À medida que me deliciava com o texto "Altura de Mudança (1)", que o meu caro Sérgio Martins elaborou, começou a ferver em mim uma ideia, que apesar de não ser explícita na posta, é inerente ao espírito do autor.
A crença numa mudança só existe, quando há simultaneamente, crença nos intervenientes.
E para se acreditar em pessoas, é essencial que não se cultivem os chamados "ódios de estimação".
Por um lado, são esses ódios que motivam uns para a luta política, da qual, na melhor das hipóteses, resulta um debate democrático, mas no pior cenário só desacredita os mesmos.
Uma vez disse-me o actual presidente da comissão política do PSD de Felgueiras, suponho que por não ter gostado da minha intervenção, que (à época verdade) eu não fazia parte da comissão política da JSD e como tal, não tinha o direito de ser ouvida. Não gostei de ser censurada, mas não guardo mágoas.
Quando o Sr. João Sousa diz que o PSD deve deixar de falar para dentro e começar a falar para fora do partido, eu concordo. Acho que o partido tem girado sobre si mesmo, as lutas internas desgastaram-no e retiraram-lhe a força que deveria ter tido nas autárquicas.
Mas antes de falar, o partido deve ouvir, não apenas o que lhe interessa, mas acima de tudo as vozes discordantes.
Na JSD fiz amigos e não quero, no dia em que completar 30 anos, fazer inimigos no seio do meu partido.
Se o PSD fosse mais unido já teria corrido há muito com a Srª.
3 comentários:
Quero crer – porque tem que ser - que um líder que pretende sê-lo de todos tem que colocar essas atitudes de lado e dar a palavra a todos. E conhecendo o João, não fará de forma diferente.
Para se fazer politica não é obrigatorioriamente necessário ser-se apenas "funcionário do partido -ou acólito do dono local do partido-" é, isso sim, essencial que se saiba fazer politica, praticando-se através do acto mais nobre, que é trabalhar para a sociedade, solvendo os problemas necessários ao desenvolvimento para se dar condições de vida aos eleitores (nossos concidadãos).
Muito politicamente correcto caro Golfinho. De facto estar na política, com a mesma postura que se tem na vida, pode de vez em quando ser prejudicial à política.
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