Após a inacreditável falta de quórum na Assembleia da República (AR) na semana passada, esta questão tem servido para inúmera discussão e muitas opiniões, umas a favor e outras manifestamente condenatórias dos deputados que faltaram às votações, alguns assinando a folha de presenças. Esta atitude de deputados que se ausentam no momento da votação não é nova. Nem na AR nem por exemplo na Assembleia Municipal de Felgueiras.
Mas surpreendentes são as declarações quer de Guilherme Silva, quer de Narana Coissoró. O primeiro dizendo que a culpa é de quem decidiu agendar para quarta-feira trabalho parlamentar, e alterar as votações das quintas para as quartas e de determinada hora para uma outra. Mas os deputados não são eleitos para trabalhar? Quantos de nós não trabalham na semana da páscoa, na semana do natal, na semana do ano novo? E alterar reuniões e trabalho? Isso é rotineiro em qualquer actividade.... Mas não pode ser para os senhores deputados na AR.
Quanto a Narana Coissoró não esperava que dissesse que existem alturas em que não se pode marcar trabalho parlamentar, dando o exemplo de um jogo, Benfica-Barcelona. Quantos de nós não tiveram que trabalhar em momentos e ocasiões como a apresentada ou outras de igual estirpe?
Tem é que se acabar com este regime de impunidade. Quem falta tem que ser punido. Ser deputado na AR não é um estatuto. É a ocupação de um cargo com seriedade e responsabilidade.
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