Levados a escolher
democraticamente o executivo municipal, os felgueirenses decidiram por dar
continuidade ao projeto liderado por Inácio Ribeiro, desta feita por uma
esmagadora maioria. Foram muitos os que apostavam noutro tipo de resultados
face ao cenário político. O descontentamento mais ou menos generalizado face ao
governo, a baixa popularidade do PSD, a união da família socialista
felgueirense (de que eu sempre duvidei) fizeram com que o PS Felgueiras
almejasse chegar à vitória.
Mas os felgueirenses
pensaram de outra maneira e deram à coligação PSD/PPM, uma maioria com mais de
dezanove mil e quinhentos votos, contra os cerca de oito mil e setecentos do
PS, ou seja, mais do dobro dos votos. Se analisarmos a questão tendo em linha
de conta que o anterior parceiro de coligação do PSD teve dois mil e
quatrocentos votos e que mesmo assim o PSD subiu dois mil e seiscentos votos, a
vitória ainda é mais impressionante. Significa isto também que a família
socialista que há quatro anos teve (entre o também então candidato Eduardo
Bragança e Fátima Felgueiras) quinze mil e quinhentos votos, baixou para oito
mil e setecentos em apenas quatro anos. Sem dúvida nenhuma que os socialistas
de Felgueiras necessitam rever a sua estratégia política, até porque quanto
mais construtiva e forte for a oposição, melhor deverá ser o trabalho do
executivo, saindo todos nós felgueirenses beneficiados.
Apesar de o candidato
socialista à Assembleia Municipal, Júlio Faria, ter conseguido mais dois mil votos
que o próprio candidato à câmara Eduardo Bragança, o grupo parlamentar da
família socialista ficou reduzido a nove deputados, contra os dezasseis de há
quatro anos. Será tarefa muito complicada para o PS fazer esta travessia do
deserto.
Mas, mais importante que
todos os resultados, será o trabalho desde novo executivo camarário, reforçado
agora com mais dois elementos – fruto do aumento do número de vereadores de
sete para nove -, passando a coligação PSD/PPM a deter seis vereadores contra
os três socialistas. Os compromissos assumidos, as preocupações com as
famílias, os novos apoios sociais, os incentivos económicos e culturais, assim
como os apoios aos jovens, devem e têm que ser cumpridos.
Os felgueirenses
concordaram com o que foi feito e quiseram manter a esperança num concelho
ainda melhor. Por isso, deram a este executivo uma ainda maior responsabilidade
ao reforçar a maioria com que governarão. Só depende do executivo decidir o que
fazer com essa responsabilidade.* Expresso de Felgueiras, 10 outubro 2013
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