terça-feira, abril 6

Há bons sinais (*)

Nunca foi, nem será fácil ser Oposição, tal como também não o é ser Poder. São visões e lados diferentes da barricada para ver o mesmo problema. Como sempre, ou quase sempre, os interesses dos partidos / pessoais, sobrepõem-se aos das populações que os elegeram. Quando no poder, limitam a oposição, quando na oposição tudo fazem para que quem governa nada faça para que troquem rapidamente de posições.
Durante mais de trinta anos este concelho foi (des)governado por socialistas, ou por outras variantes da mesma família política por mais que alguns queiram chamar-lhe outra coisa. Estes, que hoje criticam quem enalteceram no passado e da equipa fizeram parte, são os que criticam as decisões dos que estão hoje no poder porque… são parecidas ou baseadas nas mesmas premissas do passado. Irónico, não?
Durante trinta anos adiaram as decisões, cometeram erros que custaram anos de desenvolvimento ao concelho e instalaram um sentimento de caciquismo, insegurança e até de algum medo em manifestar publicamente a sua opinião.
Nesse tempo, no alto da tribuna da Assembleia Municipal, ouvimos determinadas figuras defender o indefensável, para tempos depois estarem a dizer “cobras e lagartos” dos que antes defendiam. Assumem a liderança do partido, órfão de mãe e como miúdo birrento que não conseguiu o que quis nas listas, trai a família política e comemora a vitória de outros, para, logo de seguida e ignorado novamente, voltar pedindo perdão.
Mudaram-se os tempos e, desde logo, as vontades e os dirigentes. Incapazes de unir os socialistas numa só candidatura viram o candidato natural ter uma derrota expressiva elegendo apenas um vereador no executivo municipal. A estratégia adoptada tem passado por aproveitar toda e qualquer oportunidade de reprovar, contestar e bloquear qualquer assunto, chegando a fazer declarações de voto absolutamente a despropósito e sem sentido, numa atitude de “bota-baixismo” sem precedentes. Napoleão dizia: “nunca interrompas um inimigo quando está a cometer um erro” o que me faz lembrar a história de Pedro e o Lobo. Tantas vezes Pedro gritou que vinha aí o lobo que quando de facto veio, ninguém o levou a sério. Será que quando chegarem as eleições alguém levará este candidato a sério?
O executivo municipal está, em conjunto com uma equipa do Prof. Daniel Bessa, a fazer um levantamento dos funcionários da câmara municipal e das suas tarefas. O objectivo, ao contrário do que chegou a ser já aí comentado, não é despedir (!!) mas sim optimizar os recursos humanos em função dos vários sectores. Há gente a mais em determinadas áreas operacionais, tornando esses serviços mais caros, enquanto outras necessitam de mais gente, tornando o serviço mais eficiente. Não nos podemos esquecer que a câmara municipal é a maior empregadora do concelho e é um acto básico de gestão optimizar os recursos humanos.
Foram assinados os primeiros protocolos com as juntas de freguesia (JF) desde que a maioria PSD/CDS ganhou as eleições. Por mais que a oposição queira, há factos que revelam uma nova forma de tratar os presidentes de junta e, por sua vez, as populações. Não há esperas infindáveis para conseguir agendar uma reunião para mendigar o que é natural e básico para a freguesia apenas porque se tem uma cor política diferente. Há critérios objectivos e transparentes para que nenhuma das JF seja prejudicada. Há bons sinais…
(*) Expresso de Felgueiras, 1 de Abril 2010

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