Aqui nasceram, foram criados, aqui casaram e procriaram. São pais de um filho com quinze anos, o Marco, que estuda. Estuda pouco, mas o suficiente para ter transposto a barreira do fim de ano sem nunca ter derrubado nenhuma, mas não quer continuar a estudar, quer ter uma alternativa.
Aí começa o problema. Nesta altura as empresas de Felgueiras não necessitam de mão-de-obra, estão mesmo a despedir pessoas. Esse risco, de repentinamente ficar sem fonte de rendimentos preocupa cada vez mais os pais que trabalham juntos na mesma empresa, como muitas outras família felgueirenses, foi lá que se conheceram, trocaram os primeiros olhares dentro da fábrica. Foi a caminho de casa num fim de tarde de calor imenso que João de cima da sua mota e acompanhando Maria a pé, devagarinho, lhe perguntou se queria namorar com ele, resposta que Maria, fazendo aquilo que qualquer mulher faria, prolongou até chegar à porta de casa.
João e Maria começaram o namoro. Todos os domingos, lá estava ele na porta de casa, esperando Maria. O filme que passava, no então único cinema existente, o Teatro Fonseca Moreira, era bom, de acção, foi a esse que decidiram assistir. Essa sala de cinema, na altura já a ficar degradada, agora está num horrível estado de deterioração. Quase como se as regras da degradação humana, próprias da idade, se aplicassem aos espaços físicos onde nós os humanos com responsabilidade podemos intervir para estancar a deterioração. Naquela altura, como hoje, os jovens não tem mais alternativas. João e Maria sabem que podem ficar sem o emprego, os dois. Por isso ainda procuraram uma outra empresa onde, pelo menos um deles, pudesse trabalhar. São bons trabalhadores, bons profissionais, até deram muitas horas extra na empresa e agora é isto. Nem sequer há trabalho.
Mas Maria e João podiam ter alternativas, se a autarquia de Felgueiras tivesse tido visão de futuro, dando aplicação ao slogan utilizado pelos socialistas durante muitos anos «Felgueiras, terra com futuro». Que «futuro» nos guardaram os socialistas de Felgueiras? Este? Onde a fila de desempregados cresce mais que nos outros concelhos, onde o crescimento económico fica abaixo do resto do país. Onde não foram dadas alternativas ao tecido empresarial, que é empreendedor, visionário. Onde estão as zonas industriais? Que tenham capacidade para atrair novos investimentos e industrias. Onde está o concelho com saneamento básico que prometeram ao João e à Maria? Eles vivem num edifício onde o saneamento é uma fossa e a água vem de um poço que dista da fossa 30 metros! Onde estão as ETAR´s? Não como aquela de Várzea, onde entra de um lado e sai pelo outro na mesma, directamente para o rio. Onde está a alternativa para o Marco, que quer apenas completar o nono ano e ir trabalhar? Onde está o ensino profissional alternativo? Onde estão a casa da juventude e os programas culturais, que a Dra. Fátima Felgueiras prometeu ao Marco aquando duma visita que fez à escola primária que Marco frequentou e nunca mais se esqueceu das suas promessas? Onde?
Maria e João estavam desanimados. Quem não estaria? Mas agora sabem que existe uma alternativa, com visão de futuro, com alternativas, com trabalho para fazer, com verdadeiras preocupações por Felgueiras e pelos felgueirenses, eles sabem verdadeiramente com quem vão poder contar. Eles vão voltar a sentir o orgulho de ser Felgueirense.
Aí começa o problema. Nesta altura as empresas de Felgueiras não necessitam de mão-de-obra, estão mesmo a despedir pessoas. Esse risco, de repentinamente ficar sem fonte de rendimentos preocupa cada vez mais os pais que trabalham juntos na mesma empresa, como muitas outras família felgueirenses, foi lá que se conheceram, trocaram os primeiros olhares dentro da fábrica. Foi a caminho de casa num fim de tarde de calor imenso que João de cima da sua mota e acompanhando Maria a pé, devagarinho, lhe perguntou se queria namorar com ele, resposta que Maria, fazendo aquilo que qualquer mulher faria, prolongou até chegar à porta de casa.
João e Maria começaram o namoro. Todos os domingos, lá estava ele na porta de casa, esperando Maria. O filme que passava, no então único cinema existente, o Teatro Fonseca Moreira, era bom, de acção, foi a esse que decidiram assistir. Essa sala de cinema, na altura já a ficar degradada, agora está num horrível estado de deterioração. Quase como se as regras da degradação humana, próprias da idade, se aplicassem aos espaços físicos onde nós os humanos com responsabilidade podemos intervir para estancar a deterioração. Naquela altura, como hoje, os jovens não tem mais alternativas. João e Maria sabem que podem ficar sem o emprego, os dois. Por isso ainda procuraram uma outra empresa onde, pelo menos um deles, pudesse trabalhar. São bons trabalhadores, bons profissionais, até deram muitas horas extra na empresa e agora é isto. Nem sequer há trabalho.
Mas Maria e João podiam ter alternativas, se a autarquia de Felgueiras tivesse tido visão de futuro, dando aplicação ao slogan utilizado pelos socialistas durante muitos anos «Felgueiras, terra com futuro». Que «futuro» nos guardaram os socialistas de Felgueiras? Este? Onde a fila de desempregados cresce mais que nos outros concelhos, onde o crescimento económico fica abaixo do resto do país. Onde não foram dadas alternativas ao tecido empresarial, que é empreendedor, visionário. Onde estão as zonas industriais? Que tenham capacidade para atrair novos investimentos e industrias. Onde está o concelho com saneamento básico que prometeram ao João e à Maria? Eles vivem num edifício onde o saneamento é uma fossa e a água vem de um poço que dista da fossa 30 metros! Onde estão as ETAR´s? Não como aquela de Várzea, onde entra de um lado e sai pelo outro na mesma, directamente para o rio. Onde está a alternativa para o Marco, que quer apenas completar o nono ano e ir trabalhar? Onde está o ensino profissional alternativo? Onde estão a casa da juventude e os programas culturais, que a Dra. Fátima Felgueiras prometeu ao Marco aquando duma visita que fez à escola primária que Marco frequentou e nunca mais se esqueceu das suas promessas? Onde?
Maria e João estavam desanimados. Quem não estaria? Mas agora sabem que existe uma alternativa, com visão de futuro, com alternativas, com trabalho para fazer, com verdadeiras preocupações por Felgueiras e pelos felgueirenses, eles sabem verdadeiramente com quem vão poder contar. Eles vão voltar a sentir o orgulho de ser Felgueirense.
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