sexta-feira, outubro 28

A insustentável leveza da incompetência e da traição

A insustentável leveza da incompetência e da traição. A recente eleição para a Mesa da Assembleia Municipal brindou o PSD com uma humilhante derrota por 25 a 24. Os números da derrota são expressivos porque sete elementos eleitos pelo PSD votaram em lista diversa, pois e caso o não tivessem feito, os números seriam 31 para o PSD e 18 para o Sempre Presente.
Não cabe aqui e agora - mas caberá certamente em outro local - esgrimir o porquê.
Aqui cabe apenas o comentário. E, o meu, é este:
A forma como o PSD preparou esta tão importante eleição, mais ainda quando tinha todos os trunfos para a vencer, só por si, diz bem da incompetência de quem preparou, dirigiu e organizou este acto. Mas mais grave ainda do que o supra referido é a posição assumida por uns quantos, escudados no sigilo do voto, e a coberto da manta do PSD com que foram eleitos, terem votado na lista do Movimento Sempre Presente. Afinal, nesta eleição e na mente e objectivos imediatos desses sete votantes, presente, sempre presente, esteve pura e simplesmente o acto e a vontade ignóbeis de trair aqueles através dos quais foram eleitos. Assim se recompensa a confiança que neles foi depositada por um Partido que os acolheu e se gratificam os autores das escolhas.
Estamos entendidos.

2 comentários:

Sérgio Martins disse...

Cara Sílvia Moreira,
Por acaso estou em total desacordo com a leitura que faz do facto de sete dos elementos eleitos nas listas do PSD, terem avalizado a lista da candidatura XVII.
No passado e já como Presidente, Fátima Felgueiras, deu provas inequívocas da sua maneira de governar e gerir as questões com os Presidentes de Junta, nomeadamente nos protocolos, beneficiação de vias e outras questões do dia a dia. Na base da chantagem política.
O que está na génese do Órgão Assembleia Municipal é o poder fiscalizador da Autarquia. Com a eleição de outra cor política para a Mesa da Assembleia, a Câmara Municipal, teria que ter outros cuidados. E dou-lhe um exemplo. O Orçamento da Câmara é um documento que habitualmente está carregado de obras – prometidas e não cumpridas – que tem uma taxa de execução – receitas e despesas – muito baixa. Não seria melhor fazer um Orçamento e Plano de Investimentos realista e para executar?
Infelizmente verá que o tempo me vai dar razão. Quanto a estar tudo definido em futuras votações…

Manuel disse...

Ó Bruno...

Mas onde é que está a surpresa ? Onde ? Uma campanha feita com os pés, à sombra de um unanimismo balofo e hipócrita,em que quem ousasse articular a mínima ideia era afastado, um candidato e uma lista absolutamente mediocres, em que o ponta de lança no dia das eleições tal como Fátima, à primeira adversidade se pira e renuncia ao mandato... É muito bonito pedir ao 'povo' para lutar, para ir para a 'guerra', só que aí não generais, em bom rigor nunca houve. Há vaidadezinhas, ódiozinhos e traiçõezinhas.

E você, por acção e omissão também é cúmplice desta monumental farsa, que redundou da forma que redundou (com a figura pateta do presidente da CPC, e candidato à AM pelo PSD minutos antes da eleição a mendigar apoios e a 'rematar' a lista com os resultados conhecidos) pelo que, e para começar, se quiser ser levado minimamente a sério convinha que, e com toda a humildade, assumisse também as suas próprias responsabilidades.

É que sendo tudo absolutamente previsivel, que não inevitável, nem todos meteram a cabeça na areia...

Mas 'vocês' é que são os políticos...

Ah, sabe que mais - se calhar até 'é' melhor assim. Está a ver o Xico Cunha na AM a afrontar a FF ? Está ? Eu não, afinal basta recordar a performance recorrente do PSD nos últimos anos nessa mesma AM...