«Temos de deixar aos nossos filhos e aos nossos netos um regime em que sejamos governados por uma classe política qualificada, em que a vida pública se paute por critérios de rigor ético, exigência e competência, em que a corrupção seja combatida por um sistema judicial eficaz e prestigiado.» (Prof. Cavaco Silva, Presidente da República no Discurso Comemorativo do 25 de Abril na Assembleia da República)
Com estas palavras o Presidente da República resume o sentimento de grande parte da população portuguesa. Estamos fartos de ver pessoas que exercem cargos de poder, independentemente da cor política ou do cargo, com poucos, ou nenhuns, critérios éticos, de competência, solidariedade e muitas vezes nem humanismo!
Não basta para isso que as populações votem. Os climas eleitorais em que os eleitores são «levados» a votar depois de formar ideias sobre os candidatos, fruto do marketing político, acções de SPIN e outras «tácticas» eleitorais não deixam analisar com isenção e objectividade os candidatos. Já não há sectores, nem cargos políticos, que não estejam debaixo da desconfiança das populações porque algum dos seus membros é condenado por algum crime. Claro que não é porque existe um polícia corrupto que todos os polícias são corruptos, mas a ideia que se forma, não é essa. É mesmo a contrária.
Os autarcas deste país estão «debaixo de fogo» no que diz respeito à desconfiança das populações. Veja-se o que se passa na Câmara Municipal de Lisboa. Primeiro vários dos vereadores são constituídos arguidos por causa de factos imputados ao seu trabalho enquanto exercem o cargo que ocupam e agora, ao que tudo indica, também o próprio presidente será constituído arguido no mesmo caso. Claro que um arguido não é um condenado, mas quando pessoas que exercem um cargo eleito, são constituídas arguidas por acções decorrentes do exercício desse cargo, devem, no mínimo, suspendê-lo. Já o defendi noutros casos e não é por neste caso o presidente, apesar de independente, ter sido eleito nas listas do meu partido que vou defender o contrário. Acho até, que se o próprio não se demitir, o PSD deve retirar-lhe a confiança política. Depois existe (neste caso também) uma outra questão. A dos eleitos como independentes nas listas dos partidos políticos. Quando chega a estas alturas fazem sempre questão de «lembrar» que são independentes, sugerindo claro, que não estão debaixo da alçada dos partidos e dos seus líderes. Não se lembraram disso quando contaram os votos ou quando o partido que os patrocinou pagou a conta da campanha. Isso também acontece por cá com os nossos presidentes de junta de freguesia. Na hora de arranjar bandeirinhas e canetas para distribuir pelo povo eleitor é um corrupio para as sedes de campanha, para quando chega a altura de contribuir para uma estratégia comum, para o bem comum, pensarem apenas neles próprios e na sua paróquia.Haja quem tenha coragem de lhes retirar a confiança política – algo que eu confesso ter alguma dificuldade em definir – e para lhes dizer olhos nos olhos, que já não serão candidatos nas próximas eleições. Isso sim é coragem.
Com estas palavras o Presidente da República resume o sentimento de grande parte da população portuguesa. Estamos fartos de ver pessoas que exercem cargos de poder, independentemente da cor política ou do cargo, com poucos, ou nenhuns, critérios éticos, de competência, solidariedade e muitas vezes nem humanismo!
Não basta para isso que as populações votem. Os climas eleitorais em que os eleitores são «levados» a votar depois de formar ideias sobre os candidatos, fruto do marketing político, acções de SPIN e outras «tácticas» eleitorais não deixam analisar com isenção e objectividade os candidatos. Já não há sectores, nem cargos políticos, que não estejam debaixo da desconfiança das populações porque algum dos seus membros é condenado por algum crime. Claro que não é porque existe um polícia corrupto que todos os polícias são corruptos, mas a ideia que se forma, não é essa. É mesmo a contrária.
Os autarcas deste país estão «debaixo de fogo» no que diz respeito à desconfiança das populações. Veja-se o que se passa na Câmara Municipal de Lisboa. Primeiro vários dos vereadores são constituídos arguidos por causa de factos imputados ao seu trabalho enquanto exercem o cargo que ocupam e agora, ao que tudo indica, também o próprio presidente será constituído arguido no mesmo caso. Claro que um arguido não é um condenado, mas quando pessoas que exercem um cargo eleito, são constituídas arguidas por acções decorrentes do exercício desse cargo, devem, no mínimo, suspendê-lo. Já o defendi noutros casos e não é por neste caso o presidente, apesar de independente, ter sido eleito nas listas do meu partido que vou defender o contrário. Acho até, que se o próprio não se demitir, o PSD deve retirar-lhe a confiança política. Depois existe (neste caso também) uma outra questão. A dos eleitos como independentes nas listas dos partidos políticos. Quando chega a estas alturas fazem sempre questão de «lembrar» que são independentes, sugerindo claro, que não estão debaixo da alçada dos partidos e dos seus líderes. Não se lembraram disso quando contaram os votos ou quando o partido que os patrocinou pagou a conta da campanha. Isso também acontece por cá com os nossos presidentes de junta de freguesia. Na hora de arranjar bandeirinhas e canetas para distribuir pelo povo eleitor é um corrupio para as sedes de campanha, para quando chega a altura de contribuir para uma estratégia comum, para o bem comum, pensarem apenas neles próprios e na sua paróquia.Haja quem tenha coragem de lhes retirar a confiança política – algo que eu confesso ter alguma dificuldade em definir – e para lhes dizer olhos nos olhos, que já não serão candidatos nas próximas eleições. Isso sim é coragem.
(1) Expresso de Felgueiras 6 de Maio 2007
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