domingo, fevereiro 28

(Des)Apontamento

No actual contexto em que todas as sociedades estão mergulhadas, existe um princípio que deveria ser um paradigma para todos a quem foi confiado um mandato de governação: exige-se uma governação mais inteligente.

Inteligente nas opções, na gestão de processos, na aplicação de recursos monetários que são na sua maioria resultado do pagamento de impostos dos cidadãos que governam. Ou então de cidadãos do mesmo país através da redistribuição que é feita para compensação...

No entanto, depois de uma “Nova Esperança” , a bota não rima com a perdigota, e a realidade é disconexa das promessas. O mais recente rombo na confiança e no bolso dos felgueirenses foi dada pelo executivo com o aumento de várias taxas municipais, como por exemplo: informação prévia para a construção de uma habitação unifamiliar; licenciamento ou comunicação prévia para uma habitação familiar; pedido de vistoria para uma habitação unifamiliar... São apenas alguns exemplos, no entanto reparem bem sobre quem incidem.
Aplaudi a decisão de não lançamento de derrama uma vez que as empresas precisam de ganhar fôlego para enfrentarem e ultrapassarem este período extraordinariamente difícil. Foi uma decisão corajosa. Mas..

... Agora temos claramente que assobiar e criticar esta decisão. Bem sei que foi sustentada num estudo realizado pelo Instituto Politécnico do Cávado e do Ave que considerou que os valores cobrados não estavam ajustados aos serviços prestados! No entanto uma pergunta emerge: foi avaliado se esses serviços camarários não podiam ser prestados de forma mais eficaz e eficiente com menor aplicação de recursos, mantendo dessa forma o custo para os felgueirenses?

Como refere e muito bem Armindo Pereira Mendes (http://marcadeagua.blogs.sapo.pt/57150.html) : “É desapontante que grande parte dos políticos diga uma coisa na oposição e faça depois coisas diferentes no poder. A isto chama-se incoerência. É isto que tira credibilidade a muitos políticos.”

quinta-feira, fevereiro 25

Cem dias mal contados (*)

Foram cem dias mas eu não os contei. Não os contei, nem dei por eles a passarem. Há por aí uma regra, mais ou menos instituída, que são cem os dias de “estado de graça” a que cada governante tem direito desde que toma posse. Aí sofre a primeira das avaliações, não dos eleitores seus fregueses, mas dos órgãos de comunicação social, partidos da oposição, comentadores e analistas políticos. A única forma, mais ou menos fiável, de aferir a popularidade de um líder ou governo é fazendo uma sondagem, que eu tenha conhecimento não foi feita nenhuma em Felgueiras.
Este executivo de maioria PSD/CDS começou, escassas semanas após ter sido eleito, a ser colocado debaixo de fogo. Não pelos eleitores, mas pelas oposições. PS e MSP, duas faces da mesma moeda num espaço político exíguo, vão tentar fazer de tudo para dificultar a acção deste executivo. A precoce exigência do cumprimento dos compromissos de campanha dá o mote, o tom rígido, inquisidor e acusador do tribuno na Assembleia Municipal acrescenta e a última entrevista a este jornal fecha o círculo. O PS está pronto para governar… daqui a quatro anos. Só os eleitores o poderão dizer nessa altura mas ainda a procissão vai no adro. Até lá este executivo exercerá a função para a qual foi incumbido, governar os destinos do concelho de Felgueiras.
Eu fui, julgo saber, o primeiro a defender publicamente aqui, nesta humilde coluna de opinião, e no extinto programa da Rádio Felgueiras, “Conversas Cruzadas”, o nome de Inácio Ribeiro como aquele que melhores condições tinha, a meu ver, para vencer as eleições. O resultado eleitoral deu-me razão e a todos aqueles que nele viram a alternativa. Por isso falo com alguma propriedade quando digo que falta comunicação a este executivo. Quando me refiro a comunicação refiro-me a uma verdadeira comunicação, com intenção de esclarecer população e órgãos de comunicação social, com vontade de anunciar. Nada pior do que meias palavras, meias intenções e… meios esclarecimentos. Não abona a favor da credibilidade anunciar que existe uma licença no dia de inauguração de uma grande superfície comercial, para depois ela não existir. Não fica muito bem a um líder de bancada usar como argumento contra a criação de uma comissão de acompanhamento na Assembleia Municipal, da celebre questão da água, o facto “dessa” questão “não ser um tema prioritário”. Apesar da experiencia política de Alírio Costa, só pode ter sido por engano que o disse. Não vão ser estas pequenas questões que vão colocar problemas ao executivo, convém é que não abram feridas onde a oposição se possa alimentar.
Há muito tempo que não via um corso carnavalesco e, pela primeira vez, vi o da Longra. O velhinho estilo do carnaval carregado de sátira política e sexual ao seu melhor. O popularucho estilo não lhe tira o mérito, antes pelo contrário, vai buscar aquilo que de mais genuíno há no povo e nos seus costumes. Apenas um reparo. Numa época de preocupação ambiental, motas e carros a debitarem monóxido de carbono em grande escala não fica muito bem, mas como é carnaval ninguém levará, por certo, a mal.
(*) Expresso de Felgueiras 19 de Fevereiro 2009

sábado, fevereiro 20

Crónicas de Viagem

Vale a pena ler esta crónica publicada na Gazeta dos Caminhos de Ferro no dia 1 de Dezembro de 1914.

segunda-feira, fevereiro 8

Fusão CAF / FCF ??

Até que enfim que alguém tem a coragem de dizer e assumir aquilo que já deveria ter sido feito há muito tempo. A existência de dois clubes em Felgueiras prejudica ambos e limita o seu desenvolvimento. Fernando Sampaio, em entrevista ao EF, fala das vantagens de uma fusão entre os dois clubes. Com a mudança no executivo esta fusão ficou mais facilitada uma vez que, quer se queira quer não (pelo menos publicamente), o FCF surgiu de uma reacção à criação do CAF que se dizia ser “abençoado” pela oposição.