segunda-feira, janeiro 31

Resultados Presidenciais

Cavaco Silva venceu, sem surpresas e à primeira volta, as eleições presidenciais. Os portugueses marcaram estas eleições por uma já tradicional abstenção elevada, sempre que se trata de uma eleição para um segundo mandato presidencial. Assim aconteceu, por exemplo, com Jorge Sampaio. Nestas eleições, tivemos ainda dois, ou se quisermos, três factos, que contribuíram para uma exagerada abstenção. Desde logo o número de inscritos nos cadernos eleitorais, que rondam os 9,5 milhões. Se, segundo os últimos censos, somos cerca de 10,3 milhões, algo está errado nestas contas, o que, por si só, baixaria a taxa de abstenção. Mas, não estou a arranjar qualquer justificação para a abstenção, uma vez que esta é exageradamente elevada quaisquer que sejam as “atenuantes”. O que eu acho, é que um abstencionista não tem qualquer legitimidade (já que direito tem sempre) de crítica, sobre quem governa ou está na oposição. Tivemos, ainda, a surpresa da confusão que um cartão que se pretendia facilitar a vida do cidadão o impediu de votar. Não sabemos quantas centenas ou milhares de eleitores foram prejudicados pela decisão, que o governo tomou, de, nestas eleições não enviar uma carta a todos os eleitores que substituíram o BI pelo Cartão de Cidadão com o novo número de eleitor e o local de voto, tal como fez nas autárquicas/legislativas. Por último, o cansaço que os portugueses manifestam sobre o tema “eleições”. São muitas eleições em tão pouco tempo, com pouca discussão sobre o que realmente interessa, onde não há respostas para aquilo que os portugueses mais precisam: respostas francas e rápidas para a crise.

Em Felgueiras, a vitória de Cavaco Silva foi ainda mais expressiva. O resultado obtido, foi de quase o dobro do conjunto de todos os outros candidatos, mostrando inequivocamente o sentido de voto e as aspirações dos felgueirenses.

Só houve um aspecto que não gostei. O discurso da vitória de Cavaco Silva.

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