Tal como o ministro das
finanças, eu uso a mesma desculpa esfarrapada: a culpa foi, sem dúvida, do
tempo. A pré-campanha eleitoral, os movimentos dos candidatos e dos que se
perfilam para o ser, estavam em fase de hibernação. Agora, com o chegar do
verão e, finalmente, do calor, regressam em força. Para além dos candidatos já
conhecidos – Inácio Ribeiro (PSD), Eduardo Bragança (PS) e Carla Carvalho (CDS)
- foi divulgado que Sara Oliveira será candidata do BE à autarquia
felgueirense. Estará fechado o leque de candidatos à câmara municipal de
Felgueiras? Eu acho que, salvo grande reviravolta, não deverão surgir mais
candidaturas.
Contra as vontades de
muitos, os barómetros e estudos que foram feitos teimaram em não dar o
resultado pretendido, tendo inibido os putativos candidatos de avançarem com
uma candidatura “independente”.
Portugal tem visto crescer o
número de candidaturas “independentes” fruto de “movimentos populares” e da
verdadeira vontade do povo que não se revê nos políticos. O que acabei de
afirmar seria, claro está, o ideal onde assentam as candidaturas independentes
mas, aquilo que se verifica na maioria delas é que os candidatos
“independentes” são desavindos dos partidos políticos ou porque os convidaram a
sair, ou porque os não deixam entrar. Seja como for, são muito raros os casos
em que um independente é uma pessoa reconhecida pela sociedade, sem ligações
partidárias, que se disponibiliza para a causa pública, servindo e não
servindo-se dela para as suas próprias metas e objetivos. Utópica esta minha
visão, dirão muitos de vocês – e talvez seja obrigado a concordar um bocadinho
– mas enquanto não desistirmos de ter isso em mente, de sabermos que aí é que
está a diferença, aí é onde reside o futuro, talvez tenhamos hipótese de mudar
o status quo instalado.
Mas voltando ao nosso
concelho, vamos assistir, quase pela certeza, ao arranque da pré-campanha e aos
cartazes de rua de todas as candidaturas (o CDS já começou) aproveitando estas
festas de S. Pedro. Sendo um marco importante das festas concelhias, a pouco
tempo das eleições – parece muito mas se tirarmos a época de férias sobra pouco
– vai sendo hora de colocar os rostos e os programas na rua.
Mas o que esperar dos
candidatos da oposição? Estará, desta feita, Eduardo Bragança preparado para
aumentar o número de votos e, quem sabe, fazer com que o partido socialista
regresse ao poder? Estará Carla Carvalho à altura das ambições de Madalena
Silva? Terá a força anímica para recuperar o CDS da machadada da troca de
candidato? Estará o PSD a assistir de camarote e a pensar que são “favas
contadas” apenas porque este mandato é considerado por todos como muito bom?
Espero bem que não, a bem de todos nós. Espero que vejamos uma campanha na rua
com boas propostas, com propostas exequíveis, que façam a diferença na
população, no seu dia-a-dia. As pessoas estão fartas de grandes e longínquas
promessas que nunca saem do papel. Espero uma oposição aguerrida, com
urbanidade e elevação, a contestar, a reivindicar, a propor alternativas, coisa
que não fez durante todo o mandato. É que se a oposição for forte, ganhe quem
ganhar, nós, os felgueirenses ficamos sempre melhor.in
Expresso de Felgueiras, 26 junho 2013
1 comentário:
Boa tarde,
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Cumprimentos,
Notícias FC Felgueiras.
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