio, estou solidário com ele. É uma injustiça o que lhe estão a fazer. Perante as mentiras do primeiro-ministro o nariz deste deveria aparecer bem maior no cartaz.
Não pensem que eu não gosto do primeiro-ministro. O que eu não gosto é que ele nos faça de palhaços!
Este primeiro-ministro gosta mesmo de brincar. Primeiro diz a toda a gente que é “engenheiro” com uma cadeira de inglês técnico, assina uns projectos de umas casas que (ao que dizem) não foi ele que as fez. Depois, há quem faça uma campanha negra (racistas!) dizendo que estará envolvido num licenciamento duvidoso de um espaço comercial designado por Freeport e por último (não sei se enquanto escrevo este texto ele pregou uma partida a mais alguém) diz que não sabia do acordo entre a CGD e um empresário particular com umas acções de uma grande empresa pelo meio, em que o favorecido é… o empresário, quando este foi publicamente anunciado uns dias antes.
Não pensem que eu não gosto da CGD! O que eu não gosto é que sobre sempre para os mesmos…
(*) Expresso de Felgueiras, 27 Fevereiro 2009

2 comentários:

Quo Vadis disse...

Bom dia
Embora interessante de ler e concordando ou nao com algumas dissertaçoes que faz acerca de temas de ambito nacional,seria quiça de alguma valia ouvir a sua opiniao sobre assuntos pertinentes da vida local,cujo decisório puderá ser de uma influência vital para o futuro politico do Concelho,por exemplo e deixava-lhe uma dica,a possibilidade de ser criado um movimento de coligaçao entre os três partidos de maior expressao eleitoral de forma a definitivamente fechar o ciclo Fatima Felgueiras.

Sérgio Martins disse...

Sobre Felgueiras escrevo quase sempre. Inventar teorias e conspirações para escrever postas ou lançar a confusão, deixo para outros. Sobre um “bloco central” em Felgueiras, ainda acha, sinceramente possível?