Este mundo do futebol pouco ou nada me diz. A última vez que entrei num estádio de futebol, a convite de um bom amigo, já lá não punha os pés há dez anos, e tive mesmo que regressar quando morreu Féher, naquele fatídico Vitória – Benfica. Acho que fiquei imune para mais dez anos. Nunca tive jeito para a bola. Era, no tempo de escola, sempre o último a ser escolhido para as equipas e haviam mesmo aquelas que preferiam jogar com menos um do que me ter a atrapalhar. Mas o que me faz escrever sobre futebol, então?
É um facto que futebol é espectáculo, um triste e escandaloso espectáculo. Não fosse a pouca vontade de me rir, diria que está transformado numa verdadeira palhaçada. Mas neste momento até os circos têm mais gente nas suas bancadas que os modernos e caros (!) estádios de futebol.
A Liga de Futebol Profissional, com nome de «casa de apostas», começou incompleta porque houve um clube que inscreveu um jogador mas que depois viu a mesma inscrição ser recusada pela mesma entidade que a tinha inicialmente aceite. Depois… bem, depois não sei nem quero saber o que se passou, é mau demais para o Desporto. Talvez por isso os estádios estejam vazios, como os cofres da maioria dos clubes de futebol, (abro aqui um parêntesis para os três «grandes» que têm, em conjunto, um orçamento de 85 milhões de euros para esta época, sendo que o do F. C. Porto é de 40 milhões), seja completamente impossível ir a um estádio com a família porque poucos orçamentos familiares comportam o preço dos bilhetes e nunca se sabe quando um idiota resolve arrancar a cadeira, onde não pára sentado, e atirá-la simplesmente para o ar.
Porque por cá, há quem continue a ver o futebol como meio de promoção pessoal e política, com tudo de mau que isso traz. Depois de um novo clube de futebol ter surgido em Felgueiras, (re)nasce agora um outro para contrariar, segundo alguns, o avanço do primeiro alegadamente por este ter nos seus órgãos directivos elementos de um determinado partido. Ora, se isso é motivo para discriminar, ostracisar e criar um outro clube, algo de muito grave se passa na sociedade felgueirense.
É do conhecimento geral a falta de verbas com que os clubes lutam, a dependência que têm das autarquias e a dificuldade em arranjar o mais elementar: órgãos directivos. Haverá assim tanta gente competente para gerir dois clubes sem que estes fiquem já super-endividados? Há assim tantos jovens jogadores para dois clubes com os mesmos escalões e no mesmo campeonato?
Mas o que eu não percebo mesmo é que sendo o principal objectivo dos dois clubes (presumo agora eu!) promover o desporto entre os jovens, o amadorismo em detrimento do profissionalismo sanguinário, que raio de exemplo dão os nossos dirigentes desportivos? Ainda não perceberam que estão a matar ou pelo menos a reduzir as possibilidades de sobrevivência dos dois logo à nascença?
É um facto que futebol é espectáculo, um triste e escandaloso espectáculo. Não fosse a pouca vontade de me rir, diria que está transformado numa verdadeira palhaçada. Mas neste momento até os circos têm mais gente nas suas bancadas que os modernos e caros (!) estádios de futebol.
A Liga de Futebol Profissional, com nome de «casa de apostas», começou incompleta porque houve um clube que inscreveu um jogador mas que depois viu a mesma inscrição ser recusada pela mesma entidade que a tinha inicialmente aceite. Depois… bem, depois não sei nem quero saber o que se passou, é mau demais para o Desporto. Talvez por isso os estádios estejam vazios, como os cofres da maioria dos clubes de futebol, (abro aqui um parêntesis para os três «grandes» que têm, em conjunto, um orçamento de 85 milhões de euros para esta época, sendo que o do F. C. Porto é de 40 milhões), seja completamente impossível ir a um estádio com a família porque poucos orçamentos familiares comportam o preço dos bilhetes e nunca se sabe quando um idiota resolve arrancar a cadeira, onde não pára sentado, e atirá-la simplesmente para o ar.
Porque por cá, há quem continue a ver o futebol como meio de promoção pessoal e política, com tudo de mau que isso traz. Depois de um novo clube de futebol ter surgido em Felgueiras, (re)nasce agora um outro para contrariar, segundo alguns, o avanço do primeiro alegadamente por este ter nos seus órgãos directivos elementos de um determinado partido. Ora, se isso é motivo para discriminar, ostracisar e criar um outro clube, algo de muito grave se passa na sociedade felgueirense.
É do conhecimento geral a falta de verbas com que os clubes lutam, a dependência que têm das autarquias e a dificuldade em arranjar o mais elementar: órgãos directivos. Haverá assim tanta gente competente para gerir dois clubes sem que estes fiquem já super-endividados? Há assim tantos jovens jogadores para dois clubes com os mesmos escalões e no mesmo campeonato?
Mas o que eu não percebo mesmo é que sendo o principal objectivo dos dois clubes (presumo agora eu!) promover o desporto entre os jovens, o amadorismo em detrimento do profissionalismo sanguinário, que raio de exemplo dão os nossos dirigentes desportivos? Ainda não perceberam que estão a matar ou pelo menos a reduzir as possibilidades de sobrevivência dos dois logo à nascença?
* [Sérgio Martins - Expresso de Felgueiras 01 Set. 06]
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