quinta-feira, março 12

Bloco Central (II)

No meio de tanto empenho para defender um “centrão” esperava argumentos de peso, contudo, continuo a assistir a um escorrer de lamúrias, de lugares comuns, de evidências, completamente focados nos problemas e não nas soluções. Esse é um dos nossos grandes males, os problemas são conhecidos, aceites até por quem exerce o poder, mas não há verdadeiros argumentos, o que é pena.

4 comentários:

Quo Vadis disse...

Boa Tarde
Olhe em linguagem médica diria ,"Após as queixas,meios auxiliares de diagnóstico,com os resultados análise e só então partir para o tratamento, embora muitas vezes uma simples pilula de acuçar pelo efeito placebo ou então um bom psicólogo resolva o problema,sâo conhecidos os efeitos clinicos da ansiedade,do stress e muitas vezes de alguma hipocondria latente.

Sérgio Martins disse...

Em linguagem de brincadeira, diria: óptimo, já está bem aconselhado e medicado. Em linguagem que se pretende mais séria: não vale a pena atirar “ideias” para o ar sem argumentos de suporte, sejam eles difíceis ou fáceis de rebater.
Das duas uma. Ou não consigo, de todo, ler aquilo que escreve no meio de tanta erudição, ou não descobri um único argumento a favor do “centrão” a não ser o muito pouco recomendável: esta é a única alternativa viável a uma candidatura de Fátima Felgueiras.

Quo Vadis disse...

Boa Tarde
Vou manter este conflito argumentativo por duas razoes essenciais:
1- Porque considero ser uma obrigaçao um dever como lhe queiramos chamar o direito á informaçao,tendo em conta que a sua preocupaçao é ler nas entrelinhas eu iria ser mais objectivo. A saber os últimos 4 anos e reportava-me sómente a esses o Concelho onde laboramos e ou vivemos regrediu de uma forma exponencial,alterando para pior a qualidade de vida dos seus cidadaos,neste mesmos 4 anos assistimos a um folclore despesista, populista e de desinteresse pela coisa pública.
Nos mesmos 4 anos acentuou-se a incapacidade reinvindicativa ou de interlucoçao válida junto do poder central.
Felgueiras passou ao lado de todos os grandes investimentos estruturais, quer no capitulo da saude ,quer no capitulo da educaçao, do investimento empresarial ,do desportivo assim como do cultural, a referência ao eixo de desenvolvimento litoral é hoje de uma abissal distância sendo sim Felgueiras cada vez mais um exemplo do interior extrocizado e decadente.
Temos um Municipio desregrado urbanisticamente, de uma estética mediocre, passamos de área de pleno emprego para zona de conflito social, tendo neste momento uma das taxas mais elevadas de desempregados do Distrito do Porto, a politica dos investimentos infraestuturais para captaçao de novos investidores nao existe ou é um fracasso total, falta uma politica de juventude, de ocupaçao dos tempos livres dos nossos jovens e idosos, de acompanhamento da pobreza, de informaçao e conhecimento das realidades empresariais do concelho, a gestao de recursos por escassa que seja só serve os interesses de alguns e nao do colectivo, num Concelho desta dimensao nao é possivel termos dois pesos e duas medidas no que concerne o investimento na melhoria da vida dos felgueirenses sómente porque vivem na freguesia X ou Y.
2- Elencados alguns dos problemas que têm mantido Felgueiras neste movimento uniformemente retardado, diria que sim é altura de criar uma nova dinâmica, assente em competência em mérito com recrutamento dos melhores, talvez pela simples razao de o Concelho nao ter mais condiçoes para estar adiado mais 4 anos, talvez por isso o romantismo de aceitar como boa em condiçoes excepcionais a possibilidade de um bloco capaz de criar essa onda de vitória de empenho de atitude de trabalho e de sedimentaçao junto da populaçao para obstar a mais um mandato de ostracismo,ostentaçao,arrogancia e essencialmente disfuncionalidade na acçao.
Se a sua preocupaçao, está única e simplesmente centrada em Fatima Felgueiras a minha nao, a minha está e estarä sempre focada na infelicidade de até hoje termos sido incapazes de demonstrar á populaçao o mérito das nossas propostas, demonstrando que a competência a dedicaçao o serviço a capacidade e a disponibilidade para a coisa pública nao se confina a uma restrita oligarquia de felgueirenses iluminados e genéticamente predispostos para guiar os destinos deste Concelho.
Estas sao as razoes que me levam a em tese nao o entender muitas vezes, talvez por nunca ter exercido cargos públicos ou ter estado sempre de poltrona a interpretar o que vai no intimo de todos os que têm tentado pelo menos remar contra nao a maré mas o marasmo que se tornou a vida deste municipio.
Assacar culpas ajuda na reflexao mas nao contorna ou ajuda na resoluçao dos problemas. Talvez por isso cada um de nós deve humildemente aceitar uma parte das culpas em todo este processo, pelo simples motivo de cada um de nós ser parte do problema e nao parte da resoluçao.

Sérgio Martins disse...

Meu caro Quo Vadis,
Começando pelo fim. Claro que nunca exerci um cargo público, mas nem por isso deixei de estar na primeira linha do combate e da denúncia do que de mal se passa neste concelho, pelo menos desde 2004 em blogues e em militância partidária e desde os meus 17 anos. Com essa idade já eu fazia manifestações à porta da câmara. Mas isso é acessório, o principal é o tema “bloco central”.
Vou ver se me faço entender, já que, por certo a culpa é minha.
Os males do concelho já nós sabemos, são crónicos, não apenas deste mandato mal desde muito antes quando o PS governava também a câmara, certo que com Fátima Felgueiras, mas cooperante e calado. Descobriram todo o mal depois, tardiamente. O que eu pretendo saber é, que mais-valia trará um bloco central e de que forma pode ser implantado. Já coloquei uma série de questões que não vi respondidas sobre as dúvidas que tenho sobre tal formação. Mas não sou um “fanático”! Se face ao que vir a ser apresentado (se vier, já que me parece mais uma vontade de apenas algumas pessoas do que de “massas”) os argumentos me comprovarem o contrário, serei o maior defensor da solução!