Desengano já aqueles que, lido do título desta crónica, vêem nele algo relacionado com posse, título ou usufruto e muito menos poder. Aqui o «meu PSD» representa integração, aquele PSD de que eu faço parte e aquele que eu gostava que fosse o meu PSD.
Comecei jovem a militância partidária, ainda enquanto líder da Associação de Estudantes na Escola Secundária de Felgueiras, local ainda hoje privilegiado por todas as forças partidárias para recrutarem os seus militantes. Na altura, o inicio do «cavaquismo» deu-me as primeiras bandeiras ideológicas, muito mais sociais que as normalmente agitadas por um partido de centro-direita. Vários anos depois continuo a rever-me mais no posicionamento ideológico do PSD da época «cavaquista» do que no de Marques Mendes e menos ainda no de Santana Lopes. Localmente sempre estive disponível para ajudar o meu partido quando este o solicitou.
Este PSD Felgueiras tem sido o pior dos últimos 20 anos. Uma total incapacidade de lidar com os problemas, agir perante as adversidades, somando derrotas consecutivas sem daí tirar as devidas ilações, sempre intrincado nas velhas quezílias internas e teorias da conspiração. Confesso que quando vi esta comissão política no início do mandato a trabalhar, lhes concedi o benefício da dúvida, achando eu que criadas as condições internas, como estabilidade e equipa coesa, assim como a ausência de Fátima Felgueiras do cenário político felgueirense o PSD poderia ter mais condições de assumir os desígnios do concelho. Mas como estive errado. Para além de uma estratégia eleitoral errada apoiada num regresso de Fátima Felgueiras como forma de dividir o eleitorado de esquerda – esquecendo aquilo que qualquer um de nós sabe (ou deveria saber): que a candidatura da Dra. Fátima Felgueiras é agregadora de votos em todos os espectros políticos – houve quem visse no resultado uma meia vitória devido ao número de vitórias nas Juntas de Freguesia. Como se vê através das votações nas Assembleias Municipais, verdadeiras «lotarias», estavam bastante enganados. Aí, na Assembleia Municipal, começou logo mal com a não eleição – quando estavam reunidas as condições matemáticas, não as políticas como se viu – de Francisco Cunha, para Presidente da Mesa. A ilação não retirada por parte do próprio ao não apresentar a demissão da Comissão Política, convocando eleições antecipadas na estrutura, recandidatando-se novamente como forma de evitar cair numa liderança fragilizada foi um erro político que teve consequências no resto do mandato. Isto mesmo dei nota pessoalmente ao próprio logo após o episódio da votação na A.M. em nome da amizade e estima pessoal que tenho pelo Dr. Francisco Cunha.
Depois deste episódio seria difícil ter controlo no partido. Foi uma sucessão de comunicados de imprensa inoportunos ou mesmo completamente a despropósito. Foi uma guerra aberta mais ou menos pública de alguns elementos contra os vereadores por eles mesmos escolhidos para a Autarquia, fragilizando a sua posição no Executivo e um infindável número de situações criadas pelos próprios. Nesta Comissão Política ninguém se pode queixar de «terreno minado» por oposições internas ou o que quer que seja. Só se podem queixar deles próprios.
Aprendendo com o passado, importa agora seguir caminho, um caminho novo, com novas posturas, estratégias e objectivos, rumo ao FUTURO.
Comecei jovem a militância partidária, ainda enquanto líder da Associação de Estudantes na Escola Secundária de Felgueiras, local ainda hoje privilegiado por todas as forças partidárias para recrutarem os seus militantes. Na altura, o inicio do «cavaquismo» deu-me as primeiras bandeiras ideológicas, muito mais sociais que as normalmente agitadas por um partido de centro-direita. Vários anos depois continuo a rever-me mais no posicionamento ideológico do PSD da época «cavaquista» do que no de Marques Mendes e menos ainda no de Santana Lopes. Localmente sempre estive disponível para ajudar o meu partido quando este o solicitou.
Este PSD Felgueiras tem sido o pior dos últimos 20 anos. Uma total incapacidade de lidar com os problemas, agir perante as adversidades, somando derrotas consecutivas sem daí tirar as devidas ilações, sempre intrincado nas velhas quezílias internas e teorias da conspiração. Confesso que quando vi esta comissão política no início do mandato a trabalhar, lhes concedi o benefício da dúvida, achando eu que criadas as condições internas, como estabilidade e equipa coesa, assim como a ausência de Fátima Felgueiras do cenário político felgueirense o PSD poderia ter mais condições de assumir os desígnios do concelho. Mas como estive errado. Para além de uma estratégia eleitoral errada apoiada num regresso de Fátima Felgueiras como forma de dividir o eleitorado de esquerda – esquecendo aquilo que qualquer um de nós sabe (ou deveria saber): que a candidatura da Dra. Fátima Felgueiras é agregadora de votos em todos os espectros políticos – houve quem visse no resultado uma meia vitória devido ao número de vitórias nas Juntas de Freguesia. Como se vê através das votações nas Assembleias Municipais, verdadeiras «lotarias», estavam bastante enganados. Aí, na Assembleia Municipal, começou logo mal com a não eleição – quando estavam reunidas as condições matemáticas, não as políticas como se viu – de Francisco Cunha, para Presidente da Mesa. A ilação não retirada por parte do próprio ao não apresentar a demissão da Comissão Política, convocando eleições antecipadas na estrutura, recandidatando-se novamente como forma de evitar cair numa liderança fragilizada foi um erro político que teve consequências no resto do mandato. Isto mesmo dei nota pessoalmente ao próprio logo após o episódio da votação na A.M. em nome da amizade e estima pessoal que tenho pelo Dr. Francisco Cunha.
Depois deste episódio seria difícil ter controlo no partido. Foi uma sucessão de comunicados de imprensa inoportunos ou mesmo completamente a despropósito. Foi uma guerra aberta mais ou menos pública de alguns elementos contra os vereadores por eles mesmos escolhidos para a Autarquia, fragilizando a sua posição no Executivo e um infindável número de situações criadas pelos próprios. Nesta Comissão Política ninguém se pode queixar de «terreno minado» por oposições internas ou o que quer que seja. Só se podem queixar deles próprios.
Aprendendo com o passado, importa agora seguir caminho, um caminho novo, com novas posturas, estratégias e objectivos, rumo ao FUTURO.
* [in Expresso de Felgueiras 11 Janeiro 07]
1 comentário:
O maior problema com que se deparou esta CP do PSD Felgueiras não foram as outras facções do partido em Felgueiras, mas as facções que se abriram dentro da própria CP e que resultaram de diferentes motivações.
No início da formação da lista vencedora, todos pensavam que o objectivo era comum (mais destruidor no meio interno do que no meio externo), mas rapidamente perceberam que esse objectivo não era motor suficiente para fazer avançar o partido a nível local.
E como parece que nos dias que correm, quase só as pessoas que não têm telhados de vidro é que jogam ao ataque, esta CP jogou à defesa e o pior é que deixou sempre a baliza toda aberta...
Sabendo que, seja qual for a CP que o futuro reserva, ela nunca será consensual, só espero que seja coesa e que queira trabalhar pelo partido, para o Concelho.
Enviar um comentário