Muito se tem falado e escrito sobre a entrevista que Caldas Afonso, primeiro vereador eleito da oposição (PSD), concedeu ao «Expresso de Felgueiras». Acho que foi uma entrevista muito inteligente, coerente com aquilo que têm sido as acções dos vereadores, com recados para o exterior e alguns para o interior do PSD.
A entrevista não revelou grandes surpresas, aliás, confirmou várias questões. Que estes vereadores do PSD (Prof. Dr. Caldas Afonso e Engº Luís Lima) não são adeptos do espectáculo da política de «terra queimada» e do voto contra apenas porque são oposição. Essa estratégia nunca deu frutos em trinta anos de poder autárquico em Felgueiras! E que, esta estratégia é para manter com esta ou com uma outra CP (É uma maratona, não uma corrida de 100 metros). Resume a critica interna à forma como têm gerido a oposição apenas a uma pessoa, Eduardo Teixeira, (é um facto que Eduardo Teixeira é o único rosto visível de uma hipotética oposição interna) e afirma que tem a concordância da Distrital e Nacional do PSD para a estratégia adoptada. Sobre este ponto [da concordância da Distrital e Nacional] quase todos fizeram a «leitura negra»: que a CP concelhia do PSD foi ultrapassada. Se assim fosse esta CP já se teria manifestado, ou não? E depois sejamos claros, alguém ouviu esta CP (pela voz do seu presidente) criticar oficialmente a acção dos seus vereadores? Não pretendo aqui escamotear algumas críticas que têm vindo a ser feitas, até por mim mesmo em casos específicos, mas daí a generalizar para uma colagem total à maioria SP vai uma grande distância.
A única surpresa foi mesmo o anúncio de que a Presidente da Câmara, Dra. Fátima Felgueiras não será candidata nas próximas eleições autárquicas.
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