O vereador do pelouro do Desporto, Bruno Carvalho, deve andar todo satisfeito. Na mesma semana o concelho de Felgueiras teve a Taça das Nações Sub-23 de ciclismo, e o Torneio Internacional de pólo aquático feminino. Conseguiu, assim, dar aos felgueirenses alguns momentos de desporto, lazer e entretenimento. Não fosse a chuva estragar parte da festa do ciclismo e até era tudo perfeito. Pensará ele. Só que eu não penso como ele.
Felgueiras vive de dois acontecimentos desportivos anuais que a única vantagem que poderiam trazer à terra era da sua promoção perante o país. E escrevo “poderia”, porque a única coisa para que servem é para promoção de pessoas, não da terra, não das suas gentes, gastronomia, costumes e tradições. Concordo com a necessidade e a mais valia de eventos destes mas quando há algo para promover. O que vemos nas imagens das televisões, nos jornais e nos boletins municipais, são retratos de pessoas, que escondem para debaixo do tapete as suas incapacidades, aparecendo sorridentes junto a campeões, como se também o fossem. Nada disso. Não há forma de este vereador esconder a sua inabilidade política de lidar com problemas concretos de uma juventude à qual ele também pertence, à sua incapacidade de solucionar os problemas do Desporto, criando mais ainda, - veja-se o tristemente caso do relvado. Mais de um ano passado sobre o anúncio das obras na zona desportiva e sete meses depois do anúncio da empreitada, não há obras que comecem (talvez só a tempo das próximas eleições, claro). Não apoia colectividades com obra feita, não apoia e incentiva o desenvolvimento da prática desportiva, foge a sete pés propostas a novas alternativas, mas também não as cria, não propõe, não acrescenta. É um vazio total, tal como em toda a câmara.
Há um ano atrás a autarquia anunciou com a devida pompa a requalificação do abandonado Teatro Fonseca Moreira. Um ano depois não passou da festa de apresentação. Este é um executivo do anúncio, nunca do fazer.Mas aí estão, novamente perto da linha de partida para as próximas eleições autárquicas. As movimentações dos últimos meses mostram já alguns alinhamentos, quem vai e quem fica. O PS Felgueiras tem eleições internas este fim-de-semana, lista única pelo que sei neste momento. Pelos nomes conhecidos, este PS corre o sério risco de se incinerar antes mesmo do tiro de partida, a não ser que já haja “lugares” garantidos nas listas, aí correrá tudo bem. Os partidos “mais pequenos”, sem as habituais estruturas partidárias, terão as suas listas prontas no último dia, e os outros, as suas habituais negociações de lugares. Tenho pena é que a proposta de Lei sobre as eleições autárquicas tenha ficado pelo caminho, principalmente no que diz respeito à participação dos presidentes de junta nas votações de orçamento e planos. Tantos anos depois do 25 de Abril já todos nós compreendemos as desvantagens de tal sistema. O caciquismo vigente, a “compra” do voto em troca da “obra de paróquia” levam as autarquias ao descalabro financeiro, à discriminação entre freguesias de cores políticas diferentes e a um crescimento completamente desorganizado. Para além dos naturais problemas nas votações “lotaria” onde ninguém sabe o resultado, onde não existe lealdade partidária. Melhor seria uma Assembleia Municipal toda ela de eleitos directos, apenas e só política. Apenas um exemplo: já viram o que seria de um governo se os presidentes de câmara pudessem votar, na Assembleia da República, o Orçamento de Estado? Um descalabro
Felgueiras vive de dois acontecimentos desportivos anuais que a única vantagem que poderiam trazer à terra era da sua promoção perante o país. E escrevo “poderia”, porque a única coisa para que servem é para promoção de pessoas, não da terra, não das suas gentes, gastronomia, costumes e tradições. Concordo com a necessidade e a mais valia de eventos destes mas quando há algo para promover. O que vemos nas imagens das televisões, nos jornais e nos boletins municipais, são retratos de pessoas, que escondem para debaixo do tapete as suas incapacidades, aparecendo sorridentes junto a campeões, como se também o fossem. Nada disso. Não há forma de este vereador esconder a sua inabilidade política de lidar com problemas concretos de uma juventude à qual ele também pertence, à sua incapacidade de solucionar os problemas do Desporto, criando mais ainda, - veja-se o tristemente caso do relvado. Mais de um ano passado sobre o anúncio das obras na zona desportiva e sete meses depois do anúncio da empreitada, não há obras que comecem (talvez só a tempo das próximas eleições, claro). Não apoia colectividades com obra feita, não apoia e incentiva o desenvolvimento da prática desportiva, foge a sete pés propostas a novas alternativas, mas também não as cria, não propõe, não acrescenta. É um vazio total, tal como em toda a câmara.
Há um ano atrás a autarquia anunciou com a devida pompa a requalificação do abandonado Teatro Fonseca Moreira. Um ano depois não passou da festa de apresentação. Este é um executivo do anúncio, nunca do fazer.Mas aí estão, novamente perto da linha de partida para as próximas eleições autárquicas. As movimentações dos últimos meses mostram já alguns alinhamentos, quem vai e quem fica. O PS Felgueiras tem eleições internas este fim-de-semana, lista única pelo que sei neste momento. Pelos nomes conhecidos, este PS corre o sério risco de se incinerar antes mesmo do tiro de partida, a não ser que já haja “lugares” garantidos nas listas, aí correrá tudo bem. Os partidos “mais pequenos”, sem as habituais estruturas partidárias, terão as suas listas prontas no último dia, e os outros, as suas habituais negociações de lugares. Tenho pena é que a proposta de Lei sobre as eleições autárquicas tenha ficado pelo caminho, principalmente no que diz respeito à participação dos presidentes de junta nas votações de orçamento e planos. Tantos anos depois do 25 de Abril já todos nós compreendemos as desvantagens de tal sistema. O caciquismo vigente, a “compra” do voto em troca da “obra de paróquia” levam as autarquias ao descalabro financeiro, à discriminação entre freguesias de cores políticas diferentes e a um crescimento completamente desorganizado. Para além dos naturais problemas nas votações “lotaria” onde ninguém sabe o resultado, onde não existe lealdade partidária. Melhor seria uma Assembleia Municipal toda ela de eleitos directos, apenas e só política. Apenas um exemplo: já viram o que seria de um governo se os presidentes de câmara pudessem votar, na Assembleia da República, o Orçamento de Estado? Um descalabro
(*) Expresso de Felgueiras, 4 Abril 2008.
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