quinta-feira, agosto 16

Em tempo de férias, o trabalho. (*) (**)

Tempo de férias, uns a chegar outros a partir rumo a vários destinos. Vá para fora cá dentro ou, pelo contrário, vá mesmo para fora. Sou apologista do nosso país. Temos cá dentro paisagens lindíssimas, de perder de vista. Montanhas, serras e verdes vales com frescos rios, paisagens áridas com planícies de perder de vista. Temos praias, completamente congestionadas é certo nesta altura do ano, mas também autênticos refúgios, cuja localização é transmitida em voz baixa, em jeito de segredo, numa atitude egoísta, para que longe das multidões continue a ser um «refúgio». Temos a praia, onde nem uma toalha mais se consegue estender sem invadir a privacidade do vizinho, sem ouvir as juras de amor dos casais ou o ressonar daquele velho senhor que depois de um bom almoço e duas «bolas de berlim» para o lanche se deixou dormir fruto do calor. Tenho sempre a minha alternativa predilecta. Uma boa esplanada junto ao mar, onde posso ler os jornais diários, os meus livros e revistas predilectos, tudo enquanto oiço as minhas músicas preferidas. Nada melhor, era até capaz de me habituar, não fosse a minha cabeça estar também noutro local.
Por norma é de «bom-tom» (o que quer que isto queira dizer) não escrevermos nestas crónicas sobre questões pessoais, ou mesmo profissionais, mas desta vez, queiram aqueles que me lêem desculpar-me, tenho que partilhar algo aqui com vocês.
O último ano foi extenuante. Um ritmo de trabalho alucinante, muitas horas diárias de trabalho, viagens e deslocações permanentes, formação, muita formação. Criar um projecto como aquele que nos envolvemos não é tarefa fácil, e muito menos feita com pouco trabalho. A dedicação tem que ser imensa e, claro, há sempre que fique a perder, neste caso a família. Mas enquanto eu aqui estou, recuperando e com tempo para reflectir e fazer o balanço de mais um ano, olho para trás e sinto-me orgulhoso. Enquanto escrevo mais uma crónica, na esplanada frente ao mar, não deixo de pensar na fantástica equipa que tenho ao meu lado e na sorte que eu e o meu parceiro neste sonho temos. São uns profissionais extraordinários, que conseguiram em seis meses de actividade aquilo que em Felgueiras era impensável no sector da mediação imobiliária, conseguindo nesse percurso prémios, reconhecimentos e, mais importante, um serviço de excelência destacado pelos clientes com quem tivemos o privilégio de colaborar. Todos os profissionais com quem tenho a honra de fazer equipa, dos que estão desde o primeiro momento e os mais recentes, da incansável coordenadora de agência aos angariadores, todos mostram grande determinação, vontade de vencer, de serem diferentes. Como dizia Albert Szent-Gyorgi, Nobel da Medicina, «a descoberta consiste em olhar para a mesma coisa que todos os outros e pensar em algo diferente». É este pensamento que todos aplicam no dia-a-dia profissional, inovando num sector onde se pensava que já tudo estava feito, quebrando as «regras» instituídas e apresentando resultados. Grandes «lutas» travamos e muitas mais teremos para travar, mas de uma coisa eu tenho a certeza. Com esta equipa ao meu lado, estou pronto para qualquer «luta».
(*) Expresso de Felgueiras, 10 Agosto'07
(**) Eu sei que esta crónica não "cabia" aqui, mas como é usual aqui fica.

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