Ontem no programa "Contraditório" da Antena 1, Carlos Magno, a propósito das eleições presidenciais, num determinado contexto produziu a seguinte afirmação: "... Portugal não vai eleger o Mister Portugal, mas sim o Presidente da República...", que acrescento eu, no actual estado em que se encontra a Pátria, deverá ser interventivo e elemento facilitador na recuperação (económica, social, cultural, ...). E por esta razão os candidatos devem ser merecedores de voto não por aquilo que já representaram em momentos anteriores na vida política do País, mas sim pelas qualidades e manifesto político. E aqui, diga-se em abono da verdade, que Cavaco Silva simplesmente tem optado por uma estratégia de dizer, quase nada, para minimizar a perda de votação até ao acto eleitoral. Mas...
... Por muito interessante que seja esta eleição, esta reflexão levou-me a estabelecer um paralelo com as recentes eleições autárquicas. Sobretudo com o que aconteceu em alguns Municípios portugueses, e também em Felgueiras.
4 comentários:
Caro Helder,
É normal (legítimo?)que quem vai na frente das sondagens procure minimizar os estragos, não se colocando em posições que possa ser atacado. Lá como cá, convém não passar muitas ideias e programas para não se ser alvo de ataques. Mas será legítimo? Sim. são as armas políticas que existem, embora eu tenha preferência pelas outras, as da discussão e argumentação.
Caro Sérgio Martins,
Eu também prefiro as da discussão e argumentação, e custa-me que um candidato como o Professor Cavaco Silva enterre a cabeça na areia apenas para não perder votos. Mas compreende-se. Com o Dr. Mário Soares em forma, a campanha eleitoral vai confirmar um crescendo de votação.
Não meus amigos, não, não infiram daqui o meu sentido de voto. Neste momento ainda não decidi em que vou votar. Apenas em quem não votarei.
E já agora as legislativas, que também foram ganhas por quem usou essa táctica.
Smartins:"Mas será legítimo? Sim. são as armas políticas que existem". Achas mesmo? isto é o pior que se pode fazer a um povo. Só porque funciona não quer dizer que seja legitimo!
A comunicação social faz propaganda que certo candidato (seja a que cargo for) vai ganhar. Apartir daí o candidato so tem que cruzar os braços e refastelar-se na cadeira da sala de sua casa. Isto é o que tu achas legitimo?
Eu antes de votar num candidato quero saber o que ele defende. Se ele se recusa a dizer-mo, certamente não votarei nele. Tenho pena é que muitos o façam.
Leon,
«Legítimo», do ponto de vista que pode ser usado como estratégia eleitoral, mas como escrevo no fim «...embora eu tenha preferência pelas outras, as da discussão e argumentação.» o meu ponto de vista fica claro.
Tenho criticado essa opção, nomeadamente nas legislativas por José Sócrates, e defendo a proposta clara de ideias e projectos, incluindo como é óbvio o candidato da minha preferência.
Enviar um comentário