sexta-feira, outubro 22

A candidata independente do PS Felgueiras

Há bastantes meses que os primeiros sinais estavam a ser dados. O PS Felgueiras vive num deserto de militantes, fruto, da rotura da facção de Fátima Felgueiras e das expulsões daqueles que foram candidatos independentes noutros partidos que não o PS. Pensei que isso seria positivo, já que abria portas a sangue novo, ideias novas e uma nova forma de estar na política, tendo Eduardo Bragança dado sinais positivos quanto a isso. Mas, e nestas coisas há sempre um mas, o afastamento de uns trouxe outros que criaram muitos anticorpos ao rejuvenescimento da equipa socialista, ou, pelo menos, não o suficiente.
Perante o cenário de dois partidos socialistas em Felgueiras – Fátima Felgueiras sempre se disse, e assumiu, socialista, e nunca se afastou desse posicionamento, também como forma de captar votos – cedo perceberam que a divisão e a hostilização permanente, entre os dois PS, que marcaram os primeiros meses de mandato (numa clara tentativa de Eduardo Bragança liderar a oposição, aproveitando o período de nojo de Fátima Felgueiras) não dariam frutos.
O regresso de Fátima Felgueiras ao seu lugar como vereadora, muda o cenário político e fecha as portas a alguns militantes, pelo que a melhor solução encontrada será o regresso, como independente, de Fátima Felgueiras ao PS encabeçando a próxima lista candidata à Câmara Municipal. Depois de todas as movimentações e concertação de posições nas reuniões de Câmara e Assembleias Municipais, chegou a hora de acertar as condições da candidatura. Com a reeleição de Renato Sampaio para a distrital, tido como muito próximo desta comissão política, e com a ponte entre as duas facções feita através de Júlio Faria e alguns (muito poucos) militantes, o entendimento ficou possível e só faltava o apadrinhamento da Distrital do PS, que já está, neste momento, acordado. Resta agora saber com que olhos o PS nacional verá esta candidatura de Fátima Felgueiras.

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